Marina chega aos 50 em forma?
Marina Lima completa 50 anos em 17 de setembro. É uma data redonda que faz pensar sobre os (des)caminhos de uma cantora e compositora tão importante na década de 80 (e na primeira metade da de 90). Nem um Acústico MTV - espécie de bote salva-vidas para artistas que estão se afogando comercialmente - conseguiu reabilitar Marina no mercado. Precedido por um fraco disco de inéditas, Setembro, o acústico saiu em 2003 sem grande repercussão.Fisicamente, Marina chega aos 50 anos em forma. Parece que tem 40, no máximo. Mas a boa forma, por ora, não se estende à sua música e à sua voz, que nunca voltou a ser a mesma depois da crise de 1996. Seja como for, a cantora preparou de forma independente disco que reúne inéditas como O Mundo e seu Amor, Anna Bella (dedicada à artista plástica Anna Bella Geiger), Valeu e Entre as Coisas. A boa nova é que Marina voltou a compor de forma mais regular com seu mano poeta Antonio Cícero. Tomara que a dupla reedite a inspiração dos anos 80 - que resiste bem ao tempo, como atestou as recentes reedições dos discos da artista na década - e que o novo show de Marina (um espetáculo multimídia dirigido por Monique Gardenberg) seja o prenúncio de uma nova era.
18 COMENTÁRIOS:
Marina tem tudo para voltar a fazer sucesso. Sou seu fã e acho que esse disco vai arrebentar...
Marina é um típico produto dos insuportáveis anos 80.Classifico-a como o Belchior de saia....
Não tem cultura musical nenhuma e ficou travada naquela chatice pós-neo existencialista de balcão de barzinho da zona sul....
Passou e acabou!!!..
discordo totalmente do Ricardo.
Marina é uma camtora maravilhosa, dona de uma voz singular na musica brasileira.
Tenho certeza que a cantora ainda vai voltar ao topo da parada de onde nunca deveria ter saido.
Não sou fã de marina mais sou um grande admirador de sua musica.
CHAMAR MARINA DE INSUPORTÁVEL, E DESCONHECER POR COMPLETO A IMPORTANCIA DESSA CANTORA DE VOZ SINGULAR NO POP BRASILEIRO NÃO SO NA DECADA DE 8O MAIS, PRICIPALMENTE NA DECADA DE 90.
ACHO QUE O RICARDO DEVE GOSTAR DA IVETE SANGALO DO BABADO NOVO OU DESSES GRUPOS CHATOS DE PAGODE QUE FAZEM MUSICA DESCARTÁVEL E DATADA.
A MUSICA DE MARINA, MESMO AS DA DECADA DE 80 PODEM SER TOCADAS HOJE E SEMPRE, E ISSO NÃO É POUCO
NUM PAIS ONDE A DURABILIDADE DE UMA MUSICA É DE NO MAXIMO 6 MESES.
DUVIDO QUE DAQUI A DEZ ANOS ALGUEM VAI SE LEMBRAR DE MUSICAS COMO FESTA NO ÂPÊ, POEIRA, CACHORRINHO OOUTRAS.
JA A OBRA DE MARIAN É ETERNA.
ROSEMBERG
BERGRJ@HOTMAIL.COM
O grande auge de Marina, o anos 80 e começo dos 90 não fazem que sua música posterior seja de menor importância.Algumas músicas são realmente lindas canções pouco conhecidas do grande público.Marina soube como nunca fazer do seu som, único em qualidade e independente da voz, ainda mais rouca, ela saberá adaptar isso as saus novas composições.É realmente indiscutível o talento e sensibilidade dessa que é uma das melhores compositoras do Brasil.
Bem... eu gostei do Acústico MTV da Marina Lima . Já escutaram " A nào ser você " ? com Alvin L. ?
Não fez sucesso ? Quantas cópias venderam ? Vc sabe Mauro ?
Parabéns ao Blog tá bem atualizado !!
Diogo, não sei quando vendeu exatamente o acústico da Marina, mas o disco não foi bem. Já houve de início uma resistência dos lojistas, pois ela vinha de um disco fracassado, o Setembro. Mas acho que o cd poderia ter ido adiante se a gravadora EMI e a cantora tivessem tido mais afinidade e não tivessem desistido do disco logo no começo.
MAURO FERREIRA, ADORO SUA COLUNA, E AGORA ENTÃO PODENDO DAR MINHA OPINIÃO É TUDO QUE EU MAIS QUERIA NESSA VIDA.
VALEU DEMAIS.
GOSTARIA DE SABER QUANTAS COPIAS VENDEU O DVD E O DISCO BRASILEIRINHO, QUE EU CONSIDERO UM DOS SHOWS E DISCOS MAIS BONITOS QUE EU VI NA MINHA VIDA.
MEMSO AINDA TENDO ALGUNS ANOS PELA FRENTE, DIFICILMENTE VOU VER UM SHOW TÃO LINDO.
ROSEMBERG
BERGRJ@HOTMAIL.COM
Existe um grande equívoco quando as pessoas falam da voz de Marina. Parece que ela era uma Maria Bethânia ou uma Gal, mas a importância de Marina nunca esteve exatamente na voz, e sim na artista. Uma compositora com trabalho totalmente pessoal, que podia - sim - falar mais ao povo da Zona Sul (e se nosso amigo Ricardo lá de cima, não se identifica, paciência), mas que desenvolveu um estilo próprio que poucos artistas conseguem. Engraçado que depois da tal crise de 96, ela fez uma obra-prima chamada Pierrot do Brasil, um grande disco de música pop, antecipando a onda eletrônica tão em moda atualmente. Acho uma estupidez falar só da voz, como se ela fosse uma diva. Nem combina com ela essa postura. Parafraseando a própria Marina, que já cantou "procurar Ricardos em Solanges", que tal parar de procurar Bethânias em Marina? Quem quer uma diva, que corra atrás da Ana Carolina...
Susana você disse tudo... Apesar de não concordar sobre ANA CAROLINA, q , pra mim não passa de uma mulher que berra, agressiva e antipática. Mas, de resto é isso aí. Marina sempre esteve a frente do seu tempo, cantou Roberto carlos, qdo não era moda gravar Roberto, injetou batidas eletronicas antes da onda eletronica...enfim, uma grande artista, que não era conhecida como uma grande cantora, mas isso não é a sua praia e sim seu comportamento e atitude.
Parabéns Suzana, você disse tudo muito bem, com exceção da "diva Carolina": ela é simplesmente mais uma cantora - das muitas existentes - que grita, berra muito. Pena estar fazendo escola.
Acho que não fui clara: eu não condsidero a Ana Carolina uma diva, muito menos gosto das canções dela. Concordo que só berra... Mas quem procura em Marina uma "cantora", deve gostar mesmo é desse tipo que vem fazendo escola.
Mauro, Mauro...
Acho que todos já percebemos que o tal bote salva-vidas da MTV não salva mais ninguém há tempos, né? Infelizmente, Marina se deu conta disso tarde demais, pois já tinha feito o disco.
De todo modo, não concordo com você quando vincula a "boa forma" musical da artista ao sucesso de vendas. Já sabemos também - e não é de hoje - que nossos discos preferidos do passado nunca foram os mais bem sucedidos nas lojas.
Marina nunca compôs tão bem quanto hoje (você chegou a ouvir essas novas que citou em seu texto?) e acho que você deveria reouvir - e reavaliar - o álbum "Setembro". Há mais pérolas ali do que você pôde identificar naquele 2001, posso garantir.
Só acho bobagem ficar buscando, na Marina de 2005, a Marina dos anos 80 - essa, nem ela mesma quer mais. Talvez ela não "arrebente" como previu seu outro leitor, talvez não venda os milhões de cópias que você gosta de noticiar sempre em sua coluna. Mas desde quando o ouvinte está esperando isso do artista? Essa preocupação é da indústria e não tem nada a ver com nós, os consumidores. A gente quer é som!
Quanto à voz, Marina nunca foi uma ginasta vocal. Os amantes do "dó de peito" nunca tiveram Marina como ícone, nem nunca consumiram sua música. Quem se identificava com a mensagem era pego - e assim continua sendo. Talvez menos pessoas estejam dispostas a ser pegas hoje em dia. Talvez não.
O que soa ingênuo é ainda vincular um artista de música popular a seu vozeirão. Como se a única ferramenta para tocar as pessoas fosse a elasticidade das cordas vocais. Que bobagem... Bobagem da qual Chico Buarque já foi vítima - mas Nando Reis e Marina Lima ainda são. Ainda bem que o tempo passa.
Mauro Ferreira responde a Marcus Preto: caro colega, entendo tudo o que vc expôs, mas, quando falo de voz, não me refiro a dós de peito. Marina nunca precisou disso.Mas que tem lhe faltado um mínimo necessário para cantar bem, isso lá tem. Basta dizer que, no show de lançamento do acústico, a própria cantora pediu desculpas à platéia do canecão pelos problemas vocais.
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Não acho que ela seja uma boa cantora, mas sem dúvida é uma cantora boa. E bota boa nisso!
Música não é só voz. Música, como bem disse Aldir Blanc, "é como o ar que eu sorvo/se termina eu também morro". Eis o caso de Marina, uma artista completa que sabe articular o canto a àlma, o que pouquíssimos conseguem e acabam caindo na mediocridade, como é o caso de Ana Carolina. Como aqui já foi dito, Pierrot do Brasil é uma obra prima gravada em 1998 e da qual a própria Marina se orgulha muito. Questionada sobre a venda desse álbum, ela mesma retrucou, afirmando que as pessoas não conseguiram sentir a delicadeza embutida nesse disco. Azar dessas pessoas cujo ouvido não se estende ao coração. Marina não é diva e nunca quis ser.
Não há dúvida: Marina ficou com a voz seriamente prejudicada e não canta mais nada. Aliás, fala com uma diccção terrível. Tem músicas maravilhosas e alguns trabalhos fantásticos. Lamento sua crise e torço para que retome o charme e a exuberância de antes.
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