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Quinta-feira, Janeiro 12, 2006

Gravadora multinacional abre selo gay para segmentar artistas da tribo GLS

A gravadora multinacional Sony & BMG anunciou esta semana a criação de um selo gay, intitulado Music with a Twist, para viabilizar a produção e o lançamento de artistas declaradamente homossexuais / bissexuais ou então associados ao mundo gay. O selo está sendo criado em parceria com a empresa Wilderness Media, que detém a concessão de um canal gay na televisão norte-americana e planeja estrear um programa de rádio dirigido à tribo GLS e veiculado também na internet.

A notícia dá margem a questionamentos. É óbvio que o mercado GLS precisa de produtos que entendam as especificidades do numeroso público consumidor gay - um pilar da indústria fonográfica nunca valorizado na medida de sua importância (o que seria de muitas cantoras sem seus fiéis e alegres súditos?). Nesse sentido, a abertura de um selo friendly é louvável para promover nos canais certos a edição de coletâneas temáticas, por exemplo - filão ainda inexplorado pela indústria fonográfica brasileira.

Mas há outros lados que merecem ponderação. A questão mais delicada diz respeito à segmentação. Agrupar num selo específico artistas homossexuais (ou bissexuais) e seus colegas associados ao mundo gay pode ser também uma forma de discriminar, isolar e enquadrar nomes que poderiam ser consumidos por públicos de todos os sexos, credos e raças. Principalmente se levado em conta que poucos são os artistas que assumem publicamente sua condição sexual, sobretudo no Brasil, e que o preconceito ainda existe. No Brasil e em qualquer canto do mundo.

Aliás, a recente entrevista da cantora Ana Carolina à revista Veja ainda provoca polêmica. Fãs da artista e grupos gays estão decepcionados e protestam contra a escolha do termo "bissexual", usado pela artista na reportagem para afirmar sua suposta atração por homens e mulheres. Por tudo isso, a abertura de um selo gay para artistas da tribo GLS ainda parece distante da realidade nacional. Quantos artistas, mesmo heterossexuais, gostariam de ver seu trabalho explicitamente associado ao universo GLS? No exterior, é bem possível que a idéia vingue, pois astros como Elton John e George Michael já ousam dizer os nomes de seus amores.

Seja como for, a iniciativa da Sony & BMG é louvável. Dependendo da forma como for conduzido, o selo pode se impor na indústria fonográfica e representar o começo de uma era de menos hipocrisia nesta sempre delicada questão (homos)sexual.

14 COMENTÁRIOS:

Guillaume Le Chatelain said...

Assunto: critica do Sr. Mauro Ferreira de um eventual disco em parceria entre Simone et Zélia Duncan.


Sr. Mauro Ferreira,

Os meios de communicação mudaram muito nas ultimas duas décadas. A internet, presença quase obrigatoria em todas as areas, permite um intercambio instantâneo e democratico de toda e qualquer informação de interesse.

E neste quadro de figuas que me chegou seu texto em relação a uma eventual parceria entre Simone e Zélia.

Dificil de acompanhar em seu texto, tanto desproposito e falta de objetividade.

Se o senhor gosta ou não do que a Simone ou a Zélia fizeram no passado, isso não compromete que a si mesmo.

Porém, a qualidade de critico de arte de um meio bastante secundario, não lhe atribui direito algum de bravejar perjorativos (bregar, ...) a qualquer artista, seja quem for, menosprezando flagrantemente o publico que prestigia dito artista.

Se Simone teve escorregões de repertorio, isso so cabe a ela e as pessoas que compraram seus discos.

Em que um cidadão comum precisa de um ponto de vista de um critico de segundo escalão (sendo muito geneneroso consigo) para saber aquilo que lhe emociona ou não?

A irrefutavel leviandade de seus argumentos ja virou carta-marcada no seu meio tão pouco relevante para a sociedade consumidora de arte.

Não so a Simone, como também o Chico Buarque (assumidade incontestavel) ja disseram que quem tem educação e abertura de espirito, não porta julgamento ou preconceito em coisas que não consegue entender.

Adoro, um antigo refrão da Simone, nos então tão glorificados anos 70 de sua carreira musical, que dizia que o critico é a encarnação do compositor:cantor/artista frustrado por não poder contar com nenhum talento de manifestação artistica.

Os meios de comunicação mudaram, contudo homens que pouca estatura intelectual como o senhor,continuam fazendo tudo para que prevaleçam seus interesses pessoais mesquinhos (i-pods, celulares, caixas de chapagne,..;)para enteder que arte e sensibilidade pertence a cada um de nos e nao às blasfêmias preferadas com tão pouco conhecimento do Brasil e de sua historia.

Salve a Cigarra, salve a Zélia, salve a boa musica e que tenhamos acesso cada vez mais facil àquilo que realmente nos toca e nos seduz.

Muito obrigado

12:02  
Anonymous said...

Pára de palhaçada e deixa de banca. Esses discos chamados de MPB atuais são tudo uma merda só.

12:53  
Anonymous said...

Melhor criarem um selo para artistas héteros...babaquice.

13:56  
perplexo said...

Selo GLS... putz, babaquice maior não existe. Será que com essa discriminação os excecutivos da gravadora pensam que estão valorizando os gays e bissexuais? Caraca... tô pra ver equívoco maior. Arte não tem sexo!

14:29  
Claudio said...

Palhaçada! Isso só vai fazer bem para aqueles que adoram os guetos, e levantam bandeiras e passam a vida reclamando por visibilidade, mas não querem ser estereotipados, não querem isso, não querem aquilo, blá blá blá....

Música é música e ponto.

14:49  
Carolina said...

E isso não é a maior forma de discriminação possivel?

Logo os gays que lutam pelas suas diferenças, agora alcançam o "presente" de se diferenciar dos outros?

Pelo amor de Deus!

Onde vivemos!

Viva as diferenças, viva as igualdades! Mas vamos lutar pela união de todos e não a separação!

16:02  
Anonymous said...

meio equivocado e oportunista misturar arte com sexo, nao é? Só podia ser coisa de uma indústria falida que não sabe pra onde vai.

04:24  
Anonymous said...

dicordo de tal atitude. a música brasileira e até mesmo a internacional, dispõe de alguns cantores e cantoras que são homossexuais e nem por isso deixam de vender milhões. sem falar naqueles artistas que ainda não sairam do armário.

07:34  
Anonymous said...

Mais uma coisa ridícula dos viados! Até quando teremos que aturar esta raça de sem vergonhas?!

07:37  
Anonymous said...

No dia que os Gays aprenderem a respeitar a sociedade, serão também respeitados, a arte é para chegar ao alcance de todos em todas as idades, os nossos jovens que já estão com suas formações por demais deformadas merecem coisa melhor e as famílias mais respeito.

07:44  
Anonymous said...

Não é possível! Só tem comentário nos tópicos q falam de homossexualidade, o crítico já percebeu isso e insiste nas cantoras e agora num selo gay.
Tanta coisa boa na música, e ele falando baboseira.
Salve o Antônio Carlos Miguel!!!!!!

10:09  
SILENCIO=MORTE said...

Os engavetados que se movam rapido pois agora no Rio de Janeiro SER GAY ( nao e o artista meu amigo nao e a expressao) vao todos rodas os maravilhosos elas e as Maravilhoas (eles), vai ser um tal agora de se colocar como BI-SEXUAL, METROSEXUAL, e outros Bichos e Bichas querendo aparecer que nao vai ter mais lugar para os Ditos NORMAIS, ainda mais com as Tia no Ministerio da Cultura, ela e MINISTRA, coisa fina, e tambem BISEXUAL (a Via Apia e o Buraco da Maisa que o digam, cala-te Boca)como dizia minha amiga do CAMDOMBRE (proposital) ela e de LOGUNEDE, metade Ome metade Muie ai esta a justificativa, olha Narcisa deixa de frescura, OI QUE LOUCURA E DO NOSSO VOCABULARIO QUERIDA NAO DO SEU, ou agora voce tambem e sandalinha?????todo mundo agora quer colar com a Nossa Tribo Maravilhosa para aparecer, tem ate dito machao querendo ser DESIGNER! Coisa de Bicha! como dizem os Pseudos-Machoes Mamadores de Ipanema.
Mas Meu comentario e MARAVILHA QUERIDAS E VAMOS LUTAR PARA TIRAR OS FALSOS GAYS DO NOSSO CONVIVIO, VAMOS TODAS SAIR DAS GAVETINHAS E MOSTRAR NOSSA CARA PORQUE O RESTO JA MOSTRAMOS O ANO INTEIRO.
BEIJUNDA

12:28  
Anonymous said...

ABSURDO. VERGONHA. PESSOAS ENGANADAS PELO DIABO.

12:51  
Anonymous said...

rosemberg

meu Deus estamos em 2006 alguem precisa avisar isso aos executivos dessa gravadora.

queiram ou não o mundo de hoje é plural.
e os inteligentes saberam compreender e respeitar as diferenças.
e viva a diferença seja ela qual for.
bergrj@hotmail.com

17:57  

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