Coletânea reúne o lixo luxuoso dos 80
Resenha de CD
Título: Trash 80's - Volume 1: Edição Nacional
Artista: Vários
Gravadora: Lua Music
Cotação: * *
É tão ruim que quase chega a ser bom. Se o Rio cultua os anos 80 com a festa Ploc's, que já rendeu dois DVDs (o segundo ainda não foi lançado), São Paulo festeja aquela década pop de forma mais conceitual. Criada pelos DJs Eneas Neto e Tonny, a festa Trash 80's propaga - como seu nome já diz - o lixo produzido pela indústria fonográfica da época. Esse repertório realmente trash chega ao CD pela gravadora Lua Music para fazer a alegria de quem curte - sem hipocrisia - ouvir bobagens gravadas por Dominó (Companheiro, 1985), Paquitas (Fada Madrinha, 1989), Luan & Vanessa (Quatro Semanas de Amor, 1989), Angélica (Vou de Táxi, 1988), Genghis Khan (Comer, Comer, 1984), Grafite (Mamma Maria, 1983) e até Rita Cadillac (É Bom para o Moral, 1984). No meio de tanto lixo, há o luxo do saudoso Ronaldo Resedá, representado com a gravação de Marrom Glacê, a rigor feita e tocada em 1979. O tema da novela homônima de Cassiano Gabus Mendes nunca tinha sido lançado em CD (assim como a faixa de Rita Cadillac). Também não dá para colocar no mesmo saco de lixo o registro de Amigos do Peito (Somos Amigos), feito em 1984 por Fábio Jr. com A Turma do Balão Mágico em sua formação clássica. Aliás, a coletânea prima por trazer somente gravações originais e apresentar uma ficha técnica que identifica a origem de cada faixa. Somente por isso já mereceria crédito, inclusive por não esconder que a lambada Me Chama que Eu Vou foi gravada por Sidney Magal em 1990 para a abertura da novela A Rainha da Sucata. E o fato é que o trash também tem o seu valor porque brega, afinal, é tudo o que a gente não gosta, mas o vizinho curte. Dependendo do clima, o lixo pode ser o luxo de uma festa...
Título: Trash 80's - Volume 1: Edição Nacional
Artista: Vários
Gravadora: Lua Music
Cotação: * *
É tão ruim que quase chega a ser bom. Se o Rio cultua os anos 80 com a festa Ploc's, que já rendeu dois DVDs (o segundo ainda não foi lançado), São Paulo festeja aquela década pop de forma mais conceitual. Criada pelos DJs Eneas Neto e Tonny, a festa Trash 80's propaga - como seu nome já diz - o lixo produzido pela indústria fonográfica da época. Esse repertório realmente trash chega ao CD pela gravadora Lua Music para fazer a alegria de quem curte - sem hipocrisia - ouvir bobagens gravadas por Dominó (Companheiro, 1985), Paquitas (Fada Madrinha, 1989), Luan & Vanessa (Quatro Semanas de Amor, 1989), Angélica (Vou de Táxi, 1988), Genghis Khan (Comer, Comer, 1984), Grafite (Mamma Maria, 1983) e até Rita Cadillac (É Bom para o Moral, 1984). No meio de tanto lixo, há o luxo do saudoso Ronaldo Resedá, representado com a gravação de Marrom Glacê, a rigor feita e tocada em 1979. O tema da novela homônima de Cassiano Gabus Mendes nunca tinha sido lançado em CD (assim como a faixa de Rita Cadillac). Também não dá para colocar no mesmo saco de lixo o registro de Amigos do Peito (Somos Amigos), feito em 1984 por Fábio Jr. com A Turma do Balão Mágico em sua formação clássica. Aliás, a coletânea prima por trazer somente gravações originais e apresentar uma ficha técnica que identifica a origem de cada faixa. Somente por isso já mereceria crédito, inclusive por não esconder que a lambada Me Chama que Eu Vou foi gravada por Sidney Magal em 1990 para a abertura da novela A Rainha da Sucata. E o fato é que o trash também tem o seu valor porque brega, afinal, é tudo o que a gente não gosta, mas o vizinho curte. Dependendo do clima, o lixo pode ser o luxo de uma festa...
6 COMENTÁRIOS:
Brega ou "lixo" é tudo aquilo que não gostamos. Só assim posso entender você chamar Marrom Glacê de luxo. Você deve gostar muito do falecido Resedá.
alguém ainda aguenta anos 80? Socorro...
Hoje existe coisa muito pior, tal como o funk, por exemplo, que é o maior lixo que existe; e outras coisas menos ruins que o funk, como o axé.
Bacana Mauro, adorei a resenha!
Nem todas as festas de anos 80 são farinha do mesmo saco. Viva Trash 80's, a pioneira!
A década de 1980 não é perdida e o que foi produzido de Brega nesta época ainda é melhor de ser ouvido do que esse lixo que é gravado e tocado atualmente.
Postar um comentário
<< Home