Nando Reis adere ao romantismo popular sem cair na banalidade (típica) do brega
Resenha de CD
Título: Sim e Não
Artista: Nando Reis
Gravadora: Universal
Cotação: * * *
Sim, o romantismo popular brota no sexto disco solo de Nando Reis. Não, o cantor não patina em terreno brega como sinalizara ao iniciar, orgulhoso, parceria com Wando. Em Sim e Não, o ex-titã se debate entre a firme pegada roqueira de sua banda - Os Infernais, que assina o disco juntamente com Nando - e a opção por um repertório mais acessível para manter o público conquistado com seu trabalho anterior, um precoce MTV ao Vivo que lhe deu enfim a popularidade buscada em vão em discos mais refinados como A Letra A.
Intérprete deficiente que vem melhorando a cada trabalho, Nando consegue a manutenção de seu padrão estético. Sim - a melodiosa canção que abre o disco - e N são temas belos que atingem o equilíbrio delicado entre a sofisticação de trabalhos anteriores e o romantismo popular, semeado em letras diretas que exaltam a mulher amada. O corinho de Sou Dela, música mais dançante que roça o pop perfeito, é elemento referencial do cancioneiro cafona que Nando rodeia, mas não abraça.
Sim e Não alterna rocks moderadamente pesados (Santa Maria, Monóico - em que o artista propõe inversão de papéis sexuais que o distancia do amor conservador explicitado nas canções de amor - e o estradeiro Caneco 70) com músicas melodiosas que destilam o tal romantismo que permeia o disco até sua última faixa oficial, a valsinha Ti Amo - há faixa escondida que nada acrescenta ao repertório.
Há músicas menores. Pra Ela Voltar rebobina - sem a mesma inspiração - a declaração de amor feita em Sim. A letra de Para Luzir o Dia parece feita na cola de Diariamente (a música de Nando gravada por Marisa Monte em 1991, em seu álbum Mais) ainda que sua melodia envolvente siga a receita palatável do disco. É faixa repleta de cordas que flerta com o instrumental progressivo. Em clima mais cool, Nando declara amor à filha em Espatódea.
Não, Nando Reis não ficou brega. O cantor deixa brotar o Roberto Carlos (dos anos 70) que existe nele sem aderir à banalidade do romantismo popular. Sim, seu sexto solo tem munição certeira para ampliar o público conquistado com o MTV ao Vivo.
Título: Sim e Não
Artista: Nando Reis
Gravadora: Universal
Cotação: * * *
Sim, o romantismo popular brota no sexto disco solo de Nando Reis. Não, o cantor não patina em terreno brega como sinalizara ao iniciar, orgulhoso, parceria com Wando. Em Sim e Não, o ex-titã se debate entre a firme pegada roqueira de sua banda - Os Infernais, que assina o disco juntamente com Nando - e a opção por um repertório mais acessível para manter o público conquistado com seu trabalho anterior, um precoce MTV ao Vivo que lhe deu enfim a popularidade buscada em vão em discos mais refinados como A Letra A.
Intérprete deficiente que vem melhorando a cada trabalho, Nando consegue a manutenção de seu padrão estético. Sim - a melodiosa canção que abre o disco - e N são temas belos que atingem o equilíbrio delicado entre a sofisticação de trabalhos anteriores e o romantismo popular, semeado em letras diretas que exaltam a mulher amada. O corinho de Sou Dela, música mais dançante que roça o pop perfeito, é elemento referencial do cancioneiro cafona que Nando rodeia, mas não abraça.
Sim e Não alterna rocks moderadamente pesados (Santa Maria, Monóico - em que o artista propõe inversão de papéis sexuais que o distancia do amor conservador explicitado nas canções de amor - e o estradeiro Caneco 70) com músicas melodiosas que destilam o tal romantismo que permeia o disco até sua última faixa oficial, a valsinha Ti Amo - há faixa escondida que nada acrescenta ao repertório.
Há músicas menores. Pra Ela Voltar rebobina - sem a mesma inspiração - a declaração de amor feita em Sim. A letra de Para Luzir o Dia parece feita na cola de Diariamente (a música de Nando gravada por Marisa Monte em 1991, em seu álbum Mais) ainda que sua melodia envolvente siga a receita palatável do disco. É faixa repleta de cordas que flerta com o instrumental progressivo. Em clima mais cool, Nando declara amor à filha em Espatódea.
Não, Nando Reis não ficou brega. O cantor deixa brotar o Roberto Carlos (dos anos 70) que existe nele sem aderir à banalidade do romantismo popular. Sim, seu sexto solo tem munição certeira para ampliar o público conquistado com o MTV ao Vivo.
3 COMENTÁRIOS:
Li o texto e entendi: a coisa mais importante nessa vida é jamais ser brega. É isso, Mauro Feirreira?
Li o texto e entendi: a coisa mais importante nessa vida é jamais ser brega. É isso, Mauro Feirreira?
Li o texto e entendi: a coisa mais importante nessa vida é jamais ser brega. É isso, Mauro Feirreira?
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