Adeus, Duprat, o maestro genial da MPB
Um dos arranjadores mais importantes da música brasileira, figura-chave na orquestração do movimento tropicalista arquitetado por Caetano Veloso e Gilberto Gil em 1968, o maestro Rogério Duprat (à direita) saiu de cena nesta quinta-feira, 26 de outubro, aos 74 anos. Carioca, Duprat morreu em hospital de São Paulo, vítima de complicações decorrentes de um câncer na bexiga e do mal de alzheimer.
Somente os antológicos arranjos de Domingo no Parque (Gilberto Gil, 1967) e de Construção (Chico Buarque, 1971) bastam para atestar a genialidade e a inventividade de Rogério Duprat como orquestrador. Igualmente importantes e revolucionários, os arranjos do histórico álbum Tropicália ou Panis et Circensis - o disco-manifesto de 1968 que reuniu Caetano, Gil, Gal Costa e Nara Leão, entre outros nomes - levaram sua assinatura inconfundível. Duprat soube atravessar a tênue fronteira entre música popular e erudita. Em 1968, lançou o disco A Banda Tropicalista do Duprat, recentemente reeditado em CD. Depois de um período afastado da música, voltou à cena nos anos 90, arranjando discos de Kid Abelha e Lulu Santos. Mas seu legado essencial para a música pop(ular) brasileira se concentra entre a segunda metade dos anos 60 e a primeira dos 70.
Somente os antológicos arranjos de Domingo no Parque (Gilberto Gil, 1967) e de Construção (Chico Buarque, 1971) bastam para atestar a genialidade e a inventividade de Rogério Duprat como orquestrador. Igualmente importantes e revolucionários, os arranjos do histórico álbum Tropicália ou Panis et Circensis - o disco-manifesto de 1968 que reuniu Caetano, Gil, Gal Costa e Nara Leão, entre outros nomes - levaram sua assinatura inconfundível. Duprat soube atravessar a tênue fronteira entre música popular e erudita. Em 1968, lançou o disco A Banda Tropicalista do Duprat, recentemente reeditado em CD. Depois de um período afastado da música, voltou à cena nos anos 90, arranjando discos de Kid Abelha e Lulu Santos. Mas seu legado essencial para a música pop(ular) brasileira se concentra entre a segunda metade dos anos 60 e a primeira dos 70.
10 COMENTÁRIOS:
não sabia que trabalhou com lulu e kid. em que discos?
a introdução que fez para a gravação de baby de gal é um desses momentos antologicos da historia da mpb. epifania pura. genio da raça.
Salve Duprat, descanse em paz.
Só não devia ter estragado o currículo trabalhando com o Kid e o Lulu, mas ta certo, nada na vida é perfeito.
já nos levaram grandes gênios, se continuar nessa toada e levarem joão donato e johnny alf, vou ficar puto!
Realmente teve o seu valor. Deus lhe dê o céu, lhe chame lá!
Morreu um gênio.
Emanuel Andrade
Triste da verdadeira MPB se continuar assim, ou seja, se o destino levar tão logo nossos gênios. Ai morreremos na rua da amargura com as porcarias que vão ficando.
O conceito de 'tropicalismo' não me diz nada. Acho papo-furado a tal proposta de afrontar o gosto musical predominante no fim dos anos 60. Afora um flerte momentâneo com o kitsch, Caetano e Gil continuaram a seguir os cânones da MPB, porque sabem o que é bom.
A tal assimilação antropofágica do rock'n roll não foi novidade nenhuma. Roqueiros o Brasil já os tinha há algum tempo. E a Antropofagia remonta a 22. Enfim, um prato requentado.
Os arranjos musicais de Duprat e Medaglia, dois músicos de qualidade, ofereceram uma versão mais acessível do modernismo europeu, que chegou 60 anos atrasado à música popular no Brasil.
Fico sempre com a impressão de que o tal 'movimento tropicalista' foi um pacote comercial do Guilherme Araújo.
E, com a exceção de 3 ou 4 faixas (Geléia Geral, Baby, Panis et Circensis e alguma outra), e dos arranjos interessantes, vamos combinar que o disco-ícone da tropicália é meia-bomba.
Caetano Veloso, Gal Costa, Rita Lee e Gilberto Gil (este sim, um músico superior) devem muito pouco àquele movimento tabajara.
Luc
isso aí, luc
"O conceito de 'tropicalismo' não me diz nada"?
Luc, eu realmente não entendo o que vc disse. Acho que vc não conhece a tropicália...
De qualqer forma, vale a pena conhecer!
VIVA DUPRAT!
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