Simon não precisa da eletrônica de Eno
Resenha de CD
Nome: Surprise
Artista: Paul Simon
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *
Das 11 músicas do aguardado CD gravado por Paul Simon com a colaboração de Brian Eno, uma não teve o dedo do produtor por ser um pouco mais antiga. Composta para a trilha do filme Os Thornborrys, Father and Daughter chegou a ser indicada ao Oscar de Canção Original em 2002. A música encerra Surprise - o primeiro álbum de inéditas de Simon em seis anos, editado esta semana no mercado brasileiro via Warner Music - e mostra que a colaboração de Eno, embora bem-vinda, é até dispensável na obra de um compositor de estilo já cristalizado.
Para quem não liga o nome à pessoa, Brian Eno é um dos pilares da fase inicial do Roxy Music. No início dos anos 70, ele ajudou a moldar o art rock do grupo com efeitos tirados de sintetizadores então pouco usados na música pop. Em Surprise, Eno põe sua eletrônica a serviço da música de Simon sem justificar realmente a surpresa prometida no título do CD. Além da participação nos arranjos, o produtor é parceiro de Simon em Outrageous, Another Galaxy e Once Upon a Time There Was an Ocean.
Da nova safra autoral de Simon, os destaques são Everything about Is a Love Song, Wartime Prayers (com as vozes envolventes do coro Jessy Dixon Singers) e Beautiful, tema que remete ao som da dupla Simon & Garfunkel. Enfim, um bom disco que não chega a empolgar. E que seria igualmente bom sem a presença de Eno. Pois as letras politizadas de Simon, somadas ao estilo melódico do compositor, é que continuam fazendo toda a diferença.
Nome: Surprise
Artista: Paul Simon
Gravadora: Warner Music
Cotação: * * *
Das 11 músicas do aguardado CD gravado por Paul Simon com a colaboração de Brian Eno, uma não teve o dedo do produtor por ser um pouco mais antiga. Composta para a trilha do filme Os Thornborrys, Father and Daughter chegou a ser indicada ao Oscar de Canção Original em 2002. A música encerra Surprise - o primeiro álbum de inéditas de Simon em seis anos, editado esta semana no mercado brasileiro via Warner Music - e mostra que a colaboração de Eno, embora bem-vinda, é até dispensável na obra de um compositor de estilo já cristalizado.
Para quem não liga o nome à pessoa, Brian Eno é um dos pilares da fase inicial do Roxy Music. No início dos anos 70, ele ajudou a moldar o art rock do grupo com efeitos tirados de sintetizadores então pouco usados na música pop. Em Surprise, Eno põe sua eletrônica a serviço da música de Simon sem justificar realmente a surpresa prometida no título do CD. Além da participação nos arranjos, o produtor é parceiro de Simon em Outrageous, Another Galaxy e Once Upon a Time There Was an Ocean.
Da nova safra autoral de Simon, os destaques são Everything about Is a Love Song, Wartime Prayers (com as vozes envolventes do coro Jessy Dixon Singers) e Beautiful, tema que remete ao som da dupla Simon & Garfunkel. Enfim, um bom disco que não chega a empolgar. E que seria igualmente bom sem a presença de Eno. Pois as letras politizadas de Simon, somadas ao estilo melódico do compositor, é que continuam fazendo toda a diferença.
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