Caetano e a nostalgia da modernidade...
Resenha de CD
Título: Cê
Artista: Caetano Veloso
Gravadora: Universal Music
Cotação: * *
Houve tempo em que Caetano Veloso, eterno visionário tropicalista, compunha grandes canções. E era sempre moderno. Mas o tempo da profícua inspiração melódica já parece ter passado. Em Cê, seu 40º disco, nas lojas a partir de terça-feira, 12 de setembro, o compositor ainda soa moderno, mas dribla com a estranheza sadia dos arranjos a escassez de boas músicas (da mesma forma que, em seu recente Carioca, Chico Buarque compensou a apatia do repertório com requinte harmônico).
Em Cê, Caetano se vale da inventividade instrumental - que dá ao disco aura de modernidade e jovialidade - para desviar o foco da essência das canções. O repertório é formado por 12 inéditas de safra recente, a maioria aquém da grife de um compositor de 64 anos que, em quatro décadas de carreira fonográfica, muitas vezes atingiu a genialidade.
Claro que há boas músicas em Cê. Minhas Lágrimas, de tonalidade ibérica, é linda balada. Ao misturar influências de Lou Reed e Peninha, Não me Arrependo - de versos confessionais dirigidos pelo compositor à ex-mulher, Paula Lavigne - também se impõe pela beleza melódica, se aproxima da estrutura clássica da canção e, não por acaso, foi a faixa escolhida para promover Cê nas rádios.
No todo, o disco oferece pouco além de experimentalismos, executados por músicos antenados com a cena indie e sem ranços saudosistas. Com a formação clássica do rock, o trio que toca no CD - o guitarrista Pedro Sá (co-produtor do CD ao lado de Moreno Veloso), o baterista Marcelo Callado e o baixista Ricardo Dias Gomes - dá a Caetano base segura para os altos vôos instrumentais. Mas a qualidade irregular do repertório pesa sempre numa balança em que, do outro lado, há a obra monumental de Caetano. Exemplo: em Velô, álbum de 1984, Caetano já flertava com o rock de maneira mais cínica e inspirada do que faz em Cê nas músicas Outro (mais um recado a Paula Lavigne: "Você nem vai me conhecer / Quando eu passar por você / De cara alegre e cruel") e Rocks. Da mesma forma, sua atual incursão pelo rap - na épica O Herói, o toque sócio-político do CD - soa pálida na comparação com Haiti, a obra-prima de 1993 lançada no disco Tropicália 2.
Pautado por distorções, microfonias e propositais estranhezas (como Waly Salomão, ode ao escritor morto em 2003 que se arrasta em clima psicodélico que não honra a poética afiada dos versos), Cê é disco de alto teor erótico, destilado na letra do samba torto Musa Híbrida, na descrição pormenorizada da Deusa Urbana que intitula razoável balada e, sobretudo, em Homem (apologia ao macho feita sem a pretendida verve de Rita Lee) e em Porquê?, tema de sotaque lusitano em que Caetano se limita a repetir, em três únicos versos, termos usados pelos portugueses para designar seu orgasmo.
Completam o repertório a concretista Um Sonho - em que a referência é poeta Augusto dos Anjos - e Odeio, quase uma paródia do baticum eletrônico que invadiu as pistas nos últimos anos. Na teoria, Cê parece um CD divino. Na prática, decepciona porque nem sempre há inspiração melódica condizente com a vivacidade dos arranjos. E porque Caetano Veloso, na sua eterna busca do moderno, já não consegue compor grandes canções.
Título: Cê
Artista: Caetano Veloso
Gravadora: Universal Music
Cotação: * *
Houve tempo em que Caetano Veloso, eterno visionário tropicalista, compunha grandes canções. E era sempre moderno. Mas o tempo da profícua inspiração melódica já parece ter passado. Em Cê, seu 40º disco, nas lojas a partir de terça-feira, 12 de setembro, o compositor ainda soa moderno, mas dribla com a estranheza sadia dos arranjos a escassez de boas músicas (da mesma forma que, em seu recente Carioca, Chico Buarque compensou a apatia do repertório com requinte harmônico).
Em Cê, Caetano se vale da inventividade instrumental - que dá ao disco aura de modernidade e jovialidade - para desviar o foco da essência das canções. O repertório é formado por 12 inéditas de safra recente, a maioria aquém da grife de um compositor de 64 anos que, em quatro décadas de carreira fonográfica, muitas vezes atingiu a genialidade.
Claro que há boas músicas em Cê. Minhas Lágrimas, de tonalidade ibérica, é linda balada. Ao misturar influências de Lou Reed e Peninha, Não me Arrependo - de versos confessionais dirigidos pelo compositor à ex-mulher, Paula Lavigne - também se impõe pela beleza melódica, se aproxima da estrutura clássica da canção e, não por acaso, foi a faixa escolhida para promover Cê nas rádios.
No todo, o disco oferece pouco além de experimentalismos, executados por músicos antenados com a cena indie e sem ranços saudosistas. Com a formação clássica do rock, o trio que toca no CD - o guitarrista Pedro Sá (co-produtor do CD ao lado de Moreno Veloso), o baterista Marcelo Callado e o baixista Ricardo Dias Gomes - dá a Caetano base segura para os altos vôos instrumentais. Mas a qualidade irregular do repertório pesa sempre numa balança em que, do outro lado, há a obra monumental de Caetano. Exemplo: em Velô, álbum de 1984, Caetano já flertava com o rock de maneira mais cínica e inspirada do que faz em Cê nas músicas Outro (mais um recado a Paula Lavigne: "Você nem vai me conhecer / Quando eu passar por você / De cara alegre e cruel") e Rocks. Da mesma forma, sua atual incursão pelo rap - na épica O Herói, o toque sócio-político do CD - soa pálida na comparação com Haiti, a obra-prima de 1993 lançada no disco Tropicália 2.
Pautado por distorções, microfonias e propositais estranhezas (como Waly Salomão, ode ao escritor morto em 2003 que se arrasta em clima psicodélico que não honra a poética afiada dos versos), Cê é disco de alto teor erótico, destilado na letra do samba torto Musa Híbrida, na descrição pormenorizada da Deusa Urbana que intitula razoável balada e, sobretudo, em Homem (apologia ao macho feita sem a pretendida verve de Rita Lee) e em Porquê?, tema de sotaque lusitano em que Caetano se limita a repetir, em três únicos versos, termos usados pelos portugueses para designar seu orgasmo.
Completam o repertório a concretista Um Sonho - em que a referência é poeta Augusto dos Anjos - e Odeio, quase uma paródia do baticum eletrônico que invadiu as pistas nos últimos anos. Na teoria, Cê parece um CD divino. Na prática, decepciona porque nem sempre há inspiração melódica condizente com a vivacidade dos arranjos. E porque Caetano Veloso, na sua eterna busca do moderno, já não consegue compor grandes canções.
33 COMENTÁRIOS:
Ou seja, vale somente por curiosidade, e por ser de Caetano, pelo que entendi, se fosse o mesmo Cd, o primeiro de qualquer outro artista, toda a critica iria cair matando né ? rs rs
Caro Mauro, me desculpe, mas analisar um disco de Caetano sob critérios somente musicais é um desperdício de tempo e quase uma leviandade. Ele é o primeiro a diminuir suas virtudes como melodista, instrumentista e cantor. Caetano se insere como uma personalidade da cultura brasileira, antes de ser um músico fenomenal. E são dele alguns dos momentos mais brilhantes desta mesma cultura brasileira nos últimos quarenta anos, refletidos em boas canções, mas, principalmente, numa capacidade que só ele tem de ampliar os focos estéticos (e também políticos) da MPB. Assim, "Cê" é, por si só, um fato relevante, sobretudo depois de um disco (belo) de standards americanos. É um sopro de vida, um comentário ácido sobre a velhice, uma ironia com o próprio rock e tudo o que ele inspira: descompromisso, sexo, juventude. Que um medalhão da MPB se permita a este tipo de aventura, ao invés de burilar feitos para uma suposta eternidade, me parece ao mesmo tempo um risco e uma amostra de saúde.
É preciso que se faça uma crítica cultural, cercada de leituras mais abrangentes do contexto em que a obra surge e da carreira de onde se origina, que já rendeu tantos insights ao nosso idéario. Talvez seja mais rico do que prestar atenção somente nos lampejos melódicos de um compositor auto-intitulado mediano. Deixe pra fazê-lo nos discos do Guinga ou do próprio Chico, que compõem as coisas mais belas que a burguesia brasileira pode ouvir. Abs.
Rodrigo, seu ponto de vista é lúcido e inteligente. Entendo e concordo com o que vc expõe sob muitos aspectos. Só quero argumentar que Cê é um disco, não um livro ou manifesto estético. Como já disse em postagem anterior, há muita beleza também no CD. Mas Caetano, na minha opinião, nunca foi compositor mediano. Ao contrário, é dos grandes criadores de música. Daí minha decepção.
Opiniões à parte, acredito que, se um outro artista de menor peso tivesse lançado o mesmo disco, não seria tão elogiado como Caetano está sendo. Sei que sou minoria entre os críticos. Quase todos gostaram do disco. Mas, acima de tudo, meu dever, acredito, é ser honesto com minhas impressões. Não escrevo uma coisa e digo outra numa roda de amigos, como já vi acontecer. Enfim, é isso. A discussão é saudável. Admiro muito Caetano, mas entendo que a função de um disco é seduzir o ouvinte com boa música. Apesar de sua jovialidade instrumental, não me senti seduzido. Mas viva Caetano e sua capacidade de gerar discussões estéticas.
Cuidado Mauro. Muito cuidado.
Que decepção este seu texto.
O disco tem a mesma vitalidade de um `Transa' e `Araçá Azul', e mesmo do datado `Velô'.
Nunca nossa turma aqui no Rio ficou mó rata contigo.
mauro, aos 64 anos Caetano está lançando um disco com letras inéditas e sem parcerias. As letras são urbanas e inteligentes. O caminho que Caetano está seguindo é o oposto que se seguiu de Circulado Vivo até Foreign Sound: Jaques Morelembaum.
Cê é um disco ousado. Hoje qualquer disco de Gal que tenha meia dúzia de músicas inéditas é chamado de ousado [?!]. Caetano voltou quietinho esse ano - um ano que a principio seria engolido pelo tal disco quase inédito de Chico Buarque, e mostra que teve um história antes, que o som do novo album não é uma forma de querer penetrar no mundo teen, pré adulto ou modernoso. Na tropicália esse discurso que voce teve no seu texto-crítica [ que por sinal voce diz nao ser definitivo ], foi o mesmo no final da década de 60 e começo dos 70. E hoje, qualquer ´descolado´, como assim voce gosta de pre conceituar, curte e lambe´Transa´ e ´Caetano Veloso´ 69.
Meu querido Mauro, antes de existir um disco autentico e inédito como Cê, já existia - recebido com a mesma fúria como a sua - discos como Gal 69, Araçá Azul, Gilberto Gil 1969 e mesmo Velô.
Por favor, esperamos uma nova resenha se desculpando.
Não se manche tanto assim entre o pessoal daqui do Rio.
mauro, aos 64 anos Caetano está lançando um disco com letras inéditas e sem parcerias. As letras são urbanas e inteligentes. O caminho que Caetano está seguindo é o oposto que se seguiu de Circulado Vivo até Foreign Sound: Jaques Morelembaum.
Cê é um disco ousado. Hoje qualquer disco de Gal que tenha meia dúzia de músicas inéditas é chamado de ousado [?!]. Caetano voltou quietinho esse ano - um ano que a principio seria engolido pelo tal disco quase inédito de Chico Buarque, e mostra que teve um história antes, que o som do novo album não é uma forma de querer penetrar no mundo teen, pré adulto ou modernoso. Na tropicália esse discurso que voce teve no seu texto-crítica [ que por sinal voce diz nao ser definitivo ], foi o mesmo no final da década de 60 e começo dos 70. E hoje, qualquer ´descolado´, como assim voce gosta de pre conceituar, curte e lambe´Transa´ e ´Caetano Veloso´ 69.
Meu querido Mauro, antes de existir um disco autentico e inédito como Cê, já existia - recebido com a mesma fúria como a sua - discos como Gal 69, Araçá Azul, Gilberto Gil 1969 e mesmo Velô.
Por favor, esperamos uma nova resenha se desculpando.
Não se manche tanto assim entre o pessoal daqui do Rio.
mauro, aos 64 anos Caetano está lançando um disco com letras inéditas e sem parcerias. As letras são urbanas e inteligentes. O caminho que Caetano está seguindo é o oposto que se seguiu de Circulado Vivo até Foreign Sound: Jaques Morelembaum.
Cê é um disco ousado. Hoje qualquer disco de Gal que tenha meia dúzia de músicas inéditas é chamado de ousado [?!]. Caetano voltou quietinho esse ano - um ano que a principio seria engolido pelo tal disco quase inédito de Chico Buarque, e mostra que teve um história antes, que o som do novo album não é uma forma de querer penetrar no mundo teen, pré adulto ou modernoso. Na tropicália esse discurso que voce teve no seu texto-crítica [ que por sinal voce diz nao ser definitivo ], foi o mesmo no final da década de 60 e começo dos 70. E hoje, qualquer ´descolado´, como assim voce gosta de pre conceituar, curte e lambe´Transa´ e ´Caetano Veloso´ 69.
Meu querido Mauro, antes de existir um disco autentico e inédito como Cê, já existia - recebido com a mesma fúria como a sua - discos como Gal 69, Araçá Azul, Gilberto Gil 1969 e mesmo Velô.
Por favor, esperamos uma nova resenha se desculpando.
Não se manche tanto assim entre o pessoal daqui do Rio.
JONAS
mauro, aos 64 anos Caetano está lançando um disco com letras inéditas e sem parcerias. As letras são urbanas e inteligentes. O caminho que Caetano está seguindo é o oposto que se seguiu de Circulado Vivo até Foreign Sound: Jaques Morelembaum.
Cê é um disco ousado. Hoje qualquer disco de Gal que tenha meia dúzia de músicas inéditas é chamado de ousado [?!]. Caetano voltou quietinho esse ano - um ano que a principio seria engolido pelo tal disco quase inédito de Chico Buarque, e mostra que teve um história antes, que o som do novo album não é uma forma de querer penetrar no mundo teen, pré adulto ou modernoso. Na tropicália esse discurso que voce teve no seu texto-crítica [ que por sinal voce diz nao ser definitivo ], foi o mesmo no final da década de 60 e começo dos 70. E hoje, qualquer ´descolado´, como assim voce gosta de pre conceituar, curte e lambe´Transa´ e ´Caetano Veloso´ 69.
Meu querido Mauro, antes de existir um disco autentico e inédito como Cê, já existia - recebido com a mesma fúria como a sua - discos como Gal 69, Araçá Azul, Gilberto Gil 1969 e mesmo Velô.
Por favor, esperamos uma nova resenha se desculpando.
Não se manche tanto assim entre o pessoal daqui do Rio.
Acho corajosa e muito bem escrita a resenha do Mauro Ferreira. Não posso opinar pois ainda não escutei o cd. Para bom leitor as resenhas tanto da folha de são paulo quanto do Globo foram boas, mas não entusiasmadas e de certo um tom "não é genial mas é Caetano", " Estou falando bem mas não é bem assim" entrecortou todas todas as duas.
Caetano é artista extraordinário, mas diferetemente do que quer o leitor Rodrigo em seu belo post, Caetano é um compositor e toda sua fortuna crítica deriva desta forma de expressão artística.
Concordo inteiramente com o Mauro. Li outras críticas sobre o disco e me pareceu que os crítico mais embromavam do que realmente analisavam o cd. E tome palavras e argumentos extra-cd. Se é um CD vamos analisar como um Cd. E é verdade, se não fosse de Caetano, o cd não teria MESMO essa recepção baba-ovo.
Caro Mauro,
Primeiramente parabens pela coluna e por suas originais opinioes. Embora muitas das vezes nao concorde com a mesma, mas a acho original e direta diferente de outros criticos que possuem um "certo cuidado" para falar sobre o disco de um grande artista de nossa musica, denotando certa inseguranca pra dizer na sua opiniao se o disco eh bom ou ruim. Percebi isso claramente aconteceu com o recente disco do Chico e agora com o do Caetano tambem. Entretanto, criticas a parte, infelizmente ainda nao escutei o disco do Caetano, e logo nao tenho argumentos para discordar ou mesmo concordar com sua opiniao. Porem nao posso deixar de dizer que nao concordo quando vc diz na sua critica sobre o disco do Caetano que arranjos podem esconder fracas melodias. Acho que pode ate acontecer, mas um arranjo quando eh bonito (na maioria das vezes) eh porque a melodia ajudou e muito, senao nao adianta colocar cordas e sopros pois ate atrapalha a estetica. E me lembro que voce havia falado isso no disco do Chico, que esse sim eu escutei, e, nao concordo com o que vc disse, pois emobra nao seja musico, mas sou um profundo admirador de musica e tenho um ouvido razoavel o sufiennte para separar melodia de arranjo e atestar que poucos na musica brasileira hoje em dia fazem musicas tao bonitas e engenhosas quanto as que Chico fez em Carioca (ressaltando inclusive que o CD vem sendo um sucesso de vendas... o publico nao eh bobo e como ja cantou Caetano, tem "um ouvido musical que nao eh normal"), somente Edu Lobo, Francis Hime ou um Paulinho da Viola ou Guinga e poucos mais facam coisas nesse nivel.
Sem arrogancia, espero ter contribuido.
Abracos e sucesso na coluna !!!
Flavio Santos
Nassau, Bahamas.
Eu consegui ouvir alguns trechos.E do que ouvi estou achando ótimo.No momento, não posso escrever muito.E talvez nem precise, pois lendo o que o Rodrigo escreveu, posso dizer que concordo.Talvez a última frase fosse desnecessaria, pois sabemos que o Chico é amadissimo por quase todos brasileiros. Caetano leve, que fala do que vive, de sexo...Maravilha!, gostei muito de saber que os portuguêses dizem naquele momento "estou por vir, não sabia,lindo!Pois então...estou por vir! Tô adoraaaaaandoooo!
Ah, esqueci de dizer que os três músicos são gatissímos!
Mauro, só semana que vem poderei ter o disco(sou do interior de Minas). Mas pelos poucos trechos que ouvi e pelo que tenho lido, parece-me que Caetano, aos 64 anos, continua autêntico,transgressor, ousado e poeta e isso já é muito, frente a fórmulas tão repetidas que encontramos. A cada disco Caetano se reinventa e estou certo de que reconhecerei sua criatividade poético-musical-antenada no disco. Vamos ver, volto a escrever depois de escutar. Abraço
É, fica parecendo que o fim dos tempos chegou: a unanimidade (burra) gosta mesmo é de Marisa Monte e sua musiquinha de nada.
O pior é que os grandes estão velhos, o futuro é perigoso para que foge de mediocridade dos tempos atuais e seus artistas forjados em agências de marketing.
Salve Caetano Veloso !
Essa coisa de um disco ser ousado é engraçada ! O que importa é se o que tem gravado nele é bom, ou é um lixo ! Acho que um Cd de Música, precisa ter música boa, se eu quiser idéias meta-fisicas abrangentes e pensamentos retóricos com embasamento político, vou numa livraria. existem vários livros sobre isso.
O Cd ga Gal, que foi irinizado ai por cima, é um ótimo Cd, tem músicas bonitas e boas letras. Que importa se é ou não ousado ? O Albuém CE, chega as lojas de Sâo Paulo no próximo dia 12. Sò ouvi a música de trabalho que está tocando nas rádios, e achei uma musiquinha qualquer, que podia ter sido feita pelo Felipe Dilon, nãoa que mereça tantos defensores. Quanto ao resto do cd, voltarei a falar assim que escuta-lo por inteiro. E antes que digam muitos absurdos, já vou dizer que sou fâ de Caetano, aos poucos consegui comprar toda a sua obra, mas sou sincero, ele tem albuns maravilhosos, e outros medios. Por exemplo gosto muito do Noites do Norte ( de estúdio ) e acho um porre de chato aquele com o Jorge Mautner.
Parabens Mauro, por expressar sempre as suas sinceras opiniões, independente de quem seja o artista. Beijos do Edu ( abc )
Quanta ingenuidade! caetano é genio e por isso mesmo nunca se desgrudou do marketing. Caetano viveu seu auge de popularidade na decada de 90 graças ao faro aguçado para marketing do casal 20 paula e cae, hoje meio desfeito.
Mauro, tres estrelas para o disco do Humberto Barros? E duas pro Caetano? Hum...Com todo respeito o disco do Barros é bem fraquinho.Ele é um cantor medíocre,correto,mas medíocre. Embora algumas faixas pode-se encontrar um popzinho aceitavel.
Caetano nos seus aureos tempos, era mediano.
O tempo passou, e ele de mediano, passou pra fraco, muito fraco mesmo.
So sobrou um cara chato, falastrão, ranzinza e mais desinspirado do q nunca.
Vem cá... Impressão ou o vacilão carioca Jonas/Anônimo/Jonas -- o do turno matutino -- é mesmo o irmão de Pê, que postou logo acima dele? Que gentinha, hein... Is-sááááá´! Te liga, Cê! Mas o disco é massa.
Sinceramente, eu adorei o disco.
As músicas são ótimas, os músicos são ótimos. Caetano me deixou arrepiada, como há anos não fazia.
Caetano, eu não me arrependo de vc!
Nota:10!
Amei o cd...mas mesmo assim meu voto vai para o Lula
Emanuel disse
Conheço bem todos os trabalhos de Caetano. Há discos ruins, médios, om demai e fora do comum. Caetano surpreende sempre. Mas sabe o que a prendi com isso? O melhor de Caetano está sempre naquilo que ninguém comentou demias, que não virou polêmica. Um exemplo: o disco Uns. É fantástico. De todo, o único que não retiro do armário é Totalmente Demais. Dele só se houve Vaca Profana, que aliás, merecia um novo arranjo de seu criador, só que com banda, algo pesado como fez a Gal. Eu sou um brasileiro que detesto tudo que se comenta muito depois que passa na TV, aliás, odeio TV. Se caetano fosse ruim, fraco ou mediano não estaria aí, contriobuindo pra essa cultura brasileira cheia de farsas. Todo brasileiro deve ter orgulho de um artista como ele a bater palmas para todos os picaretas do Congresso.
cê tá brincando, mauro. amei o disco. nem achei tão "jovializado" assim... caetano já fez coisas piores nesta seara pretensamente adolescente. beijoca.
Jovializado, vializado, escurraçado, atualizado...Caetano é TUDO!!!
é... Caetano é tudo... tudo de ruim.
Confesso que "Cê" me surpreendeu. Não foi a bomba que parecia se anunciar... no máximo um estalinho. Mas confesso que tive de ouvir duas vezes até ter minha opinião formada. De cara, as que mais me agradaram foram "Homem" e "Minhas lágrimas" - e, em menor escala, "Deusa urbana" (uma tentativa torta de reeditar a genialidade de "Rapte-me camaleoa"). Já "Não me arrependo" achei meio sonolenta, ideal para intelectualóides que acham que a música se resume em Legião Urbana e Los Hermanos. Concordo contigo em relação a "Herói" parecer pálida diante de "Haiti" - e me soar como "cota social" do disco. "Odeio" e "Rocks" eu achei pegajosas, mas talvez agradem o "público jovem". Confesso que "Wally Salomão" eu não consegui terminar de ouvir, achei psicodélica demais pros meus ouvidos. Sim, de fato, um disco aquém de Caetano Veloso, mas que (nesta parte discordo de você), na teoria prometia ser muito pior.
Sou admirador da obra de Caetano Veloso, mesmo em seus momentos de surto musical presentes em alguns albuns, mas este CÊ, pelo amor de Deus ! Foi o pior CD que comprei nos últimos 10 anos. Li várias críticas a respeito do referido CD, e achei que deveria ser um album bem interessante, cercado de jovens músicos, e com a produção do filho de Caetano, Moreno. Mas a decepção foi cruel demais, além de musicalmente o Cd ser horrível, (parecem alunos de uma escola ruim de música )as letras não acrescentam nada. Me obriguei a ouvir o cd algumas vezes, pois poderia ser apenas uma má impressão. E a cada nova audição aumentava minha vontade de ir na loja e pedir para trocar por um CD de música. Por que desta vez, me desculpem os que gostam de papo cabeça, CÊ, é muito chato do início ao fim, com momentos insuportáveis, como a faixa Waly Salomão. Como gosto musical é uma coisa muito pessoal, quero deixar claro aqui que NA MINHA OPINIÃO, CÊ é o pior trabalho de Caetano. E que como a loja não vai trocar mesmo pra mim ( até já perguntei ) vai apenas fazer parte da minha coleção. Mas não tenho vontade nenhuma de voltar a ouvi-lo.
Uma pena.
Edu ( abc )
So sorry! Caetano já deu o que tinha de dar (e como deu!!!)
Caetano e Chico mesmo quando menos inspirados ainda estão no podium. Simplesmente geniais.
Mauro, discordo e muito de você. O disco é sensacional, é Caetano na veia com a sua interminável criatividade, transgressão roqueira e poética, diversificação musical (e sexual), rock-rap, poesia afiada e ácida.
Comprei ontem e ainda não deu pra absorver tudo o que o disco traz, mas tem muito mais embutido, carece de mais algumas audições, daí volto a escrever.
Meu caro, não seria o caso de vc ouvir o CD com calma e mais algumas vezes para "captá-lo" realmente? Caetano não pára e vai se alterando a cada disco (só para citar os mais recentes, "Livro" -genial- era de um jeito, "Noites do Norte"- meio indefinido mas variado e legal- de outro), este tem esta atitude mesmo, é assim que ele é. Particularmente, estou achando "Cê" um disco jovial, desafiador e forte. Abraço
genial , jovial,desafiador ? ótimo, pode mesmo até ser tudo isso, mas é o Cd mais chato do Caetano que já comprei( e olha que tenho quase todos, e consigo ouvi-los com admiração ), mas este CÊ, com frases de um Português Gozando, e músicas que repetem e repetem frases, como odeio você, odeio você, odeio você, odeio você, ou então : você não vai me reconhecer quando eu passar or você, você não vai me reconhecer quando eu passar por você, você não vai me reconhecer quando eu passar por você, é chato tanto para ler neste post, quando pra ouvir. Para mim, um CD é realmente Genial, quando consegue ter músicas e letras boas. E este CE, PRA MIM, não tem nem uma coisa, nem outra. Mas pra quem gostou, tudo bem. Gosto não se discute.
Edu ( sp )
Mauro, tá faltando vc ouvir mais o CD. Depois de algumas audições, comecei a achar o "Cê" muito bom, agora já estou achando sensacional! Salta aos olhos a força rockeira e meio psicodélica do disco, as letras ácidas e um quê de melancolia em algumas faixas e de diversão em outras. Insisto na necessidade de mais audições. Como diz o próprio Caetano: "o disco dá o que pensar". Agora, não adianta ficar ouvindo o disco e esperando uma nova "Trem das Cores". O momento de Caetano, como sempre, é outro. Abraço e parabéns pelo site.
Escuta Mauro, vc ouviu mesmo o CD? rapaz, é uma maravilha o disco, Caetano é demais. Até gosto das suas críticas mas sua opinião nesse caso destoa da de todos, é esquisito, acho que vc não escutou o disco devidamente.Sei lá
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