Embora precoce, o acústico de Alicia Keys ratifica a sofisticação da artista
Resenha de disco
Título: Unplugged
Artista: Alicia Keys
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * * * *
Em determinado instante de How Come You Don't Call me, número deste Unplugged de Alicia Keys, a voz da cantora soa tão iluminada e potente que a platéia não resiste e aplaude a intérprete no meio da música. A sublime releitura soul deste tema de Prince mostra como a fórmula dos acústicos não diluiu a sofisticação mostrada pela artista em seus dois primeiros álbuns. Ainda era cedo para Alicia gravar o seu acústico, mas ela o fez com refinamento incomum, percebido logo na oração a capella, Alicia's Prayer, que abre o disco reverenciando a música gospel. E o resultado é um dos melhores acústicos da MTV, ainda que a inédita Unbreakable não esteja à altura de pérolas como You Don't Know my Name.
A maior parte do repertório não é inédita na voz de Alicia, mas até a disposição das músicas impede o disco de parecer mera compilação dos dois álbuns anteriores da artista. Do repertório de Gladys Knight and the Pips, referência básica do soul propagado pela Motown nos anos 60 e 70, a cantora selecionou If I Was Your Woman, pérola que casa muito bem com o número seguinte, If I Ain't Got You, faixa em que fica especialmente evidente o virtuosismo de Alicia ao piano. If I Was Your Woman já estava no segundo álbum desta legítima herdeira das tradições do soul, The Diary of Alicia Keys, mas, colada a If I Ain't Got You, ganha outro peso.
A propósito, Wild Horses, cover dos Rolling Stones, também adquire novo frescor e soa como classuda balada no dueto de Alicia com Adam Levine, o vocalista do grupo Maroon 5. Entre temas mais funkeados (Karma, Heartburn), há faixa de atmosfera mais etérea, quase jazzística, em que Alicia discursa - no tom falado do rap - sobre as contradições sociais de Nova York. Streets of New York (City Life) é outro número sublime que mostra como o talento de Alicia Keys sobreviveu incólume à fórmula dos acústicos.
Título: Unplugged
Artista: Alicia Keys
Gravadora: Sony & BMG
Cotação: * * * *
Em determinado instante de How Come You Don't Call me, número deste Unplugged de Alicia Keys, a voz da cantora soa tão iluminada e potente que a platéia não resiste e aplaude a intérprete no meio da música. A sublime releitura soul deste tema de Prince mostra como a fórmula dos acústicos não diluiu a sofisticação mostrada pela artista em seus dois primeiros álbuns. Ainda era cedo para Alicia gravar o seu acústico, mas ela o fez com refinamento incomum, percebido logo na oração a capella, Alicia's Prayer, que abre o disco reverenciando a música gospel. E o resultado é um dos melhores acústicos da MTV, ainda que a inédita Unbreakable não esteja à altura de pérolas como You Don't Know my Name.
A maior parte do repertório não é inédita na voz de Alicia, mas até a disposição das músicas impede o disco de parecer mera compilação dos dois álbuns anteriores da artista. Do repertório de Gladys Knight and the Pips, referência básica do soul propagado pela Motown nos anos 60 e 70, a cantora selecionou If I Was Your Woman, pérola que casa muito bem com o número seguinte, If I Ain't Got You, faixa em que fica especialmente evidente o virtuosismo de Alicia ao piano. If I Was Your Woman já estava no segundo álbum desta legítima herdeira das tradições do soul, The Diary of Alicia Keys, mas, colada a If I Ain't Got You, ganha outro peso.
A propósito, Wild Horses, cover dos Rolling Stones, também adquire novo frescor e soa como classuda balada no dueto de Alicia com Adam Levine, o vocalista do grupo Maroon 5. Entre temas mais funkeados (Karma, Heartburn), há faixa de atmosfera mais etérea, quase jazzística, em que Alicia discursa - no tom falado do rap - sobre as contradições sociais de Nova York. Streets of New York (City Life) é outro número sublime que mostra como o talento de Alicia Keys sobreviveu incólume à fórmula dos acústicos.
4 COMENTÁRIOS:
Isso é que é cantora!!!
Alicia é a Aretha da nossa época. não ouvi esse acústico, mas seus dois primeiros discos são do cacete.
ATÉ QUE ENFIM , MAURO !!!
SOU MPBMANÍACO E UM NACIONALISTA ACIMA DE TUDO , MAS... NÃO TEM COMO NÃO SE RENDER A ALICIA !!
ELA É LINDA , CHARMOSA , INTELIGENTE ...
TALENTOSA . NADA A VER COM BEYONCÉ E ASHANTI !
AO LADO DE NORAH JONES É O QUE O USA NOS DEU DE MELHOR NOS ULTIMOS ANOS !!!
Nossa!!!! Esse unplugged, se não é o melhor disco ao vivo da década, merece o título de melhor disco do ano de 2005. Alícia demonstra TOTAL maturidade vocal e se firma como a maior revelação da música contemporânea dos últimos anos. Com novas roupagens, suas músicas soam todas como lançamentos, mas como lançamentos em que já conhecemos as letras e que nos emocionam quando escutamos as novas construções arquitetônicas de uma musica realmente boa.
Muito bom!!
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