Sucesso sobe à cabeça do Eminem inglês
Resenha de CD
Título: The Hardest Way to Make an Easy Leaving
Artista: The Streets
Gravadora: Warner Music
Cotação: * *
O sucesso subiu à cabeça de Mike Skinner, que assina seus discos sob a alcunha The Streets e é eventualmente apontado como o Eminem inglês por ser branco e cantar rap. Os dissabores da fama são o tema de When I Wans't Famous, o primeiro single de seu terceiro álbum, The Hardest Way to Make an Easy Living, recém-editado no Brasil. O problema é que, ao versar sobre seu umbigo nesta e em outras faixas, Skinner perde muito do encanto exibido em seu disco de estréia, Original Pirate Material (2002) e, sobretudo, no subseqüente A Grand Don't Come for Free (2004). Foi-se o rapper que sabia dissertar - com inspiração e lirismo, e sem a agressividade de seus colegas americanos - sobre outro dissabor mais condizente com o universo de seu público majoritariamente britânico: o de pertencer à classe média baixa da Inglaterra e ter de lidar com a falta de dinheiro e meio aos problemas naturais de toda juventude (sexo, amor, drogas...).
Para piorar, as batidas de seu rap eletrônico perderam muito da consistência harmônica - artigo raro em discos que transitam pela seara do hip hop - ostentada nos dois álbuns anteriores. Salvam-se algumas faixas, como Never Went to Church, em que Skinner fala com sensibilidade da morte do pai. Mas, como seu colega carioca Marcelo D2, The Streets precisa desviar a atenção de seu próprio umbigo para recuperar sua melhor forma.
Título: The Hardest Way to Make an Easy Leaving
Artista: The Streets
Gravadora: Warner Music
Cotação: * *
O sucesso subiu à cabeça de Mike Skinner, que assina seus discos sob a alcunha The Streets e é eventualmente apontado como o Eminem inglês por ser branco e cantar rap. Os dissabores da fama são o tema de When I Wans't Famous, o primeiro single de seu terceiro álbum, The Hardest Way to Make an Easy Living, recém-editado no Brasil. O problema é que, ao versar sobre seu umbigo nesta e em outras faixas, Skinner perde muito do encanto exibido em seu disco de estréia, Original Pirate Material (2002) e, sobretudo, no subseqüente A Grand Don't Come for Free (2004). Foi-se o rapper que sabia dissertar - com inspiração e lirismo, e sem a agressividade de seus colegas americanos - sobre outro dissabor mais condizente com o universo de seu público majoritariamente britânico: o de pertencer à classe média baixa da Inglaterra e ter de lidar com a falta de dinheiro e meio aos problemas naturais de toda juventude (sexo, amor, drogas...).
Para piorar, as batidas de seu rap eletrônico perderam muito da consistência harmônica - artigo raro em discos que transitam pela seara do hip hop - ostentada nos dois álbuns anteriores. Salvam-se algumas faixas, como Never Went to Church, em que Skinner fala com sensibilidade da morte do pai. Mas, como seu colega carioca Marcelo D2, The Streets precisa desviar a atenção de seu próprio umbigo para recuperar sua melhor forma.
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