Marisa seduz Rio com show de requinte
Com seu apurado senso estético, Marisa Monte chegou, enfim, ao Rio com a turnê Universo Particular. Para um público que lotou a casa Claro Hall na noite de sexta-feira, 21 de julho, a cantora apresentou basicamente o mesmo roteiro da estréia do show, em Curitiba (PR), em abril. A diferença foi o acréscimo de Tema de Amor, música menos conhecida do disco Memórias, Crônicas e Declarações de Amor (2000). E o que se viu - mais uma vez - foi a extraordinária capacidade de Marisa de ser sofisticada e popular ao mesmo tempo. Inovador, o espetáculo é de um requinte raramente visto em palcos brasileiros. Um cenário hi-tech (com projeções, gruas, torres e painéis que são posicionados de forma diferente a cada número) e uma luz cinematográfica ajudam a construir uma atmosfera de delicadeza para realçar o universo todo particular da artista, a mais importante de sua geração, referência obrigatória para todas as cantoras surgidas a partir dos anos 90.
Sambas (com a ausência sempre sentida de O Bonde do Dom, a música de trabalho do CD Universo ao meu Redor), canções de tom pop (Pra Ser Sincero já é um hit e Até Parece vai pelo mesmo caminho), músicas dos Tribalistas (Carnalismo continua sendo um dos números mais aplaudidos pela densidade e Passe em Casa continua irresistível), sucessos antigos (Segue o Seco, com velas projetadas nos telões, é de beleza indescritível) e até uma inédita (a dançante Não é Proibido, com suingue à moda de Tim Maia) formam mosaico refinado de referências e sutilezas que envolvem o espectador.
Universo Particular é o show da maturidade de Marisa Monte. Ela canta com segurança, como se a voz fosse mais um entre os instrumentos do arsenal de cordas e percussões que emoldura as músicas. Resumindo: um show de sofisticação que, enfim, chegou ao Rio para temporada de três semanas, com a possibilidade provável de se estender por uma quarta. Confira! Dificilmente, um espetáculo tão sedutor aportará em palcos cariocas em 2006.
Sambas (com a ausência sempre sentida de O Bonde do Dom, a música de trabalho do CD Universo ao meu Redor), canções de tom pop (Pra Ser Sincero já é um hit e Até Parece vai pelo mesmo caminho), músicas dos Tribalistas (Carnalismo continua sendo um dos números mais aplaudidos pela densidade e Passe em Casa continua irresistível), sucessos antigos (Segue o Seco, com velas projetadas nos telões, é de beleza indescritível) e até uma inédita (a dançante Não é Proibido, com suingue à moda de Tim Maia) formam mosaico refinado de referências e sutilezas que envolvem o espectador.
Universo Particular é o show da maturidade de Marisa Monte. Ela canta com segurança, como se a voz fosse mais um entre os instrumentos do arsenal de cordas e percussões que emoldura as músicas. Resumindo: um show de sofisticação que, enfim, chegou ao Rio para temporada de três semanas, com a possibilidade provável de se estender por uma quarta. Confira! Dificilmente, um espetáculo tão sedutor aportará em palcos cariocas em 2006.
17 COMENTÁRIOS:
porque não entrou o bonde? alguém pode me dizer. vou ao show na semana que vem e queria ouvir o bonde
Acho a Marisa Monte um picolé de chuchu, mas é inegável sua capacidade para produzir espetáculos belíssimos, todos, desde o início de sua carreira são irretocáveis.
Acho a Marisa Monte um picolé de chuchu, mas é inegável sua capacidade para produzir espetáculos belíssimos, todos, desde o início de sua carreira são irretocáveis.
cada dia tem uma que sairá outra que entra.
entrarão Bonde do Dom, Pétalas esquecidas e quatro paredes.
Mauro, vc podia fazer parte do cenário! Sua babação por ela é tanta que vc podia ficar parado no cenário, ao fundo, segurando uma vela!!!! affe!
menos moço..menos...
O show foi uma maravilha!!
Vi pessoas chorando!
Adorei Segue o Seco, Vai saber e Passe em Casa.
marisa se superou. Até entao achava o show MAIS o melhor...
Com 'popularidade' de Roberto Carlos e 'prestígio' de Chico Buarque, Marisa Monte REINA nos palcos brasileiros (como de praxe).
Resta apenas (como de praxe - Parte II..rs): Alguns INCOMODADOS DE PLANTÃO 'atacarem' irracionalmente a cantora e o colunista que escreveu ( a pura verdade! ) sobre o espetáculo da moça...
Me pergunto: O que realmente importa?
1- As críticas mal fundamentamentas de 'anônimos' que invadem este blog 'entupidos' de inveja e incômodo.
2- A arte simples, sofisticada, contemporânea e moderna de Marisa?
**Prefiro 10.000 vezes a 2ª opção, pois a 1ª de que acrescenta?!Rs
Grande abraço a todos!
Popularidade de Roberto Carlos? Menos, menos! Prestígio de Chico? Com essas letrinhas medíocres tipo "eu gosto de você, e gosto de ficar com você" (prá não falar em Amor, I love you. Será que esses fãs/críticos deslumbrados não percebem que muito desse "prestígio" é resultado de um marketing eficientíssimo? Será que não percebem, por exemplo, que a melodia de "A primeira pedra" é muito semelhante à de "Infinito particular" (o início é IGUALZINHO)? Comparar com Chico é no mínimo, uma heresia. Me poupem!!!!!
heresia mesmo. me poupem também.
Viva Marisa! E espumem de raiva os recalcados de plantão! Jobim tinha razão...
Não sei se é bem fundamentado comparar o prestígio de Chico Buarque com o de Marisa Monte. Chico Buarque é melhor compositor da Música Brasileira e Marisa Monte é uma cantora competente, que sempre soube estar rodeada de uma boa produção (coisa que todas as outras cantoras deveriam fazer), e de um bom marketing, enfim, ela virou um produto, gostar de Marisa no Brasil é ser cult, antenado, elegante. Pouco importa se as letras que ela cria são de uma poesia rasteira, como todo o repertório tribalista, por exemplo.
Ainda não assisti o show, mas como tudo o que ela faz é elogiado pelo Mauro Ferreira, não dá prá saber se realmente o show é tudo isso - espero que sim.
Esta proteção explicita e a falta de imparcialidade com algumas cantoras tornam os comentários duvidosos.
Claro que não é bem fundamentado comparar o prestígio de Chico com o de Marisa. Chico é gênio, essa mulher é o maior engodo da história recente da MPB. Me lembra, guardando as devidas proporções, claro, aquele personagem de Regina Casé (delicioso, por sinal) na novela Cambalacho, Tina Peper. E viva os que conseguem perceber isso!
Finalmente uma pessoa que consegue ver o que Marisa realmente é: apenas uma cantora. Nada mais do que isso.
Uma "diva" fria e sem emoção.
Diva fria e sem emoção - esse pelo comentário é fã da Bethânia.
maturidade??? meus sais!!!
Babar todo mundo babou até quem não é tão fã. Marisa simplismente confirmou ao mundo ao que veio. Fui duas vezes aqui no Rio e se conseguir ingresso vou novamente, aqueles primeiros acordes de Infinito Particular fizeram a mim e a todos os fãs que sentiram tanto falta da Marisa nesses anos chorar não só de felicidade pela volta mas também de orgulho por existir uma pessoa que possa despertar sentimentos bons em muitas pessoas, principalmente nos dias de hoje com tanto ódio e violência. Marisa está perfeita!
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