Scandurra descomplica o pop eletrônico
Resenha de CD
Título: Amor Incondicional
Artista: Edgard Scandurra a.k.a. Benzina
Gravadora: ST2
Cotação: * * *
Já na música que abre e intitula este terceiro disco solo do guitarrista do grupo paulista Ira!, Amor Incondicional, é possível perceber, pela pegada pop, que Edgard Scandurra decidiu descomplicar um pouco seu trabalho individual, mais voltado para a eletrônica. Estão ainda lá os bate-estacas de inspiração predominantemente tecno (EstranhAranha, Frio), mas o CD é mais palatável e menos cabeça do que o anterior Dream Pop (2003) - efeito talvez da produção dividida com Dudu Marote e de algumas faixas mais acessíveis como Do Chão Não Passa. E o fato é que o guitarrista está assinando o álbum como Edgard Scandurra, pondo o codinome Benzina em segundo plano.
Amigos Invisíveis (1989) ainda é o melhor título da discografia solo do músico. Mas há alguma beleza neste Amor Incondicional. Seja o lirismo de Copan, tema instrumental de textura quase erudita. Seja a voz da filha do artista, Estela, a natural convidada de outro tema sem letra, Tetela. Seja o trabalho gráfico do encarte.
Cantor deficiente, Scandurra arrisca um tributo a São Paulo (S.A.O Til P.A.U.L.O.), verte música de Serge Gainsbourg (La Décadanse, gravada com sua mulher Andrea Merkel em clima mais lento) e toca violão em The Falso, o Fake - balada eletroacústica em que o artista brinca com o fato de ninguém acreditar no orkut que troca scraps com o próprio Scandurra. Amor Incondicional é a verdade de Edgard Scandurra. E a verdade é que ele continua sendo um dos grandes guitarristas do Brasil, no Ira! ou em trabalho solo.
Título: Amor Incondicional
Artista: Edgard Scandurra a.k.a. Benzina
Gravadora: ST2
Cotação: * * *
Já na música que abre e intitula este terceiro disco solo do guitarrista do grupo paulista Ira!, Amor Incondicional, é possível perceber, pela pegada pop, que Edgard Scandurra decidiu descomplicar um pouco seu trabalho individual, mais voltado para a eletrônica. Estão ainda lá os bate-estacas de inspiração predominantemente tecno (EstranhAranha, Frio), mas o CD é mais palatável e menos cabeça do que o anterior Dream Pop (2003) - efeito talvez da produção dividida com Dudu Marote e de algumas faixas mais acessíveis como Do Chão Não Passa. E o fato é que o guitarrista está assinando o álbum como Edgard Scandurra, pondo o codinome Benzina em segundo plano.
Amigos Invisíveis (1989) ainda é o melhor título da discografia solo do músico. Mas há alguma beleza neste Amor Incondicional. Seja o lirismo de Copan, tema instrumental de textura quase erudita. Seja a voz da filha do artista, Estela, a natural convidada de outro tema sem letra, Tetela. Seja o trabalho gráfico do encarte.
Cantor deficiente, Scandurra arrisca um tributo a São Paulo (S.A.O Til P.A.U.L.O.), verte música de Serge Gainsbourg (La Décadanse, gravada com sua mulher Andrea Merkel em clima mais lento) e toca violão em The Falso, o Fake - balada eletroacústica em que o artista brinca com o fato de ninguém acreditar no orkut que troca scraps com o próprio Scandurra. Amor Incondicional é a verdade de Edgard Scandurra. E a verdade é que ele continua sendo um dos grandes guitarristas do Brasil, no Ira! ou em trabalho solo.
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