Está lá, na Agência Brasil: "Óculos que emitem sinais para deficientes visuais". A matéria fala sobre um protótipo criado por alunos do ensino médio de uma escola pública de Sobradinho, cidade-satélite do Distrito Federal, ques etá fazendo o maior sucesso na exposição que abre a 3ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.
Os óculos-sonar emitem sinais para deficientes visuais sempre que eles se próximam de obstáculos, evitando trombadas, graças a um sensor que calcula a distância entre a pessoa e o objeto e gera um som cuja intensidade varia de acordo com a proximidade.
O equipamento também pode ser usado por pessoas que tenham ao mesmo tempo deficiência visual e auditiva. Neste caso, o aparelho também vibra.
A intenção dos alunos, segundo o professor Antônio Jacó de Souza, coordenador do projeto, é a de que os óculos funcionem como um complemento da bengala.
A notícia seria por si só interessante. Mas ganha em relevância diante do fato do protótipo ter sido fruto da aplicação de conhecimentos aprendidos no Programa Robótica com Sucata, da escola de Sobradinho.
"O projeto vem estimular talentos e oportunizar carreiras. Pela experiência que tiveram com a atividade de robótica, os estudantes estão mais otimistas, motivados, com mais criatividade", garante o professor Souza."Conseguimos desenvolver algo que é benéfico para a comunidade. É uma forma de mostrar para o aluno que podemos oportunizar carreiras em um ambiente simples".
Os idealizadores dos óculos-sonar já entraram com pedido de patente. A intenção, de acordo com Souza, é que o equipamento se popularize. Segundo ele, os óculos podem ser montados em qualquer oficina, com custo aproximado de R$ 200.