Entre uma piada e outra, Tim canta e fala sério em DVD da série 'Programa Ensaio'
Resenha de DVD
Título: Programa Ensaio - 1992
Artista: Tim Maia
Gravadora: Trama
Cotação: * * * *
"Vim cantar, mas vou filosofar também", avisa Tim Maia com a ironia que lhe era peculiar na gravação deste programa Ensaio, feita em 1992 para a TV Cultura e editada esta semana em DVD pela gravadora Trama, dando continuidade à série iniciada no ano passado com vídeo revelador de Elis Regina, gravado em 1973.
Para começo de conversa, este é o único DVD do Síndico atualmente em catálogo. Musicalmente, não chega a ser surpreendente, pois o roteiro alinha os sucessos (Vale Tudo, O Descobridor dos Sete Mares, Você, Gostava Tanto de Você, Telefone) que o cantor costuma apresentar em seus shows... quando comparecia a eles.
Tim não deu bolo no diretor do programa, Fernando Faro, a quem se refere a toda hora na entrevista como seu amigo. E, entre uma piada e outra, fala e canta sério, com o auxílio luxuoso de uma banda que incluía azeitado naipe de metais. Em 1992, o cantor estava voltando à Warner Music - a convite de Nelson Motta, então diretor artístico da gravadora - para fazer um disco ao vivo que acabaria gerando discórdia temporária entre Motta e o cantor, apesar de ter sido sucesso de vendas. Em outras palavras, Tim vivia momento feliz na carreira, e essa felicidade transparece em seu depoimento no programa.
Na entrevista, de caráter biográfico, Tim exalta os pais ("Eles eram fora de série"), recorda sua iniciação musical na Tijuca ao lado de Roberto e Erasmo Carlos no lendário conjunto Os Sputniks ("Ensinei o Erasmo a tocar violão"), remói a mágoa de ter sido deportado nos Estados Unidos nos anos 60 por ter sido flagrado com drogas ("A volta ao Brasil foi dura. Não estava preparado. Sofri demais...") e revela sua crença em seres extraterrestres.
Como de praxe no programa, os depoimentos são entremeados com números musicais. Tim experimenta heterodoxa levada da velha bossa no pot-pourri que une A Rã e Folha de Papel. Mas a tônica são seus clássicos do soul, o gênero que ele tão bem soube implantar no Brasil. E é justamente entre Primavera (com longa introdução de metais) e Azul da Cor do Mar que o Síndico solta sua máxima "Tudo é tudo, nada é nada". Bem que ele avisou que havia ido ao programa também para filosofar...
Título: Programa Ensaio - 1992
Artista: Tim Maia
Gravadora: Trama
Cotação: * * * *
"Vim cantar, mas vou filosofar também", avisa Tim Maia com a ironia que lhe era peculiar na gravação deste programa Ensaio, feita em 1992 para a TV Cultura e editada esta semana em DVD pela gravadora Trama, dando continuidade à série iniciada no ano passado com vídeo revelador de Elis Regina, gravado em 1973.
Para começo de conversa, este é o único DVD do Síndico atualmente em catálogo. Musicalmente, não chega a ser surpreendente, pois o roteiro alinha os sucessos (Vale Tudo, O Descobridor dos Sete Mares, Você, Gostava Tanto de Você, Telefone) que o cantor costuma apresentar em seus shows... quando comparecia a eles.
Tim não deu bolo no diretor do programa, Fernando Faro, a quem se refere a toda hora na entrevista como seu amigo. E, entre uma piada e outra, fala e canta sério, com o auxílio luxuoso de uma banda que incluía azeitado naipe de metais. Em 1992, o cantor estava voltando à Warner Music - a convite de Nelson Motta, então diretor artístico da gravadora - para fazer um disco ao vivo que acabaria gerando discórdia temporária entre Motta e o cantor, apesar de ter sido sucesso de vendas. Em outras palavras, Tim vivia momento feliz na carreira, e essa felicidade transparece em seu depoimento no programa.
Na entrevista, de caráter biográfico, Tim exalta os pais ("Eles eram fora de série"), recorda sua iniciação musical na Tijuca ao lado de Roberto e Erasmo Carlos no lendário conjunto Os Sputniks ("Ensinei o Erasmo a tocar violão"), remói a mágoa de ter sido deportado nos Estados Unidos nos anos 60 por ter sido flagrado com drogas ("A volta ao Brasil foi dura. Não estava preparado. Sofri demais...") e revela sua crença em seres extraterrestres.
Como de praxe no programa, os depoimentos são entremeados com números musicais. Tim experimenta heterodoxa levada da velha bossa no pot-pourri que une A Rã e Folha de Papel. Mas a tônica são seus clássicos do soul, o gênero que ele tão bem soube implantar no Brasil. E é justamente entre Primavera (com longa introdução de metais) e Azul da Cor do Mar que o Síndico solta sua máxima "Tudo é tudo, nada é nada". Bem que ele avisou que havia ido ao programa também para filosofar...
1 COMENTÁRIOS:
ATÉ QUE ENFIM UM DVD DO TIM!!! CHAMEM O SÍNDICO!!!
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