Precariedade das reedições dos CDs de Ednardo desrespeita artista e consumidor
Primeiro, veio a boa notícia: a EMI decidiu reeditar três discos da obra de Ednardo nos anos 80. A salutar iniciativa de repor em catálogo Terra da Luz (1982), Ednardo (1983, capa à direita) e Libertree (1985) acontece exatos 30 depois do estouro nacional do compositor cearense com Pavão Mysteriozo, tema propagado na novela Saramandaia, exibida pela Rede Globo em 1976.
Agora vem a má notícia: as reedições são de uma pobreza vergonhosa. Os "encartes" dos três CDs se limitam a uma mísera folha com a capa de um lado e a reprodução tosca da contracapa de outro. Não houve a preocupação de criar um encarte que reproduzisse, de forma legível, as informações da ficha técnica original.
A pobreza das reedições lembra os CDs editados no Brasil na segunda metade dos anos 80, quando as gravadoras ainda não apostavam no compact disc como substituto dos LPs e faziam edições precárias, de tiragens limitadas. Mas 20 anos se passaram e o descuido da EMI com as primeiras reedições em CD destes três títulos de Ednardo é um desrespeito ao artista e aos consumidores.
Agora vem a má notícia: as reedições são de uma pobreza vergonhosa. Os "encartes" dos três CDs se limitam a uma mísera folha com a capa de um lado e a reprodução tosca da contracapa de outro. Não houve a preocupação de criar um encarte que reproduzisse, de forma legível, as informações da ficha técnica original.
A pobreza das reedições lembra os CDs editados no Brasil na segunda metade dos anos 80, quando as gravadoras ainda não apostavam no compact disc como substituto dos LPs e faziam edições precárias, de tiragens limitadas. Mas 20 anos se passaram e o descuido da EMI com as primeiras reedições em CD destes três títulos de Ednardo é um desrespeito ao artista e aos consumidores.
9 COMENTÁRIOS:
lamentável!
Bem estranhei o preço dos cds (R$ 13,00 cada). Nojento esse "marketing estratégico" da EMI. Desrespeito ao público e ao artista. Voltei à loja e troquei o disco.
isso é uma vergonha! não vi os cds nas lojas e mesmo que estejam baratos nada justifica esse desleixo
É, a parte gráfica informativa deixa a desejar, mas em compensação o preço é mais acessível a grande parte do público consumidor que tanto reclama do preço da maioria dos CDs para alegria da pirataria. Sendo uma trilogia, é legal que o público possa comprar os três discos de uma vez, sem que isto pese no bolso.
Tá certo que estas reedições dos discos de Ednardo, na parte gráfica, mereciam informações das fichas técnicas e letras, que encontrei no site www.gd.com.br/ednardo e se nem todos tem computador e acesso a internet, menos ainda são os quem têm condições de comprar três discos, quando chegam as lojas cheios de fogos de artifícios das embalagens.
Mas indo ao que interessa que é o conteúdo musical, mais importante que o invólucro e mostra trinta maravilhosas obras que comprovam que Ednardo é um dos mais importantes artistas brasileiros de sua geração.
Por falar nisso bem que se pode fazer uma resenha do conteúdo musical, no blog não li sequer uma linha sobre as músicas que estão nestes discos, e julgar o que está dentro pelo pedaço de papel que está fora é no mínimo inverter a lógica da importância, dando mais valor ao detalhe da roupa, esquecendo o corpo musical e poético.
É, a parte gráfica informativa deixa a desejar, mas em compensação o preço é mais acessível a grande parte do público consumidor que tanto reclama do preço da maioria dos CDs para alegria da pirataria. Sendo uma trilogia, é legal que o público possa comprar os três discos de uma vez, sem que isto pese no bolso.
Tá certo que estas reedições dos discos de Ednardo, na parte gráfica, mereciam informações das fichas técnicas e letras, que encontrei no site www.gd.com.br/ednardo e se nem todos tem computador e acesso a internet, menos ainda são os quem têm condições de comprar três discos, quando chegam as lojas cheios de fogos de artifícios das embalagens.
Mas indo ao que interessa que é o conteúdo musical, mais importante que o invólucro e mostra trinta maravilhosas obras que comprovam que Ednardo é um dos mais importantes artistas brasileiros de sua geração.
Por falar nisso bem que se pode fazer uma resenha do conteúdo musical, no blog não li sequer uma linha sobre as músicas que estão nestes discos, e julgar o que está dentro pelo pedaço de papel que está fora é no mínimo inverter a lógica da importância, dando mais valor ao detalhe da roupa, esquecendo o corpo musical e poético.
O trabalho de um músico, neste caso um CD, é composto de uma mídia que contém a parte musical, parte gráfica que contém capa, contracapa e opcionalmente ficha técnica e letras das músicas e um case para armazenar o todo. Se falta a arte gráfica então é como usar smoking e chinelo.
Isso. Se for pra ouvir só as músicas, não preciso comprar um cd. Quero a obra na íntegra, e não só os fonogramas...
Os trabalhos de um músico compositor e autor, são as músicas, letras, e arranjos e nesta trilogia tem 30 obras da melhor qualidade, a mídia CD com o case, junto a capa e contra capa também estão lá nestes três discos, com os trabalhos de fotografias dos profissionais Mario Luiz Thompson, Wilton Montenegro, Gentil Barreira, com as concepções de capa e contra capa realizadas pelo Gringo Cárdia, Luiz Stein, Lobianco, e com a informação que no site www.gd.com.br/ednardo se encontram letras e fichas técnicas completas, que é isto que os prezados: Junior e Anônimo, sentem falta, mas é inegável que podem acessar estas informações no site.
À gravadora cabe apresentar o produto final da forma mais objetiva no momento, e não estou defendendo ausência de informações básicas que deveria ter. Mas já vi muitos discos nacionais e internacionais que sequer tem informações de ficha técnica ou letras e não vi ninguém levantar bandeiras de reclamação. Com respeito democrático à opinião de cada um, acho o discurso meio tolo, porque o principal não está sendo falado, e os itens principais são as músicas, as letras os arranjos, e da maneira colocada no blog e de alguns comentários parece que isto é secundário.
Acho que artistas gráficos, músicos, produtores, toda equipe que participa de um disco, deve constar nos créditos. Se a gravadora não informa são outros cem mil réis, mas isto não significa desvirtuar importância das músicas contidas no disco a troco de um pedaço de papel.
Muitos discos de big bands e intérpretes de jazz, blues e orquestras, Glenn Miller, Dorsey, Fitzgerald, Billy Holiday, e etc, e etc., trazem apenas um nome e uma foto ou desenho e nada de ficha técnica. Vocês não vão chiar também por isto? Olhem que a lista é grande incluindo a discografia nacional. Penso que se deve falar da importância das músicas destes discos e não das firulas de encartes.
Parafraseando o senhor anônimo, neste caso este tipo de pensamento é que está de chinelos, pois as músicas dão um banho.
Não, Aura, acho que você não entendeu o ponto em discussão. Disse que um cd de alguma obra relançada, para poder ter algum "apelo consumidor" a um ouvinte como eu (e a mais meia-dúzia deles, pelo visto), ela deve estar completa, ou melhor, deve, preferencialmente, trazer outras informações/dados,que não puderam constar quando do lançamento original, numa embalagem se não digna, ao menos fiel àquela do LP, o que não aconteceu nesse caso.
O espanto maior é porque a EMI vinha apresentando reedições até que bem feitas de seu catálogo (Doris Monteiro, por exemplo), e esses três discos do Ednardo, da maneira com que foram postos à venda, representam um retrocesso no que diz respeito ao relançamento de discos, no meu entender.
Os fonogramas e a capa são facilmente encontrados na internet. Não preciso comprar um cd para escutá-lo. Quero que exista no mercado, à venda, um produto cultural esmerado, com uso de recursos tecnológicos na restauração da obra, coisa que nosso tempo proporciona e eu individualmente não posso fazer. Caso contrário, eu imprimo a capa, copio as músicas para um cd-r e compro um case plástico, de maneira bem mambembe, à margem da legalidade. Mas repito: isso só acontece/rá por causa do descuido das próprias gravadoras, é bom frisar, detentoras dos catálogos, em relação às obras, aos artistas e ao público.
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