Som Livre Masters - Primeiro disco solo de Alceu Valença ganha segunda chance
Há artistas que demoram a estabelecer sintonia com o público. Para Alceu Valença, por exemplo, o sucesso não veio rápido. Quando o coco Coração Bobo projetou seu nome e sua obra, em 1980, o compositor pernambucano já contabilizava oito anos de carreira - iniciada de forma individual em 1974 com este interessante Molhado de Suor, disco ora reeditado na série Som Livre Masters, produzida pelo titã Charles Gavin com a primorosa remasterização de 25 títulos garimpados nos baús das gravadoras Som Livre, Som Maior e RGE.
Alceu Valença estreou em disco em 1972, com LP dividido com Geraldo Azevedo. Molhado de Suor foi seu primeiro trabalho solo e já trazia a mistura efervescente de ritmos nordestinos com linguagem pop. Era algo novo na época e o disco acabaria passando despercebido pelo público. Alceu ainda gravaria outros álbuns na Som Livre - como Vivo! (1976, um dos mais vigorosos registros de shows editados no Brasil) e Espelho Cristalino (álbum de 1977, já relançado em CD em 1994) - antes de se exilar na França e, na volta ao Brasil, ganhar enfim a merecida projeção com o LP Coração Bobo.
Por isso mesmo, seu primeiro disco solo merece segunda chance. É coeso, magistralmente arranjado e traz músicas como Papagaio do Futuro (ainda recorrente nos shows do cantor) e Punhal de Prata. O repertório também destaca Dia Branco, que, apesar do título homônimo, não se trata da canção de Geraldo Azevedo que faria sucesso a partir dos anos 80, mas de tema autoral do próprio Alceu Valença.
Alceu Valença estreou em disco em 1972, com LP dividido com Geraldo Azevedo. Molhado de Suor foi seu primeiro trabalho solo e já trazia a mistura efervescente de ritmos nordestinos com linguagem pop. Era algo novo na época e o disco acabaria passando despercebido pelo público. Alceu ainda gravaria outros álbuns na Som Livre - como Vivo! (1976, um dos mais vigorosos registros de shows editados no Brasil) e Espelho Cristalino (álbum de 1977, já relançado em CD em 1994) - antes de se exilar na França e, na volta ao Brasil, ganhar enfim a merecida projeção com o LP Coração Bobo.
Por isso mesmo, seu primeiro disco solo merece segunda chance. É coeso, magistralmente arranjado e traz músicas como Papagaio do Futuro (ainda recorrente nos shows do cantor) e Punhal de Prata. O repertório também destaca Dia Branco, que, apesar do título homônimo, não se trata da canção de Geraldo Azevedo que faria sucesso a partir dos anos 80, mas de tema autoral do próprio Alceu Valença.
4 COMENTÁRIOS:
Espero que importantes relançamentos como estes não tenham tiragens pequenas que só os jornalistas ganham, como aconteceu com outras colecoes. Espero que os discos estejam nas lojas a disposição dos consumidores.
boa notícia! eu tinha esse disco em cd numa versão pirata, mas o som era muito ruim. vou comprar o oficial.
Adalberto, as tiragens dos títulos da coleção Som Livre Masters variam entre dois e quatro mil cópias. Os discos chegam às lojas, sim, mas não espere encontrá-los em magazines populares. Este tipo de reedição é encontrada em lojas de catálogo mais amplo.
Emanuel Andrade disse....
Não só por ser pernambucano, mas também fã dos compositores nordestinos contemporâneos de Alceu, posso afirmar que esse disco traz um Alceu criativo, festivo e poético. Chegou a ser um LP raro e custava caro nas mãos dos chamados sebistas do Recife. Ainda bem que Molhado de Suor chega remasterizado. Valeu Gavin.
P.S. Toda obra de Alceu é fantástica. Agora, acho, que nenhuma supera Espelho Cristalino.
Emanuel (PE)
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