Belchior grava inéditas 30 anos após o estouro do 'Rapaz Latino Americano'
Belchior (foto) entra em estúdio em breve para começar a gravar disco de inéditas. O CD tem lançamento previsto para o segundo semestre. A notícia, a rigor corriqueira, faz lembrar que há artistas demasiadamente presos a um início consagrador de carreira. Belchior é um deles. Por imposição do mercado fonográfico, o cantor vive regravando seus sucessos. Quando lança algum material inédito, este passa despercebido. O que permanece na memória são sucessos como Apenas um Rapaz Latino Americano e Como Nossos Pais - lançados há 30 anos no LP Alucinação, o segundo de Belchior, mas o primeiro a obter repercussão.
Em 1976, a música de Belchior seduzia o Brasil. Elis Regina abria seu antológico álbum Falso Brilhante com duas músicas do compositor cearense: Velha Roupa Colorida e Como Nossos Pais, esta um retrato cru da geração que vivera e perdera o sonho hippie. Outros sucessos viriam (Todo Sujo de Batom, Medo de Avião), entre a segunda metade dos anos 70 e o início dos 80, até que Belchior foi ficando progressivamente preso ao seu passado de glória. Regravações e mais regravações das mesmas músicas foram soterrando o material novo que produzia. E - pior - não conseguiram fazer com que Belchior renovasse seu público, como aconteceu, por exemplo, com Zé Ramalho. Tomara que este novo disco consiga a proeza de disassociar um pouco Belchior de seu começo de carreira, do qual ele tem sido refém há 30 anos.
Em 1976, a música de Belchior seduzia o Brasil. Elis Regina abria seu antológico álbum Falso Brilhante com duas músicas do compositor cearense: Velha Roupa Colorida e Como Nossos Pais, esta um retrato cru da geração que vivera e perdera o sonho hippie. Outros sucessos viriam (Todo Sujo de Batom, Medo de Avião), entre a segunda metade dos anos 70 e o início dos 80, até que Belchior foi ficando progressivamente preso ao seu passado de glória. Regravações e mais regravações das mesmas músicas foram soterrando o material novo que produzia. E - pior - não conseguiram fazer com que Belchior renovasse seu público, como aconteceu, por exemplo, com Zé Ramalho. Tomara que este novo disco consiga a proeza de disassociar um pouco Belchior de seu começo de carreira, do qual ele tem sido refém há 30 anos.
6 COMENTÁRIOS:
será que as músicas novas são boas como as velhas?
belchior já tem seu lugar na história. o resto é intriga da oposição.
O Belchior é relíquia da MPB. Será que suas composições ainda terão a força para enfrentar este mercado corrompido? Será que ele terá a sua disposição um marketing de lançamento como tem a marisa monte?
até hoje tenho medo de avião.
Emanuel Andrade disse.....
Não se comenta CDs antes de sair. O direito do ouvinte é ouvir a "bolacha" e decidir se continua escutando ou não. Não é produto de consumo??? Porém, não adianta ficar especulando antes do tempo. Afinal os anos 70 nção voltam mais. Nos dias de hoje, Chico, Gil, Caetano, Alceu, Fagner... não fazem mais um disco completo de ponta a ponta. Uma, duas ou três se salvam. Faz parte. Vamos torcer para que Belchior traga novas pérolas...
E.A(PE)
Emanuel tem razão, o lance é que muitos bombardeam um disco antes mesmo dele chegar ao público, tipo não ouví e não gostei, e mesmo que escutem, arranjam outra forma de desfenestrar, tipo falta de encartes e bulas explicativas e etc., coisa e tal. O interessante é que existe toda uma moçada da nova geração que vão aos shows, escutam os discos e tem idéias totalmente diferentes das idéias dos pastores de rebanhos. Isto acontece nos shows de Belchior, Ednardo, Fagner, Chico, Caetano, Alceu, Gil e tantos outros da música brasileira que tentam sufocar a todo custo.
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