Primeiras impressões sobre 'Cê', o disco
Cê - o 40º álbum de Caetano Veloso, lançado hoje na internet, mas nas lojas somente a partir de terça-feira, 12 de setembro - é daqueles discos envoltos em aura de modernidade que costumam cair na graça dos críticos e da turma mais descolada. Aliás, o CD já está colhendo elogios (quase) unânimes pela aura de estranheza que deverá espantar o público convencional, inclusive fãs do compositor. Elogios que também possivelmente estão brotando por ser o disco de quem é. Porque críticos, em geral, costumam ter ouvidos generosos quando escutam discos de Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Milton Nascimento, mesmo quando eles, os discos, não fazem jus a tanta generosidade...
É fato que, aos 64 anos, o velho baiano - que desde sempre buscou soar moderno e contemporâneo - procura (e consegue) um tom jovial para a atual safra de 12 músicas inéditas, compostas sem parceiros. E soube se cercar de músicos inventivos. Cê está escorado no trio indie de músicos (o guitarrista Pedro Sá, o baterista Marcelo Callado e o baixista Ricardo Dias Gomes) com o qual Caetano gravou o CD. Mas jovialidade não é, necessariamente, atestado de qualidade ou de boa música.
Sim, há muita beleza em determinados momentos de Cê. Há também muito experimentalismo meramente formal em outros momentos. Nem sempre há inspiração melódica condizente com a vivacidade dos arranjos. Mas, como todo disco de Caetano, Cê precisa de muitas audições para ser compreendido e analisado. E esse comentário - aviso, de antemão - não é, ainda, uma crítica definitiva (como se uma resenha tivesse caráter definitivo...). São primeiras impressões do CD. A crítica propriamente dita, com a descrição e a avaliação das 12 músicas do álbum, será publicada na sexta-feira no jornal O DIA, na versão impressa da coluna Estúdio, e também aqui neste espaço virtual.
É fato que, aos 64 anos, o velho baiano - que desde sempre buscou soar moderno e contemporâneo - procura (e consegue) um tom jovial para a atual safra de 12 músicas inéditas, compostas sem parceiros. E soube se cercar de músicos inventivos. Cê está escorado no trio indie de músicos (o guitarrista Pedro Sá, o baterista Marcelo Callado e o baixista Ricardo Dias Gomes) com o qual Caetano gravou o CD. Mas jovialidade não é, necessariamente, atestado de qualidade ou de boa música.
Sim, há muita beleza em determinados momentos de Cê. Há também muito experimentalismo meramente formal em outros momentos. Nem sempre há inspiração melódica condizente com a vivacidade dos arranjos. Mas, como todo disco de Caetano, Cê precisa de muitas audições para ser compreendido e analisado. E esse comentário - aviso, de antemão - não é, ainda, uma crítica definitiva (como se uma resenha tivesse caráter definitivo...). São primeiras impressões do CD. A crítica propriamente dita, com a descrição e a avaliação das 12 músicas do álbum, será publicada na sexta-feira no jornal O DIA, na versão impressa da coluna Estúdio, e também aqui neste espaço virtual.
12 COMENTÁRIOS:
afinal, o disco é bom ou não? Mauro, você alfineta seus colegas, mas também parece sair pela tangente. Estou enganada?
Mauro,
obviamente não ouvi o disco. :)
mas, gosto do texto.
divertido.
até logo,
pedro k.
rock-n-brasil.com
Muito engraçado uma observação que fiz,,, Se é um disco de um outro artista, sai um texto com a crítica do trabalho lançado, mas como se trata de um disco do Caetano, o texto recebe o nome de "Primeiras Impressões"...
Realmente pra pesnar sobre...
Abs
Marcelo
Caetano é muito chato. Muita sopa de letrinhas. Se ele pegasse um violão e tocasse Assis Valente, Ary, Dorival, Braguinha, Vinicius, Tom, Ataulfo e cantasse uns sambas bacanas de uma geração como Pixinguinha, aí sim, viria um bom cd.
Cara, dessa vez você mandou ver. Gostei muito deste texto. Está redimido do deslize com o Caio Mesquita.
Um abraço!
Cuidado Mauro. Muito cuidado.
Rio.
Emanuel Andrade disse...
Mauro, sempre estou ligado no Blog, mas pela primeira lhe faço uma pergunta. Se possível me responda. Nesse Cd entra a música do filme O Coronel e o Lobisomem? Aliás não sei o nome da canção.
PORRA QUE MERDA!!! TREMEU NA BASE MAURO!!! VOCÊ NÃO FALA SE O DISCO É BOM OU NÃO. DEPOIS FALA DOS SEUS COLEGUINHAS!!!!
" redimido do deslize(?)com o Caio Mesquita ... " cada uma que tenho que ler nesse blog !!!!!
Falando de Caetano : Esse cd terá ou não participação de Dona Edith - MARAVILHOSA - do Prato ? e a canção : Todos estão surdos de Roberto/Erasmo ?
Falando do texto : Não entendi o que o Mauro que passar , acho que ler novamente !
Mas ambos são ótimos .
OBS: Agora essa do Caio Mesquita foi de lascar !!!!!!!!!!!!
NOTA DEZ PARA O COMENTÁRIO DO MARCELO ( 8:29 ) . É aquele fera do samba de Brasilia ?
Será que o Mauro fará sempre isso . Primeiro uma critica ( primeiiros impressões ) e depois uma resenha oficial ???
Ouvi cheio de preconceito,afinal a tempos eu ja vinha ecoando euodeicaetanoveloso.com.br junto com uma ruma de compositores de saco cheio com as bestices do Caetano. Mas devo dar o braço à torcer que cuti o CD( Cd o caralho, curti os mp3, os m4a, os wma). Sonoridade hiper bacana, setentaço, pobre e cheio de guitarras displicentes. Uma adoravel contestação aos 20 anos de música certinha feita nos laboratórios das gravadoras.
Ele podia ter tidop um pouco mais de cuidado com as letras, tem hora que soam abaixo de lamentáveis.
No geral, um discaço.
Não é, eu sou do Rio de Janeiro, gosto de alguma coisa de samba, mas estou mais ligado a música pop...
Abraços
Marcelo
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