Sincera, Paula Lima retoma seu caminho
Resenha de CD
Título: Sinceramente
Artista: Paula Lima
Gravadora: Indie Records
Cotação: * * * *
É sintomático que este terceiro disco solo de Paula Lima se chame Sinceramente. É como se a cantora paulista - revelada no coletivo Funk Como Le Gusta em fins dos anos 90 - já avisasse sutilmente no título que, desta vez, ela não se deixou manipular pela indústria fonográfica e fez um CD com a sua verdade e o seu balanço. Tudo o que não aconteceu no anterior, Paula Lima (2003), gravado pela Universal Music, que contratou a artista, tentou popularizar seu som (havia até versão de Moonlight Serenade no repertório) e depois a descartou. Se tinha eventual balanço naquele equivocado trabalho, em alguns bons momentos, faltava a verdade, a sinceridade exposta já no título do atual álbum.
Contratada pela Indie Records, Paula Lima repõe sua discografia nos trilhos com Sinceramente. A primeira faixa - Novos Alvos, pop miscigenado e radiofônico composto por Mart'nália, Zélia Duncan e Ana Costa - até dá a impressão de um novo trabalho eclético. Mas, a partir da segunda, fica claro que Paula Lima dança essencialmente conforme a música de seu primeiro e incensado disco, É Isso Aí (2001). A tal segunda faixa, Como Diz o Ditado, é samba cheio de suingue de Edu Tedeschi, o compositor projetado por Maria Rita com a inclusão de Conta Outra no CD Segundo.
O suingue é mesmo a marca mais forte de Paula Lima. E ela acerta ao transitar por samba-rock, sambalanço, soul e funk. Até um partido alto supostamente tradicional de Arlindo Cruz, Tirou Onda (parceria com Acyr Marques e Maurição), ganha molho black na voz da artista. Arlindo, aliás, é o compositor mais presente no repertório. E suas outras duas composições - Já Pedi pra Você Parar e Tudo Certo ou Tudo Errado - mostram balanço mais envenenado do que o da habitual produção autoral do bamba carioca.
Ou talvez seja a própria Paula Lima que ponha suingue e veneno em tudo o que canta. A ponto de harmonizar em sua divisão parceria de Ana Carolina com Totonho Villeroy (Eu Já Notei), neobossa de Seu Jorge (Let's Go, parceria com Tatá Spalla), releitura da lavra de João Donato (Flor de Maracujá) e funk ensolarado de Marcus Vinicius (Negras Perucas). Isso para não falar de Saudações, a bonita música inédita de Leci Brandão que fecha o disco, como que selando o compromisso de Paula Lima com sua luta, com sua verdade.
A produção azeitada de Luiz Paulo Serafim e Bruno Cardozo combina percussão e beats eletrônicos com equilíbrio, ajudando Paula Lima a podar os excessos de seu canto, a retomar seu caminho com sinceridade e a desfazer a impressão ruim do mau passo anterior.
Título: Sinceramente
Artista: Paula Lima
Gravadora: Indie Records
Cotação: * * * *
É sintomático que este terceiro disco solo de Paula Lima se chame Sinceramente. É como se a cantora paulista - revelada no coletivo Funk Como Le Gusta em fins dos anos 90 - já avisasse sutilmente no título que, desta vez, ela não se deixou manipular pela indústria fonográfica e fez um CD com a sua verdade e o seu balanço. Tudo o que não aconteceu no anterior, Paula Lima (2003), gravado pela Universal Music, que contratou a artista, tentou popularizar seu som (havia até versão de Moonlight Serenade no repertório) e depois a descartou. Se tinha eventual balanço naquele equivocado trabalho, em alguns bons momentos, faltava a verdade, a sinceridade exposta já no título do atual álbum.
Contratada pela Indie Records, Paula Lima repõe sua discografia nos trilhos com Sinceramente. A primeira faixa - Novos Alvos, pop miscigenado e radiofônico composto por Mart'nália, Zélia Duncan e Ana Costa - até dá a impressão de um novo trabalho eclético. Mas, a partir da segunda, fica claro que Paula Lima dança essencialmente conforme a música de seu primeiro e incensado disco, É Isso Aí (2001). A tal segunda faixa, Como Diz o Ditado, é samba cheio de suingue de Edu Tedeschi, o compositor projetado por Maria Rita com a inclusão de Conta Outra no CD Segundo.
O suingue é mesmo a marca mais forte de Paula Lima. E ela acerta ao transitar por samba-rock, sambalanço, soul e funk. Até um partido alto supostamente tradicional de Arlindo Cruz, Tirou Onda (parceria com Acyr Marques e Maurição), ganha molho black na voz da artista. Arlindo, aliás, é o compositor mais presente no repertório. E suas outras duas composições - Já Pedi pra Você Parar e Tudo Certo ou Tudo Errado - mostram balanço mais envenenado do que o da habitual produção autoral do bamba carioca.
Ou talvez seja a própria Paula Lima que ponha suingue e veneno em tudo o que canta. A ponto de harmonizar em sua divisão parceria de Ana Carolina com Totonho Villeroy (Eu Já Notei), neobossa de Seu Jorge (Let's Go, parceria com Tatá Spalla), releitura da lavra de João Donato (Flor de Maracujá) e funk ensolarado de Marcus Vinicius (Negras Perucas). Isso para não falar de Saudações, a bonita música inédita de Leci Brandão que fecha o disco, como que selando o compromisso de Paula Lima com sua luta, com sua verdade.
A produção azeitada de Luiz Paulo Serafim e Bruno Cardozo combina percussão e beats eletrônicos com equilíbrio, ajudando Paula Lima a podar os excessos de seu canto, a retomar seu caminho com sinceridade e a desfazer a impressão ruim do mau passo anterior.
21 COMENTÁRIOS:
ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh era tudo q eu precisava saber, que a Paula voltou ao seu ponto forte, o suingue. Ainda não ouvi o album mas pelo q o mauro disse parece q as composições estam a altura.
Mauro,
Em que lojas tem para vender?
Mauro, adorei as críticas, agora a Paula ira reafirmar o seu talento com esse novo disco. To doido pra ouvir o CD. Cada coisa que leio sobre o disco fico mais ansioso ainda. A Paula é incrível, como sempre!!!
Abraços!!!
Curto Paula Lima acho quo o sambalanço dela é unico. Mas a voz não é nada fora do comum ... gosto do dueto dela com Max em : Nêgo do Cabelo Bom da época que Seu Jorge nada em boas companhias . Sucessa pra Paula(gata)Lima
Curto Paula Lima acho quo o sambalanço dela é unico. Mas a voz não é nada fora do comum ... gosto do dueto dela com Max em : Nêgo do Cabelo Bom da época que Seu Jorge nada em boas companhias . Sucesso pra Paula(gata)Lima
Com a Paula Lima é fácil, basta boas músicas e bons arranjos pois ela não erra, tem uma voz fantástica e um suingue único. Claro q vou comprar, pela Indie vai ter em todas as lojas, vai tocar no rádio, vai aparecer na televisão, ela vai participar de cds de duetos, será uma maravilha. Acho que mais que a Indie, essa acariocada no repertório deve ter feito muito bem.
O disco é muito bom ! "Negras Perucas" é pra ouvir muitas vezes, aliás o disco inteiro. Eu que não gostava da Paula, por causa dos exageros de sua interpretação, agora estou achando bem legal !
Paula é muito boa. Até a Bossa Nova fica nova em sua voz!
Paula é muito boa. Até a Bossa Nova fica nova em sua voz!
ELA É SIMPLESMENTE INTRAGAVEL.
só quero dizer que não acho o segundo disco de Paula tão execrável assim. tem seus momentos.
Samba-rock é tudo igual, parece sempre a mesma música. Paula devia procurar um repertório de clássicos, ela arrasou cantando bossa nova num dvd que tem também Leny Andrade
Tb concordo com o Jorge. "Pactocombaco" do segundo disco solo é uma delícia (de letra e interpretação). O que estragou mesmo esse álbum foi a pausterização do Guto Graça Melo (que faz o mesmo qdo trabalha com a Sandra de Sá, outra que não consegue lançar um disco à altura de seu talento).
Que bom saber que a Paula Lima foi tomar novos ares na Indie e, pelo que o Mauro disse, se deu bem. Ela merece!
Ela não está com essa bola toda , canta legalzinho e só . Concordo com o Guilherme , samba-rock é tudo igual !
Quero passar longe , bem longe desse cd
Nossa, esse povo é muito chato mesmo. Bossa Nova é coisa pra gringo, ninguém aguenta mais O Barquinho ! Quero boas novidades !
Quem ouvir o disco vai ter uma boa surpresa, ela não está cantando como antes, quando exagerava muito nos vibratos - aquela música que ela gravou com o Max de Castro é realmente intragável. Agora, parece, que ela acertou. Vamos ver o que acontecerá nas apresentações ao vivo...
Dois caras ai em cima falando merda um Guilherme dizendo q samba rock é tudo igual, como é que é???
vc deve ouvir muito pouca musica meu amigo.
E o Carlos dizendo q bossa nova é coisa pra gringo, fala sério cara!! Bossa nova é uma perôla legitimamente brasileira, cadeira importante em qualquer faculdade de musica do MUNDO!!!
Tomara mesmo que a cantora que usa fumo de rolo como cabelo tenha mudado aquele jeito insuportável de cantar. Aquela música do guarda-chuva chega a dar nojo.
Bossa nova é chato demais !
Gosto do vibrato da Paula Lima. A música do Guarda Chuva é do Jorge Ben, e é uma delícia.
eu acho a paula lima FODA ;-)
canta muito, e este cd tá no rumo certo
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