Canto sutil de Bebeto floresce no disco 'Amendoeira', bem produzido por Camelo
Resenha de CD
Título: Amendoeira
Artista: Bebeto Castilho
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *
Baixista, flautista e eventual solista vocal do Tamba Trio, Bebeto Castilho é cantor que descende da linhagem nobre de João Gilberto. Seu canto sutil - longe de impressionar pela potência ou pela beleza da voz - é mais um elemento harmônico dentro do arranjo. É com esse espírito bossa-novista que Castilho se apresenta como cantor em seu segundo disco solo (o primeiro, lançado em 1976, permanece inédito em CD no mercado nacional). Sua voz macia floresce em Amendoeira, álbum produzido por Kassin e por Marcelo Camelo, o hermano que vem a ser sobrinho de Castilho.
Além de produzir o disco, Camelo deu ao tio o samba que batiza Amendoeira e canta Porta de Cinema, tema de autoria de Luiz Souza, que vem a ser seu tio-avô, irmão de Bebeto. É apoiado nessa produção luxuosa que o músico do Tamba Trio destila seu canto íntimo em sambas de Ataulfo Alves (Infidelidade, parceria com Américo Seixas), Dorival Caymmi (A Vizinha do Lado), J. Cascata (Minha Palhoça) e Benedito Lacerda (Sabiá de Mangueira, composto com Erastótenes Frazão).
Em sintonia com o tom delicado do canto de Bebeto, as participações vocais impedem o CD de soar monocórdio, em que pese todo seu requinte. Nina Becker (cantora da Orquestra Imperial) dá o ar da graça em Beijo Distraído, de Durval Ferreira e Regina Werneck. Filha do pianista Laércio de Freitas, Thalma de Freitas canta Pode Ser?, samba sincopado de Geraldo Pereira e Marino Pinto.
Enfim, Amendoeira não é um disco de bossa nova. Está mais para o samba-jazz. Mas tem bossa. E vai seduzir quem entende que uma voz miúda e até opaca também pode ser posta a serviço do canto.
Título: Amendoeira
Artista: Bebeto Castilho
Gravadora: Biscoito Fino
Cotação: * * * *
Baixista, flautista e eventual solista vocal do Tamba Trio, Bebeto Castilho é cantor que descende da linhagem nobre de João Gilberto. Seu canto sutil - longe de impressionar pela potência ou pela beleza da voz - é mais um elemento harmônico dentro do arranjo. É com esse espírito bossa-novista que Castilho se apresenta como cantor em seu segundo disco solo (o primeiro, lançado em 1976, permanece inédito em CD no mercado nacional). Sua voz macia floresce em Amendoeira, álbum produzido por Kassin e por Marcelo Camelo, o hermano que vem a ser sobrinho de Castilho.
Além de produzir o disco, Camelo deu ao tio o samba que batiza Amendoeira e canta Porta de Cinema, tema de autoria de Luiz Souza, que vem a ser seu tio-avô, irmão de Bebeto. É apoiado nessa produção luxuosa que o músico do Tamba Trio destila seu canto íntimo em sambas de Ataulfo Alves (Infidelidade, parceria com Américo Seixas), Dorival Caymmi (A Vizinha do Lado), J. Cascata (Minha Palhoça) e Benedito Lacerda (Sabiá de Mangueira, composto com Erastótenes Frazão).
Em sintonia com o tom delicado do canto de Bebeto, as participações vocais impedem o CD de soar monocórdio, em que pese todo seu requinte. Nina Becker (cantora da Orquestra Imperial) dá o ar da graça em Beijo Distraído, de Durval Ferreira e Regina Werneck. Filha do pianista Laércio de Freitas, Thalma de Freitas canta Pode Ser?, samba sincopado de Geraldo Pereira e Marino Pinto.
Enfim, Amendoeira não é um disco de bossa nova. Está mais para o samba-jazz. Mas tem bossa. E vai seduzir quem entende que uma voz miúda e até opaca também pode ser posta a serviço do canto.
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