Som Livre Masters - Disco obscuro flagra Tim Maia com espírito e músicas alegres
Entre os 25 títulos ora reeditados na série Som Livre Masters (garimpados pelo titã Charles Gavin nos arquivos das gravadoras Som Livre, RGE e Som Maior), um dos mais obscuros é o disco Tim Maia, gravado pelo Síndico em 1977. Em 1993, ele lançaria pela companhia global o CD Romântico (coletânea turbinada com as inéditas Essa Tal Felicidade e Não me Iludo Mais), mas este pouco conhecido trabalho dos anos 70 é, a rigor, seu único disco de carreira na Som Livre. Tim vivia período de vacas magras depois de ter saído da seita Universo em Desencanto - sob efeito da qual produziu os dois volumes do mítico álbum Tim Maia Racional - e de ter tentado em 1976 voltar à sua primeira gravadora, Philips, com disco ignorado por público e crítica.
Paradoxalmente, Tim Maia é dos trabalhos mais alegres do cantor (seria sucedido em 1978 por Disco Club, imersão do artista - então já na Warner Music - no universo da discoteca). Não traz aquela melancolia que permeia boa parte da obra de Tim. "Venha amar, pense menos", convoca o Síndico em Pense Menos, a gema mais luminosa deste disco. Entre um ou outro soul da pesada, caso de Ride Twist and Roll, o álbum desce muito bem, com beats eventualmente desacelerados (como em Sem Você e em Música para Betinha), mas, no todo, é disco dançante, com muito funk e soul, e sem o tom brega que empalideceria a obra do artista ao longo dos anos 80.
Com a promessa da Trama de reeditar Tim Maia Racional em abril, resta torcer para que a EMI se lembre de relançar o álbum Desencontro, gravado pelo cantor em 1979. Assim, toda a discografia do artista terá, enfim, saído em CD. Ainda que a maior parte já esteja novamente fora de catálogo.
Paradoxalmente, Tim Maia é dos trabalhos mais alegres do cantor (seria sucedido em 1978 por Disco Club, imersão do artista - então já na Warner Music - no universo da discoteca). Não traz aquela melancolia que permeia boa parte da obra de Tim. "Venha amar, pense menos", convoca o Síndico em Pense Menos, a gema mais luminosa deste disco. Entre um ou outro soul da pesada, caso de Ride Twist and Roll, o álbum desce muito bem, com beats eventualmente desacelerados (como em Sem Você e em Música para Betinha), mas, no todo, é disco dançante, com muito funk e soul, e sem o tom brega que empalideceria a obra do artista ao longo dos anos 80.
Com a promessa da Trama de reeditar Tim Maia Racional em abril, resta torcer para que a EMI se lembre de relançar o álbum Desencontro, gravado pelo cantor em 1979. Assim, toda a discografia do artista terá, enfim, saído em CD. Ainda que a maior parte já esteja novamente fora de catálogo.
2 COMENTÁRIOS:
não adianta ter sido lançado, tem que permanecer em catálogo.
Não ouvi este disco, sei no entanto que o melhor de Tim está nos Lps que lançou antes da seita racional.
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