Balanço de Orlandivo ainda é moderno
Resenha de CD
Título: Sambaflex
Artista: Orlandivo
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * * * *
Orlandivo é um cantor, compositor e percussionista catarinense que, diplomado na escola musical do Rio nos anos 50, iniciou carreira solo em 1962 com LP muito apropriadamente intitulado A Chave do Sucesso. É que o então crooner dos bailes animados por nomes como Ed Lincoln impressionara os freqüentadores dos salões cariocas ao usar um molho de chaves como instrumento de percussão para dividir seu samba sincopado. Daí a chave que ilustra a capa deste oportuno Sambaflex, o disco que marca a volta de Orlandivo ao mercado fonográfico depois que o sambalanço do artista foi descoberto e valorizado por DJs e produtores da cena européia dos anos 90.
Aos 68 anos, Orlandivo se mostra em grande forma. A voz, claro, já não é a mesma dos áureos tempos, mas, no caso dele, o que conta mais é o molho, a divisão de seus sambas sincopados. E isso continua redondo. Sambaflex desce muito bem. E nem precisava da releitura eletrônica de Vô Bate Pá Tu - sucesso da efêmera dupla Baiano e os Novos Caetanos nos anos 70. O repertório se sustenta muito bem entre regravações de sucessos de Orlandivo (Chavinha, Bolinha de Sabão, Sambadinho, Samba Toff) e músicas inéditas em disco - algumas realmente novas (como a faixa-título, Sambaflex, parceria do artista com o percussionista Beto Cazes), outras tiradas do baú (caso de Eu Vendo um Samba, escrita há 35 anos).
Basta ouvir Palladium - parceria de Ed Lincoln e Orlandivo, composta em 1975 e gravada em 1977 em disco recentemente reeditado pela EMI - para atestar que o balanço de Orlandivo continua contagiante e moderno. Some-se ao repertório alguns sambas sacudidos de Dorival Caymmi (Doralice, Rosa Morena) e clássicos do sambalanço como Boogie Woogie na Favela e tem-se um disco delicioso, à altura do passado do artista e da cena dançante do Rio dos anos 50 e 60.
Título: Sambaflex
Artista: Orlandivo
Gravadora: Deckdisc
Cotação: * * * *
Orlandivo é um cantor, compositor e percussionista catarinense que, diplomado na escola musical do Rio nos anos 50, iniciou carreira solo em 1962 com LP muito apropriadamente intitulado A Chave do Sucesso. É que o então crooner dos bailes animados por nomes como Ed Lincoln impressionara os freqüentadores dos salões cariocas ao usar um molho de chaves como instrumento de percussão para dividir seu samba sincopado. Daí a chave que ilustra a capa deste oportuno Sambaflex, o disco que marca a volta de Orlandivo ao mercado fonográfico depois que o sambalanço do artista foi descoberto e valorizado por DJs e produtores da cena européia dos anos 90.
Aos 68 anos, Orlandivo se mostra em grande forma. A voz, claro, já não é a mesma dos áureos tempos, mas, no caso dele, o que conta mais é o molho, a divisão de seus sambas sincopados. E isso continua redondo. Sambaflex desce muito bem. E nem precisava da releitura eletrônica de Vô Bate Pá Tu - sucesso da efêmera dupla Baiano e os Novos Caetanos nos anos 70. O repertório se sustenta muito bem entre regravações de sucessos de Orlandivo (Chavinha, Bolinha de Sabão, Sambadinho, Samba Toff) e músicas inéditas em disco - algumas realmente novas (como a faixa-título, Sambaflex, parceria do artista com o percussionista Beto Cazes), outras tiradas do baú (caso de Eu Vendo um Samba, escrita há 35 anos).
Basta ouvir Palladium - parceria de Ed Lincoln e Orlandivo, composta em 1975 e gravada em 1977 em disco recentemente reeditado pela EMI - para atestar que o balanço de Orlandivo continua contagiante e moderno. Some-se ao repertório alguns sambas sacudidos de Dorival Caymmi (Doralice, Rosa Morena) e clássicos do sambalanço como Boogie Woogie na Favela e tem-se um disco delicioso, à altura do passado do artista e da cena dançante do Rio dos anos 50 e 60.
1 COMENTÁRIOS:
antigamente ele se assinava Orlann Divo. agora resolveu simplificar.
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