Zé Pedro remixa e respeita a MPB
Resenha de disco
Título: Quero Dizer a que Vim
Artista: DJ Zé Pedro
Gravadora: Mega Music
Cotação: * * *
O DJ Zé Pedro chega ao segundo disco, Quero Dizer a que Vim, fiel à sua determinação de remixar fonogramas do universo da MPB sem destruir a melodia das gravações - como fazem nove entre dez CDs de remixes. Na realidade, este DJ gaúcho - radicado no Rio - já tinha dito a que veio no primeiro CD, Música para Dançar (2002), em que pôs respeitosamente na pista ídolos como Alcione, Clara Nunes, Maria Bethânia e Dorival Caymmi.
Pedro, que transita normalmente entre o tecno e o house, reúne novamente um time estelar, com direito a gravações inéditas, feitas especialmente para o CD. É o caso de Cavaleiro de Aruanda, tema afro de Tony Osanah que foi sucesso na voz de Ronnie Von no início dos 70 e que reaparece em registro de Rita Ribeiro. A cantora resgatou a música para seu bem-sucedido show Tecnomacumba, ainda inédito em CD e DVD, apesar dos esforços de Rita para tentar sensibilizar as insensíveis gravadoras.
O DJ também estréia como compositor em Alguma Coisa, parceria com Fernanda Porto e Gui Boratto. Porto pôs voz na música, que passa despercebida entre clássicos dos repertórios de Chico Buarque (Cotidiano), Djavan (Fato Consumado) e Zé Ramalho (Admirável Gado Novo) - todos rebobinados para as pistas a partir das gravações originais dos compositores.
Algumas sacações do repertório valorizam o disco. O pré-rap Deixa Isso pra Lá, gravado por Jair Rodrigues em 1964, é uma delas. Outra é o remix apropriadamente intitulado Capoeira de Vô Batê Pá Tu, hit da efêmera dupla Baiano & Os Novos Caetanos, formada pelos humoristas Chico Anísio e Arnaud Rodrigues nos anos 70.
Pedro ainda põe poesia literalmente na pista. O saudoso Waly Salomão aparece no disco recitando Câmera de Eco. Já o título do CD, Quero Dizer a que Vim, foi extraído do texto Nem 8 Nem 80, gravado por Marina Lima para seu disco O Chamado em 1993. Citando hit das Frenéticas, entre nessa festa e dance sem parar com o DJ que mais admira e respeita a MPB.
Título: Quero Dizer a que Vim
Artista: DJ Zé Pedro
Gravadora: Mega Music
Cotação: * * *
O DJ Zé Pedro chega ao segundo disco, Quero Dizer a que Vim, fiel à sua determinação de remixar fonogramas do universo da MPB sem destruir a melodia das gravações - como fazem nove entre dez CDs de remixes. Na realidade, este DJ gaúcho - radicado no Rio - já tinha dito a que veio no primeiro CD, Música para Dançar (2002), em que pôs respeitosamente na pista ídolos como Alcione, Clara Nunes, Maria Bethânia e Dorival Caymmi.
Pedro, que transita normalmente entre o tecno e o house, reúne novamente um time estelar, com direito a gravações inéditas, feitas especialmente para o CD. É o caso de Cavaleiro de Aruanda, tema afro de Tony Osanah que foi sucesso na voz de Ronnie Von no início dos 70 e que reaparece em registro de Rita Ribeiro. A cantora resgatou a música para seu bem-sucedido show Tecnomacumba, ainda inédito em CD e DVD, apesar dos esforços de Rita para tentar sensibilizar as insensíveis gravadoras.
O DJ também estréia como compositor em Alguma Coisa, parceria com Fernanda Porto e Gui Boratto. Porto pôs voz na música, que passa despercebida entre clássicos dos repertórios de Chico Buarque (Cotidiano), Djavan (Fato Consumado) e Zé Ramalho (Admirável Gado Novo) - todos rebobinados para as pistas a partir das gravações originais dos compositores.
Algumas sacações do repertório valorizam o disco. O pré-rap Deixa Isso pra Lá, gravado por Jair Rodrigues em 1964, é uma delas. Outra é o remix apropriadamente intitulado Capoeira de Vô Batê Pá Tu, hit da efêmera dupla Baiano & Os Novos Caetanos, formada pelos humoristas Chico Anísio e Arnaud Rodrigues nos anos 70.
Pedro ainda põe poesia literalmente na pista. O saudoso Waly Salomão aparece no disco recitando Câmera de Eco. Já o título do CD, Quero Dizer a que Vim, foi extraído do texto Nem 8 Nem 80, gravado por Marina Lima para seu disco O Chamado em 1993. Citando hit das Frenéticas, entre nessa festa e dance sem parar com o DJ que mais admira e respeita a MPB.
5 COMENTÁRIOS:
Mauro, remix é remix. Não tem necessariamente que "respeitar" a música. Quem quiser "respeito" que ouça a gravação original!
A capa é bem intrigante. mas os "remixes" do zé pedro são ruins de doer...mas pelo menos ele não "destrói' as músicas ! mas concxordo com o duda. remix é remix !! outra história !
o zé pedro é um chato de galocha...
o comentário anônimo 1 foi postado por mim !
Odeio remix que modifica a estrutura da música. Sempre tornam músicas ótimas num troço chato e repetitivo. Prefiro o DJ Zé Pedro, pq ele, pelo menos, não tem a pretenção de ser genial.
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