Revelação se ilumina com o bom samba
Resenha de CD
Título: Velocidade da Luz
Artista: Grupo Revelação
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * * *
Formado há 13 anos no Rio de Janeiro, o Grupo Revelação acabou identificado na mídia e no mercado fonográfico com o pagode mais rasteiro e aguado que invadiu as rádios nos últimos tempos. Para piorar, o sexteto teve sua carreira prejudicada pela gravadora Deckdisc por conta do excesso de CDs ao vivo. O último de estúdio, Novos Tempos, saiu em 2003, já sinalizando a intenção do grupo de se aproximar cada vez mais do melhor samba carioca. Velocidade da Luz completa a transição com brilho. Justiça seja feita, o disco é coeso, não perde o pique e não patina na banalidade do repertório de outros grupos de pagode. Os teclados ainda estão lá, as letras versam quase que totalmente sobre desilsusões amorosas, mas o espírito é o do samba. Em bom português, o Revelação já está mais para Fundo de Quintal do que para Exaltasamba.
Há partidos de altíssimo quilate - como No Terreiro de Sinhá. Há um delicioso miudinho, Narinha e Eu. E, mesmo quando incursiona pelo samba mais dolente e romântico, o Revelação o faz com inspiração. Capaz de Tudo se impõe pela beleza melódica. A faixa-título, Velocidade da Luz, também é bonita e indica rigor na seleção do repertório. Se não for atropelado na seqüência por um redundante disco ao vivo, o álbum tem tudo para dar prestígio a Xande de Pilares (voz e cavaquinho), Mauro Jr. (banjo), Beto Lima (violão), Artur Luís (reco-reco), Rogerinho (Tantã) e Sérgio Rufino (pandeiro). "Posso no samba falar de amor / A poesia me faz ser capaz", argumenta o Revelação em verso de Som Brasileiro, o samba que encerra o CD. O argumento soa justo.
Título: Velocidade da Luz
Artista: Grupo Revelação
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * * *
Formado há 13 anos no Rio de Janeiro, o Grupo Revelação acabou identificado na mídia e no mercado fonográfico com o pagode mais rasteiro e aguado que invadiu as rádios nos últimos tempos. Para piorar, o sexteto teve sua carreira prejudicada pela gravadora Deckdisc por conta do excesso de CDs ao vivo. O último de estúdio, Novos Tempos, saiu em 2003, já sinalizando a intenção do grupo de se aproximar cada vez mais do melhor samba carioca. Velocidade da Luz completa a transição com brilho. Justiça seja feita, o disco é coeso, não perde o pique e não patina na banalidade do repertório de outros grupos de pagode. Os teclados ainda estão lá, as letras versam quase que totalmente sobre desilsusões amorosas, mas o espírito é o do samba. Em bom português, o Revelação já está mais para Fundo de Quintal do que para Exaltasamba.
Há partidos de altíssimo quilate - como No Terreiro de Sinhá. Há um delicioso miudinho, Narinha e Eu. E, mesmo quando incursiona pelo samba mais dolente e romântico, o Revelação o faz com inspiração. Capaz de Tudo se impõe pela beleza melódica. A faixa-título, Velocidade da Luz, também é bonita e indica rigor na seleção do repertório. Se não for atropelado na seqüência por um redundante disco ao vivo, o álbum tem tudo para dar prestígio a Xande de Pilares (voz e cavaquinho), Mauro Jr. (banjo), Beto Lima (violão), Artur Luís (reco-reco), Rogerinho (Tantã) e Sérgio Rufino (pandeiro). "Posso no samba falar de amor / A poesia me faz ser capaz", argumenta o Revelação em verso de Som Brasileiro, o samba que encerra o CD. O argumento soa justo.
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