Roberta Sá sela harmoniosa união com Pedro Luís em show de músicas inéditas
Resenha de Show
Título: O Poeta, a Rosa e as Canções
Artista: Pedro Luís e Roberta Sá
Local: Sesc Copacabana (RJ)
Data: 31 de maio
Cotação: * * *
O show era em dupla, mas os aplausos soaram fortes quando Roberta Sá solou Tudo Está Ali, valsa sublime de Rodrigo Campello, letrada por Pedro Luís. E foram merecidos! Afinada e com o habitual frescor, a voz da cantora desabrochou qual uma rosa no apogeu da primavera. Sem tanta ginga vocal, Pedro é o poeta de canções ora líricas, ora antenadas com a urgência de seu tempo urbano. Devidamente filmado pelas câmeras de Roberto Berliner, da TV Zero, o show O Poeta, a Rosa e as Canções estreou na noite de quarta-feira, 31 de maio, para platéia curiosa que lotou o Sesc Copacabana para ouvir músicas inéditas. O violonista Marcelo Gonçalves (virtuose do Trio Madeira Brasil) e o percussionista Celso Alvim (maestro do Monobloco) dividiram o palco com os cantores (acima, em cena, em foto de Rodrigo Goffredo).
Descontados o nervosismo da dupla, algumas entradas erradas e o ritmo às vezes arrastado por conta dos buracos entre os números (falhas desculpáveis numa estréia), o espetáculo confirmou o vigor da produção autoral de Pedro Luís. São dele, sozinho ou em parceria, as músicas inéditas que formam a maior parte do roteiro. De todas, Fogo e Gasolina - também merecedora de aplausos entusiasmados - é a que mais se adequou ao conceito de dupla que inspirou o show, dirigido por Bianca Ramoneda.
Ponto Enredo abriu os trabalhos em clima afro e percussivo. Em seguida, Pedro apresentou Joana, samba meio sincopado que se casou perfeitamente com Maria Joana, o samba de Sidney Miller revivido por Roberta em alusão à dupla formada por Gal Costa e Caetano Veloso no disco Domingo, de 1967. E Roberta, mais uma vez, se mostrou totalmente à vontade no universo do samba.
O triângulo que incendiou o ritmo de Fogo e Gasolina deu o ar nordestino de Os Beijos - número que expôs a harmonia das vozes combinadas de Pedro e Roberta. Foi a deixa para Beijo na Boca e Requebre que Eu Dou um Doce, unidas em pot-pourri que reverencia Elza Soares e Miltinho, dupla celebrizada pela série de três LPs Elza, Miltinho e Samba. Em seguida, veio o Samba de Amor e Ódio, com Pedro pilotando o cavaquinho e Roberta soltando a voz com vigor contrastante com a (até então) delicada atmosfera do show. A letra, de Carlos Rennó, foi inspirada em Sonho de Amor e Paz, tema de Baden Powell, lido pela cantora no palco.
Daí em diante, o show engrena de vez. Lua brilha com suas surpreendentes viradas rítmicas. Seresta é lindo tema de formato mais clássico. Cantiga é samba praieiro originado de um poema de Manuel Bandeira, musicado por Pedro. Ganha apropriada citação de Maricotinha, um dos últimos clássicos de Dorival Caymmi. Por fim, Girando a Renda fecha o show e reafirma a graciosidade da voz de Roberta Sá, uma das cantoras mais interessantes surgidas nos últimos anos e que somente tem a ganhar com a companhia de Pedro Luís.
Título: O Poeta, a Rosa e as Canções
Artista: Pedro Luís e Roberta Sá
Local: Sesc Copacabana (RJ)
Data: 31 de maio
Cotação: * * *
O show era em dupla, mas os aplausos soaram fortes quando Roberta Sá solou Tudo Está Ali, valsa sublime de Rodrigo Campello, letrada por Pedro Luís. E foram merecidos! Afinada e com o habitual frescor, a voz da cantora desabrochou qual uma rosa no apogeu da primavera. Sem tanta ginga vocal, Pedro é o poeta de canções ora líricas, ora antenadas com a urgência de seu tempo urbano. Devidamente filmado pelas câmeras de Roberto Berliner, da TV Zero, o show O Poeta, a Rosa e as Canções estreou na noite de quarta-feira, 31 de maio, para platéia curiosa que lotou o Sesc Copacabana para ouvir músicas inéditas. O violonista Marcelo Gonçalves (virtuose do Trio Madeira Brasil) e o percussionista Celso Alvim (maestro do Monobloco) dividiram o palco com os cantores (acima, em cena, em foto de Rodrigo Goffredo).
Descontados o nervosismo da dupla, algumas entradas erradas e o ritmo às vezes arrastado por conta dos buracos entre os números (falhas desculpáveis numa estréia), o espetáculo confirmou o vigor da produção autoral de Pedro Luís. São dele, sozinho ou em parceria, as músicas inéditas que formam a maior parte do roteiro. De todas, Fogo e Gasolina - também merecedora de aplausos entusiasmados - é a que mais se adequou ao conceito de dupla que inspirou o show, dirigido por Bianca Ramoneda.
Ponto Enredo abriu os trabalhos em clima afro e percussivo. Em seguida, Pedro apresentou Joana, samba meio sincopado que se casou perfeitamente com Maria Joana, o samba de Sidney Miller revivido por Roberta em alusão à dupla formada por Gal Costa e Caetano Veloso no disco Domingo, de 1967. E Roberta, mais uma vez, se mostrou totalmente à vontade no universo do samba.
O triângulo que incendiou o ritmo de Fogo e Gasolina deu o ar nordestino de Os Beijos - número que expôs a harmonia das vozes combinadas de Pedro e Roberta. Foi a deixa para Beijo na Boca e Requebre que Eu Dou um Doce, unidas em pot-pourri que reverencia Elza Soares e Miltinho, dupla celebrizada pela série de três LPs Elza, Miltinho e Samba. Em seguida, veio o Samba de Amor e Ódio, com Pedro pilotando o cavaquinho e Roberta soltando a voz com vigor contrastante com a (até então) delicada atmosfera do show. A letra, de Carlos Rennó, foi inspirada em Sonho de Amor e Paz, tema de Baden Powell, lido pela cantora no palco.
Daí em diante, o show engrena de vez. Lua brilha com suas surpreendentes viradas rítmicas. Seresta é lindo tema de formato mais clássico. Cantiga é samba praieiro originado de um poema de Manuel Bandeira, musicado por Pedro. Ganha apropriada citação de Maricotinha, um dos últimos clássicos de Dorival Caymmi. Por fim, Girando a Renda fecha o show e reafirma a graciosidade da voz de Roberta Sá, uma das cantoras mais interessantes surgidas nos últimos anos e que somente tem a ganhar com a companhia de Pedro Luís.
10 COMENTÁRIOS:
não vi este show e nem sei se vou ver. mas elogio a coragem de mostrar música inédita. pra frente é que se anda.
Parabéns Mauro pela lúcida matéria. Vc destacou muito bem toda atmosfera do show ( projeto ), pois pra quem não sabe ,esse show foi concebido a partir de uma oficina que dá nome ao Show: O Poeta, a Rosa e as Canções, onde em seis encontros todo esse show foi estruturado : cenário, iluminação, arranjos, preparação vocal, ou seja toda produção de um show.Tive a felicidade de participar dessa " doce loucura", foi muito bom e engrandecedor acompanhar todo esse projeto e poder de alguma forma interferir e ajudar nisso tudo.
Salve Pedro , Roberta, Celso Alvin, Marcelo Gonçalves, Bianca Ramonêda , Gabriela, Felipe e todos os corajosos que embarcaram nessa instigante viagem. Obrigado ao Sesc por bancar e apostar no projeto.
Com certeza isso foi apenas o pontapé inicial, do que um dia será um grande sucesso.
Um abraço em todos que participaram e prestigiaram a coragem de apostar no NOVO.
È pra frente que se anda e Pedro e Roberta nos mostram isso com muita originalidade e qualidade. Quantas músicas lindas o Perdo e seus parceiros compuseram, a qualidade musical é o grande diferencial desse projeto.
Quem puder não deixe de conferir.
Um abaraço!!!!
Roberta é tudo de bom. Voz limpa, clara, bossa, balanço... Espero que venha cd desse show ou dvd!!!
Já comentei antes. Acho que a Roberta deveria cantar samba. Ela já demonstrava este interesse desde os seus tempos de Programa Fama. Deve ser imposição da gravadora.
Marcelo Barbosa - Brasília (DF)
Mauro,
Assisti uma entrevista da Luiza Possi no sem Censura esta semana , e parecia q o cd novo eh muito bom. Não sou fã dela mas parece q o trabalho eh de boa qualidade
Gostaria de ler uma crítica sua a respeito desse trabalho.
Luiza Possi - ESCUTA
Agradeço desde já
Este show vai sair em cd ?
Ambos são ótimos e Roberta está precisando de uma produção a altura de seu talento. Espero assistir a este show em São Paulo.
Essa garota tem uma voz bem gostosinha e demonstrou no primeiro CD que sabe escolher repertório. Tomara que tenha juízo.
É simpatiquinha, canta direitinho, mas no palco tem a profundidade de um pires. Fica difícil decolar assim.
Quero tomar leitinho neste pires. Alguém sabe qdo eles (ou ela) virão a sao paulo?
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