O mundo agridoce de Madeleine Peyroux
Resenha de CD
Título: Half the Perfect World
Artista: Madeleine Peyroux
Gravadora: Universal
Cotação: * * * *
Não tem jeito: a voz meio miada lembra mesmo Billie Holiday, mas neste terceiro CD Madeleine Peyroux justifica a badalação em torno de seu nome nos últimos dois anos por conta do sucesso de seu álbum anterior, Careless Love (2004). Nas lojas a partir desta semana, Half the Perfect World tem clima bluesy, meio melancólico, e não parece pertencer aos tempos atuais. Não por acaso, a cantora foi buscar seu repertório nas obras de compositores como Leonard Cohen (Blue Alert e a faixa-título), Charles Chaplin (Smile, com atmosfera etérea criada pelo trompete de Till Bronner) e Johnny Mercer (The Summer Wind).
O disco transcorre em tom quase monocromático, ainda que a cantora americana - que viveu sua adolescência em Paris - interprete em francês até um tema de Serge Gainsbourg (La Javanaise, lindo momento) e duete com a canadense k.d. Lang em River, tema de Joni Mitchell, outro instante de inusitada beleza. Aliás, a personalidade da artista salta aos ouvidos nos apropriados covers. Até Everybody's Talking - o sucesso de Harry Nilson, projetado na trilha do filme Perdidos na Noite - ganha contornos mais nobres e se integra ao mundo particularmente antigo e agridoce de Madeleine Peyroux.
Título: Half the Perfect World
Artista: Madeleine Peyroux
Gravadora: Universal
Cotação: * * * *
Não tem jeito: a voz meio miada lembra mesmo Billie Holiday, mas neste terceiro CD Madeleine Peyroux justifica a badalação em torno de seu nome nos últimos dois anos por conta do sucesso de seu álbum anterior, Careless Love (2004). Nas lojas a partir desta semana, Half the Perfect World tem clima bluesy, meio melancólico, e não parece pertencer aos tempos atuais. Não por acaso, a cantora foi buscar seu repertório nas obras de compositores como Leonard Cohen (Blue Alert e a faixa-título), Charles Chaplin (Smile, com atmosfera etérea criada pelo trompete de Till Bronner) e Johnny Mercer (The Summer Wind).
O disco transcorre em tom quase monocromático, ainda que a cantora americana - que viveu sua adolescência em Paris - interprete em francês até um tema de Serge Gainsbourg (La Javanaise, lindo momento) e duete com a canadense k.d. Lang em River, tema de Joni Mitchell, outro instante de inusitada beleza. Aliás, a personalidade da artista salta aos ouvidos nos apropriados covers. Até Everybody's Talking - o sucesso de Harry Nilson, projetado na trilha do filme Perdidos na Noite - ganha contornos mais nobres e se integra ao mundo particularmente antigo e agridoce de Madeleine Peyroux.
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