A voz de Carol dança leve com Adolfo
Resenha de CD
Título: Ao Vivo - Live
Artista: Antonio Adolfo e Carol Saboya
Gravadora: Kuarup
Cotação: * * * *
Em 1998, ao lançar o disco Dança da Voz, Carol Saboya dedicou sua estréia fonográfica ao pai, Antonio Adolfo, por ele ter lhe mostrado "a força e a beleza da música brasileira". Mas, naquele CD, Saboya derrapou na pretensão de querer impressionar como a grande cantora que, de fato, ela é. Discos melhores vieram, mas este Ao Vivo - gravado com seu pai, o pianista Antonio Adolfo, em 8 de outubro de 2005, em show no festival da Universidade de Miami (EUA) - é especial na obra de Saboya por expor toda a graça e delicadeza de sua voz, as qualidades que Lenine, entusiasmado, apontara em texto escrito para aquele álbum de estréia que não cumpriu sua expectativa.
Adolfo mostra o grande músico que sempre foi nas versões jazzísticas de Carinhoso (com citação de Bambino, de Ernesto Nazareth) e Insensatez. Mas o brilho maior é de Saboya, que - com a voz livre, leve e solta - navega segura pelas ondas de Wave (com scats desnecessários no fim), dá show de divisão em Canto de Ossanha e entra para ganhar na Corrida de Jangada.
Um ouvinte mais atento percebe a evocação do repertório de Elis Regina - homenagem admitida por Adolfo em texto escrito para o encarte do disco. Mas Saboya não cai na tentação de imitar o canto da Pimentinha. E o fato é que o CD tem um frescor que permeia temas como Passarim (cantado a capella para desaguar em Chovendo na Roseira), De Onde Vem o Baião? e a versão em inglês de Bonita. Tom Jobim, claro, é o compositor mais presente no roteiro deste show aparentemente registrado sem aparatos de estúdio e que nasceu intitulado Bossa Nova Forever.
Quando entra em cena, cantando Fotografia em atmosfera rarefeita construída apenas pelo baixo do venezuelano Gabriel Vivas, Carol Saboya já sinaliza que, neste bem-vindo Ao Vivo, ela vai impressionar em sua mais elegante dança da voz, com toda a força e beleza da música brasileira.
Título: Ao Vivo - Live
Artista: Antonio Adolfo e Carol Saboya
Gravadora: Kuarup
Cotação: * * * *
Em 1998, ao lançar o disco Dança da Voz, Carol Saboya dedicou sua estréia fonográfica ao pai, Antonio Adolfo, por ele ter lhe mostrado "a força e a beleza da música brasileira". Mas, naquele CD, Saboya derrapou na pretensão de querer impressionar como a grande cantora que, de fato, ela é. Discos melhores vieram, mas este Ao Vivo - gravado com seu pai, o pianista Antonio Adolfo, em 8 de outubro de 2005, em show no festival da Universidade de Miami (EUA) - é especial na obra de Saboya por expor toda a graça e delicadeza de sua voz, as qualidades que Lenine, entusiasmado, apontara em texto escrito para aquele álbum de estréia que não cumpriu sua expectativa.
Adolfo mostra o grande músico que sempre foi nas versões jazzísticas de Carinhoso (com citação de Bambino, de Ernesto Nazareth) e Insensatez. Mas o brilho maior é de Saboya, que - com a voz livre, leve e solta - navega segura pelas ondas de Wave (com scats desnecessários no fim), dá show de divisão em Canto de Ossanha e entra para ganhar na Corrida de Jangada.
Um ouvinte mais atento percebe a evocação do repertório de Elis Regina - homenagem admitida por Adolfo em texto escrito para o encarte do disco. Mas Saboya não cai na tentação de imitar o canto da Pimentinha. E o fato é que o CD tem um frescor que permeia temas como Passarim (cantado a capella para desaguar em Chovendo na Roseira), De Onde Vem o Baião? e a versão em inglês de Bonita. Tom Jobim, claro, é o compositor mais presente no roteiro deste show aparentemente registrado sem aparatos de estúdio e que nasceu intitulado Bossa Nova Forever.
Quando entra em cena, cantando Fotografia em atmosfera rarefeita construída apenas pelo baixo do venezuelano Gabriel Vivas, Carol Saboya já sinaliza que, neste bem-vindo Ao Vivo, ela vai impressionar em sua mais elegante dança da voz, com toda a força e beleza da música brasileira.
9 COMENTÁRIOS:
Carol é uma grande cantora. Seu disco Sessão passatempo deveria ter sido ouvido por muita gente.
Como já foi dito Carol é ótima ! Tem uma leveza na voz e um esmero e tanto na hora de escolher o repertório , nós , fãs estavam aguardando esse CD. O último ( Presente ) tbm vale a pena ser ouvido ... Quem não conhece aí vai uma boa dica . Assim como Mariana Baltar , Carol precisa de mais " espaço " pq merece !!!
Quero ouvir esse CD logo !!
Me desculpem, nunca ouvi um cd da Carol mas, se fosse essa grande cantora que o crítico diz, já teria feito sucesso. se umas fazem, porque outras não fazem?
Sorte baby ...sorte só isso ...
Falta presença à cantora. Saca gente boazinha demais ?...
Falta tempero !
Carol nunca não terá nunca seu espaço nessa " midia " que temos ... ou alguém ver Renata Arruda , Veronica Sabinon, Nà ozetti , Jussara Silveira e tantas outras maravilhosas cantoras nesses programas de domingo ?
A Bossa precisa de Carol Saboya ? Porque eu acho que Carol não precisa da Bossa e poderia trilhar outros lindos caminhos !
Emanuel disse
CAROL TEM TALENTO PELO POuCO QUE A OUVI. O PAI É SEM COMENTÁRIOS. AGORA PORQUE EXISTE MESMO GENTE DO MAL PRA QUERER MUDAR O CURSO DA HISTÓRIA PRO PIOR?. Ah, esse discurso chatólogo do que é bossa nova, rock, tropicalismo, jovem guarda.. cansou, empoeirou faz tempo. Vivemos novo século, a música acabou virando um caldeirão de tudo.
Deixem o que é bom rolar...
A doçura da voz de Carol Saboya merecia ter sido descoberta há mais tempo... É sempre lindo poder ouvi-la!
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