As versões e as versões de Ana e Simone
Os bastidores do mercado fonográfico continuam agitados com o disse-me-disse em torno da suposta coincidência de Ana Carolina e Simone estarem lançando simultaneamente versões da mesma música do compositor irlandês Damien Rice, The Blower's Daughter. Mesmo sob críticas de alguns leitores deste blog, o colunista previu - em post publicado em 7 de novembro - que a briga ia ser boa. Não deu outra. De lá para cá, houve muito ti-ti-ti entre partidários das duas cantoras, com direito a notas plantadas em colunas de jornais em favor de uma ou de outra.
Vamos aos fatos: as versões são diferentes, mas seus lançamentos simultâneos violam ética em vigor na indústria fonográfica pela qual um cantor deve esperar pelo menos seis meses para gravar música divulgada por outro colega. Em seu favor, Ana carolina tem o fato comprovado de ter gravado sua versão ao vivo, em 15 de agosto, no show na casa paulista Tom Brasil que originou o CD e o DVD Ana & Jorge (capa à direita), divididos com Seu Jorge. Simone não incluiu sua versão no roteiro dos dois shows realizados no Teatro João Caetano, em 10 e 11 de agosto, para a gravação de seu quarto registro de show, Simone ao Vivo (capa acima), nas lojas desde a semana passada. Registrou sua versão em estúdio, possivelmente depois da gravação ao vivo.
Ciente da suposta coincidência, as gravadoras das cantoras agiram rapidamente e em campos paralelos. A Sony & BMG tratou logo de mandar a versão de Ana Carolina - É Isso Aí, feita pela própria cantora - para as rádios. Mas a EMI correu por fora e emplacou a versão de Simone - Então me Diz, com letra assinada por Zélia Duncan - na trilha da novela Belíssima, com a sorte de a música ter sido escolhida para tema do casal de protagonistas vivido pelos atores Glória Pires e Marcello Antony. Resultado: a versão de Ana já tocava bem nas rádios antes da estréia da novela, mas a de Simone tem sido ouvida por milhões de pessoas em primeira mão por conta da exposição maçiça proporcionada por uma das novela das oito.
Vamos às opiniões: nenhuma das duas versões sequer roça o tom sublime do registro original do autor Damien Rice, gravado em 2003 no disco O, mas popularizado no Brasil somente este ano por ser o tema principal do filme Closer. A versão de Simone é mais suave e mais próxima do universo delicado do autor. Mas a de Ana - gravada com Seu Jorge no estilo passional típico da cantora mineira - é mais melódica e intensa. Soa mais visceral e gruda mais no ouvido.
Enfim, os fãs das cantoras já estão armados uns contra os outros. E a imprensa musical vai acirrar a polêmica. Que cada um escolha a sua versão preferida! Pois, como o colunista já tinha previsto, já rola por debaixo dos panos uma briga das boas. Que em nada beneficiará Simone. E tampouco Ana Carolina.
Vamos aos fatos: as versões são diferentes, mas seus lançamentos simultâneos violam ética em vigor na indústria fonográfica pela qual um cantor deve esperar pelo menos seis meses para gravar música divulgada por outro colega. Em seu favor, Ana carolina tem o fato comprovado de ter gravado sua versão ao vivo, em 15 de agosto, no show na casa paulista Tom Brasil que originou o CD e o DVD Ana & Jorge (capa à direita), divididos com Seu Jorge. Simone não incluiu sua versão no roteiro dos dois shows realizados no Teatro João Caetano, em 10 e 11 de agosto, para a gravação de seu quarto registro de show, Simone ao Vivo (capa acima), nas lojas desde a semana passada. Registrou sua versão em estúdio, possivelmente depois da gravação ao vivo.
Ciente da suposta coincidência, as gravadoras das cantoras agiram rapidamente e em campos paralelos. A Sony & BMG tratou logo de mandar a versão de Ana Carolina - É Isso Aí, feita pela própria cantora - para as rádios. Mas a EMI correu por fora e emplacou a versão de Simone - Então me Diz, com letra assinada por Zélia Duncan - na trilha da novela Belíssima, com a sorte de a música ter sido escolhida para tema do casal de protagonistas vivido pelos atores Glória Pires e Marcello Antony. Resultado: a versão de Ana já tocava bem nas rádios antes da estréia da novela, mas a de Simone tem sido ouvida por milhões de pessoas em primeira mão por conta da exposição maçiça proporcionada por uma das novela das oito.
Vamos às opiniões: nenhuma das duas versões sequer roça o tom sublime do registro original do autor Damien Rice, gravado em 2003 no disco O, mas popularizado no Brasil somente este ano por ser o tema principal do filme Closer. A versão de Simone é mais suave e mais próxima do universo delicado do autor. Mas a de Ana - gravada com Seu Jorge no estilo passional típico da cantora mineira - é mais melódica e intensa. Soa mais visceral e gruda mais no ouvido.
Enfim, os fãs das cantoras já estão armados uns contra os outros. E a imprensa musical vai acirrar a polêmica. Que cada um escolha a sua versão preferida! Pois, como o colunista já tinha previsto, já rola por debaixo dos panos uma briga das boas. Que em nada beneficiará Simone. E tampouco Ana Carolina.
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