Skank faz 'Carrossel' girar no palco em rotação que equilibra presente e passado
Resenha de show
Título: Carrossel
Artista: Skank
Local: Canecão (RJ)
Data: 15 de setembro de 2006
Em cartaz: Até domingo, 17 de setembro
Cotação: * * * *
O carrossel do Skank gira no palco com perfeito equilíbrio entre o passado e o presente de um grupo que soube se metamorfosear ao longo de seus 15 anos de vida sem perder a identidade e o público. Emoldurado por centenas de lâmpadas ligadas em estrutura metálica, num dos mais belos e funcionais cenários já criados por Gringo Cardia, o quarteto estreou a turnê nacional do CD Carrossel com a habitual energia roqueira. Porque no palco, em essência, o Skank faz show de rock - com peso instrumental e pegada firme que amenizam as diferenças entre o repertório antigo (mais voltado para as batidas do reggae e do dancehall) e o atual (um mix pop de baladas de eventual tom psicodélico que remete tanto a Beatles quanto ao BritPop).
"Essa estréia é um momento de celebração. Começamos mais uma história dentro da história de 15 anos do Skank", festejou o vocalista e guitarrista Samuel Rosa, com pique invejável, no palco do Canecão, na noite de sexta-feira, 15 de setembro. Foi a primeira das três apresentações de Carrossel agendadas na casa carioca. E o Rio foi mais uma vez seduzido pelo carisma do grupo - integrado pelo tecladista Henrique Portugal, o baixista Lelo Zanetti (autor de Garrafas, um dos temas mais instigantes do novo disco) e o baterista Haroldo Ferretti. A aura mágica não se desfez nem com a briga que explodiu na pista no meio de É Proibido Fumar (os seguranças retiraram da platéia os espectadores exaltados e a confusão se transferiu para a porta do Canecão).
Um duo de metais encorpou o som em números como Jackie Tequila, remetendo ao início da banda com sons de reggae e dub. E as "pequenas pérolas do passado" - como caracterizou Samuel - garantiram a resposta esfuziante do público, que ainda não teve tempo de assimilar o cancioneiro requintado do CD Carrossel, com exceção de Uma Canção É pra Isso, mais um exemplo da capacidade do quarteto de roçar o pop perfeito (habilidade já atestada em hits como Vou Deixar, número que incendiou o Canecão).
Se É uma Partida de Futebol é garantia de bola na rede pela explosiva voltagem rítmica, a nova Balada para João e Joana surge azeitada no palco, com pinta de provável futuro single de Carrossel (assim como Mil Acasos). Entre inédita pesada (Saturação) e canções mais leves (Dois Rios, Resposta), o Skank equaciona levadas aparentemente díspares e roda seu Carrossel em engrenagem azeitada que prepara o fim apoteótico com a releitura roqueira do reggae Vamos Fugir, da lavra de Gilberto Gil, e - já no bis - com a irresistível Saideira. A maquinarama musical e hi-tech do Skank está em perfeita ação.
Título: Carrossel
Artista: Skank
Local: Canecão (RJ)
Data: 15 de setembro de 2006
Em cartaz: Até domingo, 17 de setembro
Cotação: * * * *
O carrossel do Skank gira no palco com perfeito equilíbrio entre o passado e o presente de um grupo que soube se metamorfosear ao longo de seus 15 anos de vida sem perder a identidade e o público. Emoldurado por centenas de lâmpadas ligadas em estrutura metálica, num dos mais belos e funcionais cenários já criados por Gringo Cardia, o quarteto estreou a turnê nacional do CD Carrossel com a habitual energia roqueira. Porque no palco, em essência, o Skank faz show de rock - com peso instrumental e pegada firme que amenizam as diferenças entre o repertório antigo (mais voltado para as batidas do reggae e do dancehall) e o atual (um mix pop de baladas de eventual tom psicodélico que remete tanto a Beatles quanto ao BritPop).
"Essa estréia é um momento de celebração. Começamos mais uma história dentro da história de 15 anos do Skank", festejou o vocalista e guitarrista Samuel Rosa, com pique invejável, no palco do Canecão, na noite de sexta-feira, 15 de setembro. Foi a primeira das três apresentações de Carrossel agendadas na casa carioca. E o Rio foi mais uma vez seduzido pelo carisma do grupo - integrado pelo tecladista Henrique Portugal, o baixista Lelo Zanetti (autor de Garrafas, um dos temas mais instigantes do novo disco) e o baterista Haroldo Ferretti. A aura mágica não se desfez nem com a briga que explodiu na pista no meio de É Proibido Fumar (os seguranças retiraram da platéia os espectadores exaltados e a confusão se transferiu para a porta do Canecão).
Um duo de metais encorpou o som em números como Jackie Tequila, remetendo ao início da banda com sons de reggae e dub. E as "pequenas pérolas do passado" - como caracterizou Samuel - garantiram a resposta esfuziante do público, que ainda não teve tempo de assimilar o cancioneiro requintado do CD Carrossel, com exceção de Uma Canção É pra Isso, mais um exemplo da capacidade do quarteto de roçar o pop perfeito (habilidade já atestada em hits como Vou Deixar, número que incendiou o Canecão).
Se É uma Partida de Futebol é garantia de bola na rede pela explosiva voltagem rítmica, a nova Balada para João e Joana surge azeitada no palco, com pinta de provável futuro single de Carrossel (assim como Mil Acasos). Entre inédita pesada (Saturação) e canções mais leves (Dois Rios, Resposta), o Skank equaciona levadas aparentemente díspares e roda seu Carrossel em engrenagem azeitada que prepara o fim apoteótico com a releitura roqueira do reggae Vamos Fugir, da lavra de Gilberto Gil, e - já no bis - com a irresistível Saideira. A maquinarama musical e hi-tech do Skank está em perfeita ação.
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