Ao vivo, Fernanda já parece sem porto...
Resenha de CD / DVD
Título: Fernanda Porto ao Vivo
Artista: Fernanda Porto
Gravadora: EMI
Cotação: * *
No terceiro título de sua discografia, o primeiro gravado ao vivo, Fernanda Porto se distancia cada vez mais da cena eletrônica - que projetou seu nome há alguns anos em São Paulo - e se aproxima da MPB. O problema, nítido neste confuso Fernanda Porto ao Vivo, é que a cantora parece perdida em algum ponto entre os dois universos. A compositora que se revelou interessante em seu primeiro CD (Fernanda Porto, 2002) não reeditou o brilho no segundo (Giramundo, 2004) e saiu da Trama batendo a porta. A artista encontrou abrigo na EMI, a gravadora na qual já estréia com a dobradinha DVD / CD ao vivo tão ao gosto da indústria fonográfica.
Fernanda Porto ao Vivo é o pior dos três trabalhos da artista. Para começar, as músicas inéditas são irregulares. O destaque é a lírica Saudade do que Não Tive. Já Seu Nome na Areia chega a jogar Porto na vala comum do romantismo banal. As demais (Coco sem Água, Simples e Eu Já te Conhecia, entre outras) pouco ou nada acrescentam ao trabalho da artista. Das já gravadas, Pensamento 4 ainda tem o mérito de ter letra de Arnaldo Antunes e a intervenção, na regravação ao vivo, da guitarra de Edgard Scandurra. Daniela Mercury, a outra convidada, entra em cena sem a habitual energia para fazer dueto com a colega em Desde que o Samba É Samba (a pérola de Caetano Veloso que continua imbatível na gravação do autor com Gilberto Gil) e em Tudo de Bom, música do primeiro disco de Fernanda Porto.
Entre arranjos insossos e regravações de composições da lavra do grupo Los Hermanos (Samba a Dois e Sentimental), fica a sensação de que a praia da artista é mesmo a eletrônica quando o DJ Zé Pedro assume as carrapetas, em cena, para remixar Corações a Mil, música de Gil, gravada por Marina Lima. Parece que o mundo de Fernanda Porto gira e volta ao mesmo lugar...
Título: Fernanda Porto ao Vivo
Artista: Fernanda Porto
Gravadora: EMI
Cotação: * *
No terceiro título de sua discografia, o primeiro gravado ao vivo, Fernanda Porto se distancia cada vez mais da cena eletrônica - que projetou seu nome há alguns anos em São Paulo - e se aproxima da MPB. O problema, nítido neste confuso Fernanda Porto ao Vivo, é que a cantora parece perdida em algum ponto entre os dois universos. A compositora que se revelou interessante em seu primeiro CD (Fernanda Porto, 2002) não reeditou o brilho no segundo (Giramundo, 2004) e saiu da Trama batendo a porta. A artista encontrou abrigo na EMI, a gravadora na qual já estréia com a dobradinha DVD / CD ao vivo tão ao gosto da indústria fonográfica.
Fernanda Porto ao Vivo é o pior dos três trabalhos da artista. Para começar, as músicas inéditas são irregulares. O destaque é a lírica Saudade do que Não Tive. Já Seu Nome na Areia chega a jogar Porto na vala comum do romantismo banal. As demais (Coco sem Água, Simples e Eu Já te Conhecia, entre outras) pouco ou nada acrescentam ao trabalho da artista. Das já gravadas, Pensamento 4 ainda tem o mérito de ter letra de Arnaldo Antunes e a intervenção, na regravação ao vivo, da guitarra de Edgard Scandurra. Daniela Mercury, a outra convidada, entra em cena sem a habitual energia para fazer dueto com a colega em Desde que o Samba É Samba (a pérola de Caetano Veloso que continua imbatível na gravação do autor com Gilberto Gil) e em Tudo de Bom, música do primeiro disco de Fernanda Porto.
Entre arranjos insossos e regravações de composições da lavra do grupo Los Hermanos (Samba a Dois e Sentimental), fica a sensação de que a praia da artista é mesmo a eletrônica quando o DJ Zé Pedro assume as carrapetas, em cena, para remixar Corações a Mil, música de Gil, gravada por Marina Lima. Parece que o mundo de Fernanda Porto gira e volta ao mesmo lugar...
14 COMENTÁRIOS:
crítico é raça danada de ruim. fica sempre cobrando. quer fazer melhor? vai lá e faz..
Mauro, "Desde Que O Samba É Samba" é de Caetano Veloso, Gil apenas canta a faixa junto com Caetano.
As músicas "Haiti", "Dada" e "Cinema Novo" é são dos dois.
Eu sempre disse aqui nesse blog que essa Fernanda Porto não estava com nada, era uma tremenda chata.
Adoro a Fernanda Porto, gostei de seus dois primeiros CDs e, apesar de ainda não ter ouvido o novo, acho que esse tipo de projeto é um tanto precipitado em sua carreira. Mas espero que novos portos venham a ser desbravados mais adiante.
Ah, Marina... O papel deles é esse mesmo, e o Mauro está longe de perseguir alguém. Até o considero benevolente demais com alguns artistas. Mauro, só uma correção: DESDE QUE O SAMBA É SAMBA é composição só do Caetano Veloso (letra e música). Aliás, é um dos sambas mais lindos de todos os tempos. Uma das últimas obras-primas do bardo baiano.
caro crítico: desde quando 'desde que o samba é samba' é do gil?
Grato aos que alertaram sobre a autoria de Desde que o Samba É Samba. Sorry, vez por ou outra, o colunista se confunde com tanta informação. Mas fica feliz de constatar o elevado conhecimento musical de seus leitores, ainda que, vez por outra, as discussões acabem ficando inúteis e agressivas. Mas faz parte...
Essa não é barro nem tijolo...vai evaporar rapidinho.
Não vejo problema em ela se distanciar da música eletrônica . Pelos menos não é como certas baianas que não arriscam .
Gostei da resenha do Mauro . Realmente o primeiro é ótimo e ela se perdeu com o passar do tempo .Uma pena .
comprei ontem o album da Fernanda e realmente pouco se salva nesse disco, uma pena adoro o primeiro disco da Fernanda e talvez as inéditas tivessem ficado melhor em estudio, mas fazer o q?
Ainda acho q o lugar dela é na musica eletronica q a projetou e onde uma area em q ela apresenta mais criatividade.
O Primeiro também curti , mas pra ser sincero não me liguei mais em Fernanda Porto . Uma pergunta , porque todos saem da Trama " batendo a porta " como disse o Mauro ?
A Fernanda Porto se perdeu na floresta e não colocou miolinho de pão no caminho que fez pra poder voltar.
Pra essa daí não tem mais jeito se é que um dia ja teve.
Agora que o Mauro persegue, isso é verdade.
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