Belo disco revela a voz potiguar que o Japão já aplaude e o Brasil ainda ignora
Resenha de CD
Título: Imbalança
Artista: Valéria Oliveira
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * * * *
Não se deixe intimidar pela capa nada atraente. Imbalança, terceiro CD da cantora potiguar Valéria Oliveira, é biscoito fino que foi degustado primeiro no Japão - onde a intérprete já tem público fiel e carreira regular - e agora é lançado no mercado nacional, via Deckdisc. A produção é de Kazuo Yoshida, mas não se trata daqueles discos de bossa nova que Yoshida faz em série para a praça japonesa. Imbalança tem requinte raro nos arranjos, na produção e nas interpretações. Exemplo é a releitura cool de Coração Vagabundo, a bossa tardia de Caetano Veloso.
Valéria transita pela MPB com incursões pela música nordestina. Cantora de voz doce e segura, ela voa com desenvoltura pelas quebradas do samba Avião (Djavan), fica melodiosa na canção Mistérios (Joyce e Maurício Maestro) e tira do baú jóia de Tião Motorista (Na Galha do Cajueiro). Escorada em estelar time de músicos, a cantora consegue até renovar clássicos batidos como a faixa-título, Imbalança. O pifi tocado por Carlos Malta dá um toque todo original a este clássico da parceria de Luiz Gonzaga com Zé Dantas.
O repertório irmana temas de Lenine (Jack Soul Brasileiro), Edu Lobo (a esquecida Chegança, em dueto terno com o autor) e Chico Buarque (Estação Derradeira, com a cuíca de Marcos Suzano). Sem impressionar,Valéria se apresenta timidamente como compositora em Flor da Felicidade (em parceria com Kazuo Yoshida) e na canção Fogo do Inverno. Mas isso é detalhe pequeno de um disco grandioso. Em Canto em Qualquer Canto, a artista consegue fazer sua gravação cheia de cordas e bossa rivalizar com as de Ná Ozzetti (parceira de Itamar Assumpção no tema) e Ney Matogrosso. Isso não é pouco! O Brasil precisa ouvir essa voz potiguar que o Japão já aplaude há anos.
Título: Imbalança
Artista: Valéria Oliveira
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * * * *
Não se deixe intimidar pela capa nada atraente. Imbalança, terceiro CD da cantora potiguar Valéria Oliveira, é biscoito fino que foi degustado primeiro no Japão - onde a intérprete já tem público fiel e carreira regular - e agora é lançado no mercado nacional, via Deckdisc. A produção é de Kazuo Yoshida, mas não se trata daqueles discos de bossa nova que Yoshida faz em série para a praça japonesa. Imbalança tem requinte raro nos arranjos, na produção e nas interpretações. Exemplo é a releitura cool de Coração Vagabundo, a bossa tardia de Caetano Veloso.
Valéria transita pela MPB com incursões pela música nordestina. Cantora de voz doce e segura, ela voa com desenvoltura pelas quebradas do samba Avião (Djavan), fica melodiosa na canção Mistérios (Joyce e Maurício Maestro) e tira do baú jóia de Tião Motorista (Na Galha do Cajueiro). Escorada em estelar time de músicos, a cantora consegue até renovar clássicos batidos como a faixa-título, Imbalança. O pifi tocado por Carlos Malta dá um toque todo original a este clássico da parceria de Luiz Gonzaga com Zé Dantas.
O repertório irmana temas de Lenine (Jack Soul Brasileiro), Edu Lobo (a esquecida Chegança, em dueto terno com o autor) e Chico Buarque (Estação Derradeira, com a cuíca de Marcos Suzano). Sem impressionar,Valéria se apresenta timidamente como compositora em Flor da Felicidade (em parceria com Kazuo Yoshida) e na canção Fogo do Inverno. Mas isso é detalhe pequeno de um disco grandioso. Em Canto em Qualquer Canto, a artista consegue fazer sua gravação cheia de cordas e bossa rivalizar com as de Ná Ozzetti (parceira de Itamar Assumpção no tema) e Ney Matogrosso. Isso não é pouco! O Brasil precisa ouvir essa voz potiguar que o Japão já aplaude há anos.
4 COMENTÁRIOS:
Para variar alguns artistas sempre são mais valorizados lá fora do que no próprio país !! Nunca ouvi falar de Valéria mas a critica - e a regravação de Coração Vagabundo - me deu imensa curiosidade em ouví-la. Bela atitude da Deck Disk !!
Valéria é bastante conhecida na noite potiguar, e além de ótima cantora sempre caprichou na escolha de repertório, fugindo do óbvio e cantando o melhor da música produzida no Rio G do Norte. Infelizmente, seus trabalhos nunca extrapolaram as fronteiras do estado.Espero que com o lançamento deste disco, finalmente o Brasil descubra o que os japoneses já curtem há tempos.
GOSTARIA DE SABER SE É A MESMA VALÉRIA QUE ME ENCANTAVA CANTANDO NAS BARRACAS DA PRAIA DE PONTA NEGRA, SE FOR ELA, EU SEMPRE SOUBE DESDE A PRIMEIRA VEZ QUE Á VI CANTANDO QUE ELA IA FAZER SUCESSO. SE ALGUÉM PUDER ME INFORMAR SE É A MESMA AGRADEÇO.
Creio que é a mesma Valéria, ela cantava muito nos bares de Ponta Negra
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