'Universo Particular' é show ousado na iluminação, no roteiro e no instrumental
Resenha de show
Nome: Universo Particular
Artista: Marisa Monte
Local: Teatro Guaíra, Curitiba (PR)
Data: 28 de abril
Cotação: * * * *
O palco está nu e deixa entrever a estrutura imponente do Teatro Guaíra. Apenas uma plataforma abriga a cantora e sua banda. A iluminação, cinematográfica, não vem dos habituais refletores, mas das torres laterais que circundam o palco. O roteiro não está baseado nos hits. Universo Particular, o novo show que Marisa Monte já está apresentando em turnê nacional, é ousado e surpreendente na luz, no repertório e no instrumental refinado. É quase um recital camerístico com seu arsenal de cordas e sopros. Uma estética inovadora para uma cantora que faz uso inteligente da voz.
A surpresa já começa na abertura. Infinito Particular, a primeira música, é apresentada no escuro, com eventuais focos de luz no rosto de Marisa. A cantora está sentada, tocando ukelele, um parente do cavaquinho. Quando à luz entra em cena, em Universo ao meu Redor, ela vem da caixa que se projeta do alto, sobre os músicos. E, aos poucos, o palco vai sendo preenchido. Ora pelas torres que se movimentam pelo palco, com luzes climáticas. Ora pelas imagens projetadas nos telões. Ora pelos adereços cênicos que vão ilustrando as músicas e formando um cenário todo especial a cada número.
A atmosfera de delicadeza cool que tempera os discos Infinito Particular e Universo ao meu Redor são traduzidas no palco com requinte e se expandem para músicas de outras fases e faces de Marisa. É quando ela revive Eu Não Sou da sua Rua (1991) tocando gaita e abrindo uma caixinha de música.
O show é repleto de detalhes e sutilezas que criam um universo inebriante. O detalhe pode ser o aspirador de pó que é acionado em Passe em Casa (2002). Ou a imagem da borboleta que identifica nos telões Maria de Verdade (1994), número em que Marisa levanta da cadeira e vai para a frente do palco. Ou ainda a citação do tema de Branca de Neve no samba Satisfeito.
Entre um momento de maior densidade (Carnalismo, da safra do CD Tribalistas) e sambas de melodias tradicionais (Para Mais Ninguém, Meu Canário), Marisa vai tecendo teia envolvente que, não por acaso, revive músicas de um de seus discos mais brasileiros, Verde Anil Amarelo Cor-de-Rosa e Carvão, de 1994. Ao meu Redor, por exemplo, ganha instrumental que concilia simultaneamente tons camerísticos com a pegada do pop rock.
Aliás, o bloco final, com músicas como Até Parece e Pra Ser Sincero, evoca a explosão pop do show anterior, Memórias, Crônicas e Declarações de Amor. Mas, no último número, vem outra surpresa: Velha Infância com direito a improvisos, novas divisões e orquestração da platéia. O universo de Marisa Monte é particularmente belo e infinitamente rico de detalhes que não cabem em mera resenha.
Nome: Universo Particular
Artista: Marisa Monte
Local: Teatro Guaíra, Curitiba (PR)
Data: 28 de abril
Cotação: * * * *
O palco está nu e deixa entrever a estrutura imponente do Teatro Guaíra. Apenas uma plataforma abriga a cantora e sua banda. A iluminação, cinematográfica, não vem dos habituais refletores, mas das torres laterais que circundam o palco. O roteiro não está baseado nos hits. Universo Particular, o novo show que Marisa Monte já está apresentando em turnê nacional, é ousado e surpreendente na luz, no repertório e no instrumental refinado. É quase um recital camerístico com seu arsenal de cordas e sopros. Uma estética inovadora para uma cantora que faz uso inteligente da voz.
A surpresa já começa na abertura. Infinito Particular, a primeira música, é apresentada no escuro, com eventuais focos de luz no rosto de Marisa. A cantora está sentada, tocando ukelele, um parente do cavaquinho. Quando à luz entra em cena, em Universo ao meu Redor, ela vem da caixa que se projeta do alto, sobre os músicos. E, aos poucos, o palco vai sendo preenchido. Ora pelas torres que se movimentam pelo palco, com luzes climáticas. Ora pelas imagens projetadas nos telões. Ora pelos adereços cênicos que vão ilustrando as músicas e formando um cenário todo especial a cada número.
A atmosfera de delicadeza cool que tempera os discos Infinito Particular e Universo ao meu Redor são traduzidas no palco com requinte e se expandem para músicas de outras fases e faces de Marisa. É quando ela revive Eu Não Sou da sua Rua (1991) tocando gaita e abrindo uma caixinha de música.
O show é repleto de detalhes e sutilezas que criam um universo inebriante. O detalhe pode ser o aspirador de pó que é acionado em Passe em Casa (2002). Ou a imagem da borboleta que identifica nos telões Maria de Verdade (1994), número em que Marisa levanta da cadeira e vai para a frente do palco. Ou ainda a citação do tema de Branca de Neve no samba Satisfeito.
Entre um momento de maior densidade (Carnalismo, da safra do CD Tribalistas) e sambas de melodias tradicionais (Para Mais Ninguém, Meu Canário), Marisa vai tecendo teia envolvente que, não por acaso, revive músicas de um de seus discos mais brasileiros, Verde Anil Amarelo Cor-de-Rosa e Carvão, de 1994. Ao meu Redor, por exemplo, ganha instrumental que concilia simultaneamente tons camerísticos com a pegada do pop rock.
Aliás, o bloco final, com músicas como Até Parece e Pra Ser Sincero, evoca a explosão pop do show anterior, Memórias, Crônicas e Declarações de Amor. Mas, no último número, vem outra surpresa: Velha Infância com direito a improvisos, novas divisões e orquestração da platéia. O universo de Marisa Monte é particularmente belo e infinitamente rico de detalhes que não cabem em mera resenha.
26 COMENTÁRIOS:
no site
www.marisa_monte.blogger.com.br
tem um vídeo do show
vi o show em curitiba. muito bom, diferente
D+++
sou paulista e vou esperar o show chegar aqui. agora achei muita babação essa 'mera resenha'. Marisa é isso tudo mesmo?
Acho a Marisa Monte um picolé de chuchu
Marisa é uma artista que se transforma a cada trabalho, ela tem a preucupação de não de repetir, depois do mega show "Memorias..." ela adotou uma postura mais minimalista, ela não se sente presa nem a industria e nem ao publico, ela faz o que quer, e arrebata a todos!!
E você esperava algo diferente, Rodolfo, em se tratando de Mauro Ferreira comentando alguma coisa realativa à Marisa Monte? Essa mulher é perfeita, não comete nenhum deslize. Chega a ser irritante essa babação!
Você parece mais encantado com os jogos de luzes e efeitos do show do que com a própria música da cantora.
Cade "Sou Parsifoul" no repertório?
Impressionante a parcialidade deste crítico. Foi Bethânia ou Marisa são perfeitas!!! Esta resenha chega a ser risível... Os discos estão muito longe de ser alguma obra-prima, são apenas bons, e o show é correto - assisti a estréia - mas nada de excepcional.
Acho muito engraçada essas cristicas escritas por alguns aki neste espaço,elas ñ possuem fundamento nenhum, apenas são escritas na intuito de ofender, gostaria de saber o gosto musical de quem escreve tais coisas, pq me surpreende saber q alguem q goste verdadeiramente de música não goste da Marisa Monte, concordo com o jogo publicitario em torno dela, mas isto tb é muito bom de assistir faz parte da ARTE Moderna, da ARTE POP, gosto do texto do roteiro q Marisa escreve cada vez q ela lança um novo trabalho, gosto de me entregar de ser conduzida, talvez seus detratores ñ gostem é exatamente desse poder de condução que Marisa tem, mas tudo bem, resista em quanto puder!!
mauro, fui ao show de sexta e de sábado!!
e o foi muito maior que a sua descrição. Vi muita gente chorando.
Mauro meu caro,
Por favor vc poderia nos poupar de tanta gente medíocre que frequenta esse blog. Concordo totalmente com as suas críticas. Mande esse povo escrever nos blogs próprios das Sandys, Wanessas Camargos, e outras medíocres que insistem em contaminar a música brasileira. Marisa Monte é simplesmente diva!!!
fui no sábado. e os grandes momentos pra mim são: " Maria de Verdade", "PernambucoBucolismo" e "Eu não sou da sua Rua".
O cenário é maravilhoso. E a casa tava muito cheia.
Valeu Mauro.
Não se discute o que a Mariza Monte representa para a MPB. Agora, o nosso colunista é de uma parcialidade muito grande. Praticamente ignora outros segmentos que são os responsáveis pelas grandes vendas do setor fonográfico. Prá mim soa até como descaso a estilos como o sertanejo por exemplo. O Mauro poderia pelo menos criticá-los (construtivamente). Dar um pouco de atenção. Essa coluna deixa muito a desejar nesse sentido. Viva a Mariza Monte que é fantástica. Mas outros artistas e outros segmento poderiam também serem privilegiados com a opinião do colunista (que é de qualidade).
vi a estréia e o show de sábado!
Já tive a oportunidade de assitir Marisa desde o JazzmANIA EM 1988.
Esse novo show é o melhor de todos!!!
Até então eu considerva o MAIS, seu melhor show.
Mauro, voce sabe se o repertório mudará de cidade em cidade?
mauro, nós do fã clube agradecemos sua resenha. Você sempre divulgando e colocando nossa querida Marisa pra cima.
Obrigado por tudo. Nós te amamos!!
Uma pergunta: você saberia dizer se, na sexta e no sábado, Marisa mudou o repertório da estréia?
Um grande beijo, Jef.
Jef, o roteiro seguiu inalterado nas três apresentações de Curitiba. Mas Marisa explicou em papo no camarim que ensaiou 30 músicas e nem todas entraram - casos de O Bonde do Dom e de Pétalas Esquecidas, por exemplo. Essas músicas poderão entrar eventualmente em outras cidades, no lugar de outras de clima semelhante. abs, mauroF
Embora os Shows de MM sempre sejam bem produzidos, a babação continua. Um show luxuoso é o mínimo que ela poderia oferecer depois de ter um marketing tão forte, com estratégia de lançar 2 discos (nem tão bons assim.
E como o próprio colunista descreve, não há predominância do repertório dos discos lançados. Será que com 2 albúns simultâneos não daria um show só com esse repertório? Ainda mais considerando que um CD é pop e o outro é samba.
Nunca vi babar tanto-ovo de um artista!!! Tá certo que ela é talentosa, mas dá um tempo!
Pois é, ela ousa até certo ponto, mas não arrisca com um show de repertório 100% inédito. E tem material pra isso! Palmas pra Gal, que foi mais ousada em um show sem tanto marketing e luxo, com mais de 90% do repertório inédito, e de compositores desconhecidos.
Mauro querido,
Muito obrigado pela dedicação com a Marisa. Você sempre na frente, não?
Beijos.
N.
maurinho,
estamos aguardando você em Porto Alegre...
Sempre Marisa.
Beijos do Fã Clube.
O show está sensacional!!!!
assisti sábado em Curitiba!!
Como sempre... Mauro eternamente parcial... Um saco....!!!!
Adoro a Marisa Monte! Tenho tudo dela: todos os cd's e vídeos/dvd`s. Vou aos shows desde o "Mais". Mas de dois discos com 27 faixas que ela acabou de lançar mais 6 discos anteriores tirar só 23 faixas para o repertório do novo show? Só 5 faixas do "Universo ao meu redor"? Muito pouco! "O bonde do dom" deveria ser música fixa do show! Creio que 90% do público deve achar o mesmo. Quando ela passar por BH ela tem de cantar! Aliás, "Cantinho escondido" e "Lágrimas e tormentos" também! Para que "Pernambucobucolismo", que não deveria estar nem no disco? Já que tinha de ter uma sexta faixa desse disco, que colocasse "Gerânio". Ela não deve ter feito isso porque já tinha Nando Reis em "Ao meu redor". "Maria de verdade" e "Segue o seco" foram grandes acertos!!! Ótimo ouvi-las ao vivo de novo! "Mais uma vez" é a do fim do documentário "Barulhinho bom"? Abração procês!
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