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Domingo, Novembro 06, 2005

Madonna faz dance com ecos de disco music para apagar fiasco do CD anterior

Resenha de disco
Título: Confessions on a Dance Floor
Artista: Madonna
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *

A bela capa, com estética que remete aos frenéticos dancin' days, já dera a pista - corroborada no primeiro single, Hung Up. Depois do fracasso comercial de American Life (2003), um dos piores álbuns de sua carreira, Madonna acena intensa e desesperadamente para as pistas com Confessions on a Dance Floor, disco totalmente dance, mas com ecos de disco music. Se a radiofônica Hung Up (quase tão poderosa quanto Music, o hit do álbum homônimo de 2000) apela para sample de Gimme Gimme Gimme, do seminal quarteto Abba, Future Lovers reprocessa a batida pioneira de I Feel Love, mostrando como Donna Summer e seu produtor Giorgio Moroder foram visionários em meados dos anos 70. A faixa é parceria de Madonna com o produtor Mirwais Ahmadzai, responsável por seu último bom álbum, o supra-citado Music.

Mirwais saiu do primeiro plano da cena para que o inglês Stuart Price (ligado à cena eletrônica de Londres) produzisse Confessions on a Dance Floor- nas lojas dia 14, em lançamento mundial, mas já com suas 12 faixas disponíveis na internet. Tudo indica que as pistas e as bibas vão ferver ao som de petardos como Sorry, que tem sample de Can You Feel It?, hit do The Jacksons em 1981. É uma das melhores faixas de um disco que começa bem com Hung Up e alterna momentos menos inspirados como Get Together (faixa que rebobina o som dance dos anos 90) e How High (em que Madonna lança mão do vocoder para soar como uma subBritney Spears) com outros mais interessantes. São os casos de Forbidden Love (sexy faixa retrô com ecos de Kraftwerk e muito vocoder), Jump (de batida próxima do pop feito por Madonna nos anos 80) e sobretudo da já polêmica Isaac, em que a artista insere cânticos judaicos na sua dance pop com resultado sedutor.

Entre flertes com o eletro e o trance, Madonna apresenta um disco de espírito eletrônico que se sustenta pelas múltiplas referências. Se I Love New York é trivial tributo à metrópole americana, Let It Will Be se diferencia pelo arranjo de cordas da introdução. Penúltima faixa, Push é legal, mas seria mais sedutora se tivesse tido acentuada sua latinidade, que lembra La Isla Bonita, sucesso da cantora no disco True Blue (1986). E tudo termina com o egocêntrico autoretrato esboçado pela diva em Like It or Not. "Você pode me amar ou me ignorar, mas eu nunca vou parar", avisa Madonna na letra. Há quem a ignore, de fato, mas seu público cativo vai amá-la ainda mais por este novo disco quase tão coeso quanto Ray of Light(1998), o álbum que inseriu Madonna definitivamente na cena eletrônica contemporânea.

5 COMENTÁRIOS:

Mário said...

PELA IDADE QUE TEM, MADONNA JÁ FAZ MUITO EM MANTER O INTERESSE POR SUA DISCOGRAFIA. SE UM ÁLBUM VENDE MAIS OU MENOS QUE O OUTRO, O PROBLEMA NÃO É DELA. DIVAS NÃO PRECISAM LIDAR COM NÚMEROS.

13:04  
Patrícia Almeida said...

American Life é um grande disco. Ouça-o novamente antes de dizer que é um dos piores. Vender muito não significa qualidade. Ou o sr. acha que um artista é bom só porque vende mais?

10:00  
Paulinho said...

Diva eh um termo muito cafona pra Madonna... Parece que tá no mesmo time de Celine Dion, Mariah Carey... Tah na hora de rever seus conceitos...

10:10  
Waldir Leite said...

Mauro, querido, American Life é um excelente disco. Talvez um dos melhores da carreira de Madonna. Não foi um grande sucesso de vendas, mas todos os fãs da cantora compraram o disco. Isso já é mais do que suficiente. Acho que voce deveria ouvir com mais carinho canções como Hollywood e Love Profusion. Grande abraço!

11:38  
Marcos said...

E detalhe, o fracasso comercial de AL é o sucesso comercial da maioria dos artistas mais famosos do mundo. Não considero um álbum q vendeu 4 milhoes de unidades um fracasso. Hoje em dia quem chega acima disso pode levantar aos mãos pro céu.

19:23  

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