Compositores contra o mensalão: justa indignação com a corrupção ou mero desejo de ganhar espaço no jornal?
A indignação com a onda de corrupção que asfixia o governo de Lula tem motivado artistas a compor músicas contra os políticos, em alusão direta ou indireta ao mensalão. Primeiro, foi Ana Carolina que se juntou a Tom Zé (foto) para criar a primeira e inusitada parceria de ambos, Unimultiplicidade - anunciada à imprensa com pompa e circunstância, com direito a uma apresentação em rede nacional no programa Domingão do Faustão. Depois, a inclusão da inédita Vossas Excelências no MTV ao Vivo dos Titãs gerou repercussão - como se o grupo nunca tivesse feito músicas politizadas. No fim de semana, foi a vez de Gabriel O Pensador, que aproveitou a estréia carioca do show de lançamento de seu sétimo CD, Cavaleiro Andante, para inserir no roteiro a inédita Excelência - mais um protesto contra a situação política do Brasil (em forma de rap, claro).
As críticas ao mensalão e à corrupção são bem-vindas. Afinal, ninguém quer que a atual CPI acabe em pizza. Mas cabe questionar também até que ponto os artistas estão usando sua indignação política de olho em exposição na mídia. Afinal, qualquer música ou mesmo verso que aluda ao bafafá político tem gerado notas imediatas nas colunas - às vezes, até reportagens extensas nos cadernos culturais ou nas páginas de economia. Será que protestar contra a corrupção vai virar mera onda ou jogada de marketing como cultuar os anos 80? Tomara que essa indignação da classe musical seja realmente sincera - a exemplo do que acontecia nos anos 60 e 70, no período negro da ditadura militar - e não fruto do mero desejo de criar factóides.
As críticas ao mensalão e à corrupção são bem-vindas. Afinal, ninguém quer que a atual CPI acabe em pizza. Mas cabe questionar também até que ponto os artistas estão usando sua indignação política de olho em exposição na mídia. Afinal, qualquer música ou mesmo verso que aluda ao bafafá político tem gerado notas imediatas nas colunas - às vezes, até reportagens extensas nos cadernos culturais ou nas páginas de economia. Será que protestar contra a corrupção vai virar mera onda ou jogada de marketing como cultuar os anos 80? Tomara que essa indignação da classe musical seja realmente sincera - a exemplo do que acontecia nos anos 60 e 70, no período negro da ditadura militar - e não fruto do mero desejo de criar factóides.
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