Presença do Brasil no Grammy Latino ainda não faz jus à produção nacional
É fato: o Brasil marca uma maior presença na 7º edição do Grammy Latino, como revela a lista de indicados anunciada nesta terça-feira, 26 de setembro. Aumento detectado no confronto com as pífias participações dos artistas nacionais nas edições anteriores do prêmio, mas que ainda é pouco comparado com a força da música produzida no Brasil. Na categoria Álbum do Ano, por exemplo, não há sequer um brasileiro indicado (concorrem Chayanne, Shakira, Julieta Venegas, Leon Gieco e Gustavo Cerati - todos, com exceção de Shakira, sem peso no mercado mundial). A ironia é que, na categoria Gravação do Ano, o único brasileiro indicado é Sérgio Mendes por sua releitura de Mas que Nada, feita com o grupo Black Eyed Peas. Apesar da origem brasileira, Mendes está radicado nos Estados Unidos desde os anos 60 e é visto, aos olhos externos do mercado fonográfico, como artista americano.
Na categoria Revelação, há, ao menos, uma legítima representante nacional: Céu, artista superestimada, mas merecedora da indicação. Para compensar a ausência de brasileiros em Melhor Álbum Pop Vocal Masculino e Melhor Álbum Pop Vocal Feminino, há as presenças de Chico Buarque e Ivan Lins (com seus respectivos Carioca e Acariocando) na categoria Melhor Álbum Cantor / Compositor. Já o falecido maestro Moacir Santos mereceu indicação póstuma na categoria Álbum Instrumental por Choros & Alegria. Enquanto Ed Motta disputa o troféu de Álbum de Jazz Latino por Aystelum e enquanto Adriana Partimpim e Xuxa representam o Brasil na área infantil.
Já é alguma coisa, mas muito pouco diante da diversidade e grandiosidade da produção nacional. O Grammy Latino, em si, já é uma forma de discriminar a música produzida fora dos Estados Unidos ou da Europa (por que não existe um Grammy Europeu???). E, pela sétima vez, o Brasil parece mero coadjuvante nessa festa de segunda categoria, em que pese a maior presença de artistas nacionais na concorrência pelos principais troféus.
Na categoria Revelação, há, ao menos, uma legítima representante nacional: Céu, artista superestimada, mas merecedora da indicação. Para compensar a ausência de brasileiros em Melhor Álbum Pop Vocal Masculino e Melhor Álbum Pop Vocal Feminino, há as presenças de Chico Buarque e Ivan Lins (com seus respectivos Carioca e Acariocando) na categoria Melhor Álbum Cantor / Compositor. Já o falecido maestro Moacir Santos mereceu indicação póstuma na categoria Álbum Instrumental por Choros & Alegria. Enquanto Ed Motta disputa o troféu de Álbum de Jazz Latino por Aystelum e enquanto Adriana Partimpim e Xuxa representam o Brasil na área infantil.
Já é alguma coisa, mas muito pouco diante da diversidade e grandiosidade da produção nacional. O Grammy Latino, em si, já é uma forma de discriminar a música produzida fora dos Estados Unidos ou da Europa (por que não existe um Grammy Europeu???). E, pela sétima vez, o Brasil parece mero coadjuvante nessa festa de segunda categoria, em que pese a maior presença de artistas nacionais na concorrência pelos principais troféus.
9 COMENTÁRIOS:
o que está detectado é o preconceito do crítico contra a música de nossos vizinhos latinos, como se tudo feito lá fosse inferior ao feito no Brasil
Céu é artista superestimada, assim como a Roberta Sá também é...
Esperava ver mais brasileiros na principais categorias , mas gostei do resultado . Sobre a REVELAçÃO é complicado porque nem Roberta Sá nem Céu " estouraram " por aqui ... mas valeu ter a Céu lá . Ambas lançaram ótimos albuns e em 2004 Maria Rita levou esse prêmio lembram ? Esperava tbm ver Chico (Carioca) , Ivan ( Acariocando) e/ou Marisa ( Infinito ) com mais indicações !
Outra coisa é Adriana Calcanhotto como Album Infantil , ela merece mas na mesma lista com Xuxa é risível ... Pior ? Só ver o Rei Roberto Carlos disputando com a novata(?)Tania Mara !!!!!!!!!!!!
Eles lembraram de Margateh Menezes e esqueceram de esquecer o CD Ana & Jorge colocando como album de MPB . Também estão lá Calypso ,Sandy e Junior , Ivete Sangalo ( disputando diretamente com Marisa Monte ) , Daniela Mercury ( com DVD do ano ) e os Paralamas do Sucesso .
Agora Mauro , o mercado latino é o que mais vende no mundo ! E nem tudo que vem dos " hermanos " é ruim . Ou Fito Paez , Pablo Milanés , Celia Cruz , Mercedez Sosa , Maná , Buena Vista Social Clube , Bebo Valdéz , Rosário Flores , La Oreja de Van Gogh não tem meritos ?
Encerro concordando , ainda faz jus a nossa produção o Latin Grammy
O que eu noto é preconceito com os brasileiros.
Os artistas tupiniquins não tão nem ai pra esse Grammy , querem o dos EUA !
Gostei do que o Diogo disse : " Eles lembraram de Margareth Menezes e esqueceram de esquecer o CD Ana & Jorge " Tô curioso pra assistir esse Grammy , tem algum brasileiro na noite ? Se apresentando ?
Pq o Brasil não seria codjuvante meu caro Mauro ?
Festa de segunda categoria ? porquê Mauro ??
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