Morre Moacir Santos, aos 80, nos EUA
Aos 80 anos, Moacir Santos tinha acabado de ser escolhido o homenageado da edição 2006 do Prêmio Shell para a Música Brasileira, mas não poderá estar presente na cerimônia, em novembro. O compositor, saxofonista e arranjador morreu no domingo, 6 de agosto, em Los Angeles (EUA). Santos, que voltou à cena fonográfica brasileira em 2001 com o CD Ouro Negro, marcou época em 1965 com o disco Coisas, em que uniu a linguagem do jazz aos ritmos nordestinos e aos sons negros da música brasileira, renovando a linguagem harmônica nacional. Nasceu em Pernambuco, mas estava radicado nos Estados Unidos desde 1967. Pelo selo Blue Note, gravou discos como Maestro (1972) e Saudade (1974) - títulos importantes que já iam ganhar em breve reedição em CD no mercado nacional. Mas a morte de Santos deverá acelerar o processo de relançamento dos álbuns no Brasil. O grande músico saiu de cena vítima de um complicações decorrentes de um derrame. Seu último trabalho foi Choros & Alegria, com composições (até então inéditas) de um começo de carreira que seria das mais geniais da música brasileira.
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