Furtado sai perdendo ao aderir ao rap
Resenha de CD
Título: Loose
Artista: Nelly Furtado
Gravadora: Universal Music
Cotação: *
Nelly Furtado chegou esta semana ao topo da parada norte-americana com seu terceiro álbum, Loose, recém-lançado no Brasil. O fato - inédito na carreira dessa cantora canadense de ascendência portuguesa - seria louvável se Furtado tivesse permanecido na linha de seus dois primeiros discos, Whoa, Nelly! (2000) e Folklore (2003), que aglutinaram influências das músicas portuguesa e brasileira (não por acaso, Caetano Veloso até já gravou com a artista) em saboroso coquetel pop.
Infelizmente, Furtado resolveu mudar de rota e evocar seu passado adolescente, vivido no Canadá, onde chegou a integrar uma banda de hip hop. Em Loose, turbinada pela grife padronizada de Timbaland, ela cai na vala comum das cantoras que transitam entre o rap e o rhythm and blues - e não é à toa que a assessoria de Chris Martin vetou a participação do artista na faixa All Good Things, da qual o vocalista do Coldplay é co-autor (a gravação chegou a ser feita, mas teve sua inclusão vetada para não associar Martin a Furtado).
Promiscuous - a faixa responsável pela venda de 100 mil cópias do CD nos Estados Unidos em apenas uma semana - tem produção de Timbaland e lembra a fase mais vulgar de Christina Aguillera. E é esse tom banal que domina Loose. As batidas (eventualmente tribais) são azeitadas, mas já não dá para reconhecer a personalidade de Furtado no álbum, seja num r & b aguado como Showtime, seja no dueto forçado (e certamente sugerido pela gravadora Universal Music...) com o colombiano Juanes no rap latino Te Busqué. As vendas estão altas, mas Nelly Furtado, ao fim das contas, vai sair perdendo...
Título: Loose
Artista: Nelly Furtado
Gravadora: Universal Music
Cotação: *
Nelly Furtado chegou esta semana ao topo da parada norte-americana com seu terceiro álbum, Loose, recém-lançado no Brasil. O fato - inédito na carreira dessa cantora canadense de ascendência portuguesa - seria louvável se Furtado tivesse permanecido na linha de seus dois primeiros discos, Whoa, Nelly! (2000) e Folklore (2003), que aglutinaram influências das músicas portuguesa e brasileira (não por acaso, Caetano Veloso até já gravou com a artista) em saboroso coquetel pop.
Infelizmente, Furtado resolveu mudar de rota e evocar seu passado adolescente, vivido no Canadá, onde chegou a integrar uma banda de hip hop. Em Loose, turbinada pela grife padronizada de Timbaland, ela cai na vala comum das cantoras que transitam entre o rap e o rhythm and blues - e não é à toa que a assessoria de Chris Martin vetou a participação do artista na faixa All Good Things, da qual o vocalista do Coldplay é co-autor (a gravação chegou a ser feita, mas teve sua inclusão vetada para não associar Martin a Furtado).
Promiscuous - a faixa responsável pela venda de 100 mil cópias do CD nos Estados Unidos em apenas uma semana - tem produção de Timbaland e lembra a fase mais vulgar de Christina Aguillera. E é esse tom banal que domina Loose. As batidas (eventualmente tribais) são azeitadas, mas já não dá para reconhecer a personalidade de Furtado no álbum, seja num r & b aguado como Showtime, seja no dueto forçado (e certamente sugerido pela gravadora Universal Music...) com o colombiano Juanes no rap latino Te Busqué. As vendas estão altas, mas Nelly Furtado, ao fim das contas, vai sair perdendo...
<< Home