Faltou Gal no time de Macalé
Faltou Gal Costa - a indesculpável ausência do recém-lançado CD Real Grandeza, em que Jards Macalé expõe a magnitude de sua parceria com o poeta Waly Salomão em clima denso - mas é inegável que Macalé reuniu time estelar no disco editado esta semana pela Biscoito Fino. À esquerda, um flagrante da participação de Adriana Calcanhotto, intérprete apaixonada e inteligente da faixa Anjo Exterminado, música lançada por Maria Bethânia em 1972 no disco Drama. Acima, um instante da ida de Luiz Melodia ao estúdio. O poeta do Estácio é o apropriado convidado do reggae Negra Melodia, ao qual acrescenta seu suingue característico. E ainda tem Frejat (que pôs sua energia bluesy roqueira em Mal Secreto), Maria Bethânia (íntima e pessoal em Berceuse Criolle, em registro lírico superior ao apresentado pela cantora no show Tempo Tempo Tempo Tempo) e o grupo Vulgue Tostoi, que faz o Vapor Barato deslizar nos eletrônicos trilhos da modernidade.
Mas que faltou Gal (brigada com Macalé, por ter sido publicamente criticada por ele), lá isso faltou!! Afinal, nenhum disco centrado na poesia de Waly pode prescindir da presença da cantora que ele dirigiu em dois shows bem-sucedidos: o antológico Fa-Tal - Gal a Todo Vapor (marco da resistência cultural ao regime militar em 1971/72) e o impactante Plural, show de 1990 que livrou Gal do estigma de cantora de baladas bregas. Mais do que mero diretor da artista, Waly Salomão foi uma bússola que guiou Gal por mares certeiros numa carreira que várias vezes quase se perdeu no mar da banalidade imposta pela indústria fonográfica.
7 COMENTÁRIOS:
waly realmente foi importante para Gal, mas ela não é o centro do mundo. Não ouvi o disco ainda, mas aposto que ele não precisa de Gal...
Qualquer disco que se faça com músicas de Waly Salomão é indispensável a presença de Gal, esse disco sem ela perde muito pois não soa verdadeiro, Gal foi fundamental na carreira de Waly assim como ele foi na carreira dela, é impensável não ter nenhuma uma música com ela e se ela não foi chamada por causa de um briga com Macalé(o que não acredito), ele deveria de tê-la chamado sim, pois não está "contando" a verdadeira história de Gal chmando artistas que nem conheceram a obra dele direito.
Qualquer disco que se faça com músicas de Waly Salomão é indispensável a presença de Gal, esse disco sem ela perde muito pois não soa verdadeiro, Gal foi fundamental na carreira de Waly assim como ele foi na carreira dela, é impensável não ter nenhuma uma música com ela e se ela não foi chamada por causa de um briga com Macalé(o que não acredito), ele deveria de tê-la chamado sim, pois não está "contando" a verdadeira história de Waly chamando artistas que nem conheceram a obra dele direito.
EU NÃO SEI PORQUE ESSESA BAIANOS BRIGAM TANTO.
MEU DEUS SÃO TÃO TALENTOSOS MAIS BRIGAM DE MAIS.
VAMOS PARAR COM ISSO, PORQUE ESSAS BRIGAS SÓ PREJUDICAM A JA TÃO COMBALIDA MPB.
MESMO PORQUE, VCS JA PASARAM DA IDADE E VCS SOMADOS SÃO INBATIVEIS.
ROSEMBERG.
Gal foi fundamental na carreira de Waaly, foi atraves dela que ele se fez conhecido,se hoje "vapor barato", recebe tantas regravações é no registro magistral de Gal feito para o show "Fa-tal", dirigido por Wally que ta o cerne da musica. Outro grande momento da poesia de Wally: "movimento dos barcos", do show "india", infelizmente não registrado mas presente na memória de todos que asistiram a esse outro grande momento de Gal.
Adriana Calcanhoto planeja lançar um tributo a Wally, tomara que ela não esqueça de chamar Gal.
Gal foi a voz que melhor cantou e representou Wally Salomão. Ela está acima de questões particulares ou brigas desnecessárias. Deixá-la de fora desse projeto é prova que a "burrice" não está exatamente na figura da cantora, mas na alma de artistas rancorosos que não colocam a arte como prioridade. Que Adriana Calcanhotto saiba compensar essa ausência. Wally merece sempre a voz de Gal.
Disco da Macalé ou de Waly sem Gal não dá!
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