DVD questiona o mito Kurt Cobain
Resenha de DVD
Título: All Apologies Kurt Cobain 10 Years on...
Artista: Kurt Cobain
Gravadora: Indie Records
Cotação: * * *
"Ele merece a reputação de um grande artista. Suas músicas eram excelentes, mas Kurt era um ser humano desprezível". O depoimento nada lisonjeiro do jornalista Steve Sutherland, do New Music Express, está no DVD All Apologies Kurt Cobain 10 Years on..., lançado este mês no Brasil. Sutherland é um dos entrevistados de um documentário interessante que procura dissecar e questionar o mito criado em torno de Cobain.
Em uma hora de filme, o vídeo apresenta depoimentos de jornalistas, agentes, ex-namorada, do produtor Jack Endino e de alguns familiares como o avô do astro, Leland Cobain, que, à certa altura, diz com os olhos marejados: "Ele era um grande garoto". Courtney Love e os integrantes da fase áurea do Nirvana devem ter se recusado a gravar entrevistas, mas, justiça seja feita, o documentário se sustenta. Nenhuma informação nova é revelada para quem já está inteirado da agonia existencial de Kurt, agravada quando ele foi alçado à fama da noite para o dia em 1991 com a explosão meteórica do disco Nevermind, a obra-prima do Nirvana. O que conta, no caso, são as questões levantadas pelos entrevistados com olhar mais crítico do que o habitual quando o assunto é a (real) importância de Cobain na cena pop.
Produtor do primeiro álbum do Nirvana, Bleach (1989), Jack Endino, por exemplo, afirma que não põe o grupo no mesmo patamar de Beatles, Rolling Stones e The Who porque a obra destas bandas teve (ou tem) uma longevidade que a do Nirvana não pôde ter por conta do suicídio de Cobain, aos 27 anos, em abril de 1994.
Os depoimentos são entremeados com imagens e falas do próprio Cobain. É possível ver o instante em que o cantor, então em sua primeira apresentação na TV americana, desafiou o moralismo hipócrita dos EUA ao declarar no ar que "Courtney Love é a melhor transa do mundo".
Todos os entrevistados são unânimes na afirmação de que a convivência com o lado ruim da fama intensificou os problemas psicológicos que Cobain trazia desde a infância. "Ele não se dava com o pai", conta o avô Leland. Entre questionamentos sobre o futuro do Nirvana, caso Cobain não tivesse concretizado sua idéia suicida, fica a certeza de que havia no atormentado artista uma aura e um talento especial.
Título: All Apologies Kurt Cobain 10 Years on...
Artista: Kurt Cobain
Gravadora: Indie Records
Cotação: * * *
"Ele merece a reputação de um grande artista. Suas músicas eram excelentes, mas Kurt era um ser humano desprezível". O depoimento nada lisonjeiro do jornalista Steve Sutherland, do New Music Express, está no DVD All Apologies Kurt Cobain 10 Years on..., lançado este mês no Brasil. Sutherland é um dos entrevistados de um documentário interessante que procura dissecar e questionar o mito criado em torno de Cobain.
Em uma hora de filme, o vídeo apresenta depoimentos de jornalistas, agentes, ex-namorada, do produtor Jack Endino e de alguns familiares como o avô do astro, Leland Cobain, que, à certa altura, diz com os olhos marejados: "Ele era um grande garoto". Courtney Love e os integrantes da fase áurea do Nirvana devem ter se recusado a gravar entrevistas, mas, justiça seja feita, o documentário se sustenta. Nenhuma informação nova é revelada para quem já está inteirado da agonia existencial de Kurt, agravada quando ele foi alçado à fama da noite para o dia em 1991 com a explosão meteórica do disco Nevermind, a obra-prima do Nirvana. O que conta, no caso, são as questões levantadas pelos entrevistados com olhar mais crítico do que o habitual quando o assunto é a (real) importância de Cobain na cena pop.
Produtor do primeiro álbum do Nirvana, Bleach (1989), Jack Endino, por exemplo, afirma que não põe o grupo no mesmo patamar de Beatles, Rolling Stones e The Who porque a obra destas bandas teve (ou tem) uma longevidade que a do Nirvana não pôde ter por conta do suicídio de Cobain, aos 27 anos, em abril de 1994.
Os depoimentos são entremeados com imagens e falas do próprio Cobain. É possível ver o instante em que o cantor, então em sua primeira apresentação na TV americana, desafiou o moralismo hipócrita dos EUA ao declarar no ar que "Courtney Love é a melhor transa do mundo".
Todos os entrevistados são unânimes na afirmação de que a convivência com o lado ruim da fama intensificou os problemas psicológicos que Cobain trazia desde a infância. "Ele não se dava com o pai", conta o avô Leland. Entre questionamentos sobre o futuro do Nirvana, caso Cobain não tivesse concretizado sua idéia suicida, fica a certeza de que havia no atormentado artista uma aura e um talento especial.
4 COMENTÁRIOS:
O CARA É UM GÊNIO, MUDA O ROCK E AGORA VEM UNS MERDAS QUESTIONAR O TALENTO DELE. ME POUPE!
É SEMPRE ASSIM. NEGUINHO MAMA E SUGA OS ARTISTAS E DEPOIS QUE ELES MORREM DIZEM QUE NÃO TINHAM TALENNTO. VIVA KURT COBAIN!!!!
Afora mitos e folclores sobre a morte de Cobain é inegável que ele era 1 grande artista e contribuiu muito para a história do rock ! aliás 1 artista que não suportou o peso da própria genialidade....
geralmente é o oposto não? o cara morre e vira gênio (ou santo)
raras vezes (se é que lembro de algum caso) depois da morte desqualificaram algum artista...
ao menos o documentário tem senso crítico como diferencial
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