CD de baladas aponta futuro para Leoni
Resenha de CD
Título: Outro Futuro
Artista: Leoni
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *
Ao revisar sua obra em DVD e CD ao vivo, editados pela gravadora Som Livre em 2005, Leoni ganhou inédita e merecida projeção em sua carreira solo, inclusive por conta do estouro da pungente regravação de Por que Não Eu? na trilha da novela A Lua me Disse. Seu talento para compor música pop de bom nível já estava devidamente comprovado há duas décadas, mas parece que, somente no ano passado, o público se deu conta de que era ele, Leoni, o autor de tantas canções radiofônicas que ajudaram a compor a trilha dos anos 80.
Em seu disco de inéditas Outro Futuro, nas lojas esta semana, o compositor não inventa e apresenta o que sabe fazer bem: baladas, umas de sotaque mais pop e ensolarado, outras de tom mais introspectivo e melancólico. A marca do CD está também nas cordas arranjadas pelo produtor Eduardo Souto Neto para faixas como Quem, Além de Você? (uma das melhores da nova safra do autor), Soneto do teu Corpo (parceria de Leoni com Moska), A Casa na Montanha e a música que batiza o disco, cuja cativante melodia é de Daniel Lopes, compositor e vocalista da banda Reverse.
Há uma ou outra música de pegada despudoradamente pop - sobretudo Sempre por Querer, parceria de Leoni com Alvin L e Luciana Fregolente - e, claro, uma ou outra balada menos inspirada, caso de Quando a Dor de Corta, cuja melodia não faz jus à sensibilidade da letra, dirigida a um amigo em apuros. E, quando Souto Neto dispõe o quarteto de cordas de forma menos convencional, como em A Chave da Porta da Frente (de tom celta), Outro Futuro cresce e aponta novos caminhos e direções para a música de Leoni, hábil na composição de canções tão simples quanto envolventes. Lado Z, por exemplo, poderia muito bem tocar nas rádios se estas tivessem a abertura daqueles juvenis anos 80.
Com 10 inéditas e duas regravações (40 Dias no Espaço e 50 Receitas), Outro Futuro soa estranho e exótico apenas na faixa de encerramento, O Espírito do Tucano, cantada pelo pajé Benki Piyãko em dialeto da tribo dos Ashaninkas. É - explica Leoni no encarte - uma alegre canção de amor. Mas que soa incompreensível para ouvidos urbanos e que fica fora do tom deste CD que reafirma o óbvio talento de Leoni. Que o merecido sucesso de 2005 lhe acompanhe neste e em outros futuros.
Título: Outro Futuro
Artista: Leoni
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *
Ao revisar sua obra em DVD e CD ao vivo, editados pela gravadora Som Livre em 2005, Leoni ganhou inédita e merecida projeção em sua carreira solo, inclusive por conta do estouro da pungente regravação de Por que Não Eu? na trilha da novela A Lua me Disse. Seu talento para compor música pop de bom nível já estava devidamente comprovado há duas décadas, mas parece que, somente no ano passado, o público se deu conta de que era ele, Leoni, o autor de tantas canções radiofônicas que ajudaram a compor a trilha dos anos 80.
Em seu disco de inéditas Outro Futuro, nas lojas esta semana, o compositor não inventa e apresenta o que sabe fazer bem: baladas, umas de sotaque mais pop e ensolarado, outras de tom mais introspectivo e melancólico. A marca do CD está também nas cordas arranjadas pelo produtor Eduardo Souto Neto para faixas como Quem, Além de Você? (uma das melhores da nova safra do autor), Soneto do teu Corpo (parceria de Leoni com Moska), A Casa na Montanha e a música que batiza o disco, cuja cativante melodia é de Daniel Lopes, compositor e vocalista da banda Reverse.
Há uma ou outra música de pegada despudoradamente pop - sobretudo Sempre por Querer, parceria de Leoni com Alvin L e Luciana Fregolente - e, claro, uma ou outra balada menos inspirada, caso de Quando a Dor de Corta, cuja melodia não faz jus à sensibilidade da letra, dirigida a um amigo em apuros. E, quando Souto Neto dispõe o quarteto de cordas de forma menos convencional, como em A Chave da Porta da Frente (de tom celta), Outro Futuro cresce e aponta novos caminhos e direções para a música de Leoni, hábil na composição de canções tão simples quanto envolventes. Lado Z, por exemplo, poderia muito bem tocar nas rádios se estas tivessem a abertura daqueles juvenis anos 80.
Com 10 inéditas e duas regravações (40 Dias no Espaço e 50 Receitas), Outro Futuro soa estranho e exótico apenas na faixa de encerramento, O Espírito do Tucano, cantada pelo pajé Benki Piyãko em dialeto da tribo dos Ashaninkas. É - explica Leoni no encarte - uma alegre canção de amor. Mas que soa incompreensível para ouvidos urbanos e que fica fora do tom deste CD que reafirma o óbvio talento de Leoni. Que o merecido sucesso de 2005 lhe acompanhe neste e em outros futuros.
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