counter statistics Circuito: 09/25/2005

Sábado, Outubro 01, 2005

SBTVD no rumo certo?

Semana passada, durante a audiência pública da Comissão de Educação do Senado, em Brasília, para tratar da TV Digital, o ministro Hélio Costa foi surpreendido pela circulação entre os parlamentares, de uma carta ao Congresso Nacional, à Presidência da República e à sociedade brasileira.

A TV está passando por uma grande transformação. Há grandes investimentos em pesquisas para promover a migração do padrão analógico para o digital. Isso implicará mudanças profundas neste que já se consolidou como o meio de comunicação mais influente das nossas sociedades. Nas poucas reportagens em que aborda o tema, a mídia brasileira trata desta mudança de maneira limitada, como se ela representasse apenas uma melhoria da qualidade da imagem (a chamada alta definição). A mesma imprensa também procura reduzir o tema a uma escolha entre três padrões já existentes: o norte-americano (ATSC), o europeu (DVB) e o japonês (ISDB) ? o que, na realidade, oculta o debate político em torno desta mudança.

A chegada da TV digital é muito mais do que a escolha de um dos padrões já implementados no mundo: é um debate que precisa ser acompanhado de perto pela sociedade brasileira, pois se as decisões tomadas num futuro próximo produzirão forte impacto no modo como assistimos televisão e nas formas de sociabilidade mediadas pelas tecnologias, podem também alterar o cenário de concentração dos meios, contribuir para as políticas de inclusão digital e permitir uma apropriação do público sobre o privado. Portanto, o debate sobre a TV digital deve se tornar efetivamente público imediatamente, sob o risco de todos nós, cidadãos e cidadãs do Brasil, desperdiçarmos uma rara oportunidade de caminharmos rumo à democratização das comunicações e, conseqüentemente, do país.

A falsa polêmica entre importar um padrão e desenvolver um sistema nacional

O debate sobre o desenvolvimento da TV digital no Brasil tem sido reduzido a duas possibilidades extremas: ou se importa o sistema completo (padrão japonês, europeu ou norte-americano), ou se produz tudo localmente. Na verdade, as pesquisas em andamento no país revelam que o sistema brasileiro ideal deveria reunir elementos já ?consagrados? em outros países e outros que precisam ser desenvolvidos nacionalmente. Não há interesse em inventar a roda. Se todos os sistemas usam, por exemplo, um padrão de multiplexação de vídeo (processo de junção de diferentes sinais de vídeo em um só feixe de transporte), não há necessidade de criar algo específico para o país. Por outro lado, mesmo que escolhamos um sistema já existente, será necessário fazer adaptações para a realidade brasileira (por exemplo, quanto à recepção do sinal, dada a nossa topografia específica).

Considerando que um sistema seria uma ?colagem? de diversas tecnologias usadas para diferentes finalidades ? antenas inteligentes, som, modulação e codificação do sinal, set top box (aquela caixinha acoplada que já usamos para a TV paga), softwares, entre outras coisas ? podemos concluir que a questão central neste debate não está entre importar um padrão ou desenvolver um padrão exclusivo brasileiro, mas em encontrar o melhor sistema para o país. As perguntas que devemos fazer são: quais são as vantagens de produzir nacionalmente elementos do sistema de TV digital a ser adotado no Brasil? Por que os empresários do setor defendem a simples adoção de um ?padrão? já existente? Por que o governo hesita diante deste debate? Por que a sociedade não está sendo envolvida neste processo?

Em primeiro lugar, a produção local tem o objetivo de fortalecer a pesquisa brasileira (estimulando nossas universidades e centros de pesquisa e gerando empregos qualificados), diminuir nossa dependência externa de produtos de alta tecnologia e criar uma indústria nacional, iniciativas fundamentais para que o país não perpetue sua dependência tecnológica e industrial em relação aos países desenvolvidos. Em segundo lugar, somente um modelo desenvolvido a partir das realidades do país pode responder ao desafio de ser um instrumento que impulsione nosso desenvolvimento social, cultural, político e econômico. Basta dizer, neste caso, que uma TV digital brasileira pode ser um importante instrumento de inclusão digital, o que não é uma necessidade para um país como os Estados Unidos, cujo padrão prioriza a alta definição ao invés da interatividade. No Brasil, menos de 20% da população usa computador e Internet em casa, mas mais de 90% têm TV. E a TV digital permite que a TV seja interativa. Sendo assim, por que não usar esta TV interativa para fazer inclusão digital? Tal exemplo é um dos que evidenciam a necessidade de desenvolvermos uma tecnologia nacional.

Interatividade a serviço da sociedade

As ?maravilhas? da TV digital apresentadas pela imprensa são novidades vinculadas à criação de serviços comerciais, como venda interativa, jogos, consultas personalizadas (previsão do tempo, resultado de jogos), pay-per-view, etc. Ou seja, novidades que certamente incrementariam os lucros dos detentores das emissoras de televisão.

A TV digital, entretanto, pode cumprir um importante papel na afirmação da cidadania. Com o uso da interatividade, por exemplo, a TV pode disponibilizar nas casas dos brasileiros serviços interativos de educação (que respondem às demandas específicas de cada usuário), de governo eletrônico (declaração de imposto de renda, pagamento de taxas, extrato de fundo de garantia, boletim escolar dos filhos, etc.), uso de correio eletrônico (cada brasileiro com uma conta de e-mail) e, no limite, acesso à toda a Internet.

Outro grande impacto da TV digital que deve ser urgentemente discutido pela sociedade é a possibilidade de inserção de mais canais de TV, a chamada multi-programação. No mesmo espaço onde hoje se transmite um único canal, a TV digital permite a recepção de quatro novas programações (desde que não seja adotada a alta definição). Se levarmos em conta que a TV digital irá ocupar (ao final do período de transição) o espaço que vai do canal 7 do VHF ao 69 do UHF, veremos que se torna perfeitamente possível a ampliação dos emissores de programação e, assim, a ampliação significativa dos produtores de conteúdo televisivo. Assim, além dos operadores privados e estatais, também sindicatos, associações, ONGs, movimentos sociais e emissoras geridas coletivamente poderiam ter seus canais.

Mas o interesse do empresariado de comunicação evidentemente não é discutir a possibilidade de outros sujeitos ocuparem novos canais em um espaço que historicamente foi monopolizado por ele. As associações que o representa possuem um forte lobby junto aos poderes da União (Executivo, Legislativo e Judiciário), que dificulta quaisquer mudanças que apontem para uma maior democratização da radiodifusão. Em relação à TV digital, os empresários têm demonstrado grande resistência em aceitar o desenvolvimento de tecnologia nacional. Primeiro, porque, ao invés de uma política industrial brasileira, eles preferem fazer acordos comerciais com as multinacionais que representam os sistemas já existentes (Sony, Phillips, Nokia, Siemens, Motorola, etc). Segundo, porque preferem usar o potencial da TV digital para a criação de serviços comerciais e não para governo eletrônico ou educação à distância, por exemplo. Terceiro, porque temem que serviços interativos possam atrair para a TV digital as empresas de telecomunicações, que, em geral, são estrangeiras e possuem muito mais recursos financeiros do que as emissoras de televisão do Brasil.

Por fim, as emissoras querem reproduzir com a TV digital o atual cenário de concentração e negar a possibilidade de participação de novos atores neste espaço. A defesa da alta definição, propagandeada para os modelos norte-americano e japonês, mais do que uma estratégia comercial para atrair o consumidor pela melhoria da qualidade da imagem, significa impedir o surgimento de novas programações e, portanto, de novos ?concorrentes?, sejam eles públicos ou privados.

Helio Costa: representante dos interesses privados?

O governo FHC previa a escolha entre os três sistemas existentes. No governo Lula, o debate avançou para a possibilidade de se criar um Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). Ainda em 2003, foi criado um fórum governamental (Grupo Gestor) para definir as políticas da TV digital, assessorado por um Conselho Consultivo com representantes da sociedade civil. Em paralelo, o governo divulgou 22 editais de pesquisa para que consórcios formados por universidades, centros de pesquisa e empresas pudessem desenvolver as peças que, juntas, formariam o SBTVD. Apesar destes avanços que apontavam para o desenvolvimento de tecnologia nacional para um SBTVD, o atual ministro das Comunicações, Helio Costa (PMDB-MG), ignorou todo este acúmulo e anunciou que o desenvolvimento de uma pesquisa nacional era secundário diante da necessidade de se começar logo as transmissões digitais, praticamente descartando quaisquer mudanças no cenário atual.

Mais recentemente, as ações do ministro revelam a nítida intenção de considerar exclusivamente os interesses dos empresários detentores das concessões públicas, fazendo da TV Digital instrumento de ampliação do potencial comercial destas emissoras ? e nada mais. Tal prática pode ser comprovada pelo profundo desrespeito aos processos em andamento, tanto em relação ao Conselho Consultivo quanto em relação aos consórcios de pesquisa: em reuniões realizadas nas últimas semanas, por exemplo, Hélio Costa tem anunciado que já negociou com o Ministério da Fazenda a isenção de impostos para a importação de equipamentos.

Segundo tem declarado publicamente, o ministro defende que os parceiros fundamentais nas decisões sobre o SBTVD são as redes de televisão e, por isso, é delas que devem partir as diretrizes para a digitalização da televisão brasileira. Ou seja, ao invés de defender os interesses do país, Hélio Costa atua como um típico representante de interesses particulares, aproveitando-se do momento político conturbado para cristalizar um modelo que, fosse o debate sobre a digitalização transparente e democrático, seguiria outro rumo. Ainda que não seja o único interessado no tema da TV digital no interior do governo Lula, a opinião do ministro deverá ser considerada nas decisões políticas a serem tomadas em breve pelo governo.

É importante lembrar que, ao todo, foram previstos R$ 80 milhões para o desenvolvimento do SBTVD. Destes, somente R$ 38 milhões foram liberados. Mesmo com poucos recursos, os pesquisadores já demonstraram que a inteligência nacional é perfeitamente capaz de construir um sistema bastante complexo e satisfatório do ponto de vista técnico. Por isso, não é possível tolerar argumentos vindos do próprio governo que defendem que o país não possui condições de desenvolver o SBTVD.

Sociedade civil pela democracia nas comunicações

Diante da postura do titular da pasta das Comunicações, que coloca em xeque o desenvolvimento do Sistema Brasileiro de TV Digital, é preciso reafirmar com convicção que somente um sistema desenvolvido nacionalmente será capaz de dar respostas satisfatórias às necessidades do país. Mais do que desenvolver um sistema, porém, é fundamental que as decisões sobre a TV digital ? que são políticas, não técnicas ? sejam fruto de um amplo debate público, não exclusivo do Executivo federal e dos empresários do setor.

Para que o interesse público prevaleça, a sociedade civil deve, com urgência, se tornar protagonista dos debates que envolvem a TV digital, tanto pela valorização do Comitê Consultivo como pela introdução de mecanismos que possibilitem a participação da sociedade civil nas principais decisões relativas à digitalização da televisão brasileira. Ao mesmo tempo, é preciso garantir transparência nos processos decisórios do governo federal para que os lobbies empresariais não sejam os únicos a exercerem influência sobre aqueles que têm o poder de decidir sobre os rumos do SBTVD. Sem transparência, não há como fazer prevalecer o interesse público.Por isso ? e por acreditar que a TV digital é uma grande chance para que o país caminhe rumo à democratização das comunicações, além de uma oportunidade de elevar para um patamar político o debate sobre o direito humano à comunicação no Brasil ? convocamos toda a sociedade a se engajar na luta para que o país faça uma opção por um sistema de televisão digital nacional, que atenda aos reais interesses da Nação.


Assinam o documento o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Articulação Nacional pelo Direito à Comunicação (CRIS-Brasil), Congresso Brasileiro de Cinema (CBC), Campanha quem financia a Baixaria é Contra a Cidadania e Associação Brasileira de Canais Comunitários (ABCCOM).

Sem proteção

Uma companhia Chinesa acaba de lançar um livro eletrônico semehante ao Librie, da Sony. A maior diferença é que o Modelo V2, da Chinese Hanlin eBook, não usa a proteção autoral DRM (Digital Rights Management). Portanto, não apaga os arquivos PDFs, HTML, Word, ASCII, etc, após seis meses de uso.

Os dois usam a tecnologia de tinta eletrônica e-ink.

Google WiFi, agora oficial

Moradores de São Francisco já podem usar a Internet de graça, através do serviço WiFi da Google, a 300kbps. Propagandas da Google nos jornais de são Francisco anunciam o novo serviço.

Vai atrasar

Confirmado pela Toshiba. A nova geração de DVDs, padrão HD DVD, não deve chegar às prateleiras das lojas americanas antes de março.

Lá nas Terras do Norte...

...a RadioShck se prepara para inciar as vendas de computador do PIC, da AMD. Custará US$ 299 nas lojas dos Estados Unidos.

Na mão...

...o Mozilla Thunderbird 1.0.7, ainda em inglês, somente, mas já nas versões Windows, Linux e Mac OS X. Corrige sérios problemas de segurança da versão anterior.

Depois do Linux, o MacOS 7.5

Isso mesmo. Conseguiram instalar o sistema das maçãs no console PSP. Dá só uma olhadinha...

15 anos e...

... a EFF _ Eletronic Forntier Foundation, dos direitos civis e das liberdades na Internet _ comemora com uma baita baile, digno das mais belas debutantes! A festa é amanhã, em São Francisco. Com direito a bolo 3-D, show dos fundadores John Perry Barlow e John Gilmore, e convite em videoblog.

Encontrada...

...mais uma falha de segurança no Internet Explorer, considerada crítica moderada pela Secunia. Desta vez com o componente para uso de JavaScripts, chamado XmlHttpRequest. Deixa todas as máquinas rodando Windows XP com Service Pack 2 and Internet Explorer 6.0 vulneráveis a ataques.

Confirmado

A Microsoft pretende lançar um SP3 para o Windows XP no início do ano que vem, antes do lançamento oficial do Vista. Mas não revela detalhes do que terá.

Anote aí...

Hoje, deixa de ser atualizado regularmente o blog de Cesar Maia. Na mensagem de despedida, o prefeito do Rio diz que só passará a postar informações sobre fatos importantes e contundentes. Ao mesmo tempo, anuncia a criação, em dias, de um novo blog: o "Rio 40 Graus", que não será de sua resposnabilidade, mas onde atuará como colaborador.

Sexta-feira, Setembro 30, 2005

Vírus mais ativos em setembro

Fonte: Kaspersky Lab

Balanço do mês:
Novos: Nenhum
Retornaram
: NetSky.x, Mytob.y, LovGate.ae, Mytob.x
Subiram: Zafi.d, LovGate.w, NetSky.b, Mytob.q, Mytob.t, Mytob.u, Mytob.r, Mytob.a
Desceram: Mytob.c, Mytob.bk, NetSky.q, NetSky.aa, Mytob.be, NetSky.t, Mytob.bi
Sem mudança:Zafi.b

Fonte: Kaspersky Lab

Também em português...

...o Firefox 1.0.7. Português lusitado, bem entendido?

Casa Brasil - quatro no Rio

O governo divulgou hoje a relação dos projetos pré-aprovados para a Casa Brasil. O Rio tem quatro na lista. São eles:

- PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO - LUCIA DAS CHAGAS E SILVA
- PREFEITURA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO - FABIO HENRIQUE E AZEVEDO GUIMARÃES
- REDE DE INFORMAÇÕES PARA O TERCEIRO SETOR - PAULO HENRIQUE LIMA
- INSTITUTO DE CULTURA AMBIENTAL - SERGIO JOSÉ DE ARAÚJO MACHADO

Quinta-feira, Setembro 29, 2005

Novidades sobre o Computador para todos

O Ministro da Ciência e Tecnologia já assinou uma portaria, com publicação no Diário Oficial da União prevista para até segunda-feira, determinando um processo mais ágil, sem muita burocracia, para homologar máquinas fabricadas/montadas no Brasil enquadradas no program Computador Para Todosa. A idéia é que, através de um formulário, o fabricante submeta as especicações técnicas para o MCT e receba a homologação em 48 horas. E, assim, possam ser vendidas com financiamento definido pelo governo.

As informações são de Sérgio Rosa, diretor do Serpro e um dos coordenadores do programa Computador para Todos. Sérgio detalhou o projeto hoje para os deputados integrantes da Comissão de Ciência e Tecnlogia durante audiência pública em Brasília.

Pau na Anatel

O tempo fechou para Anatel hoje, durante a audiência sobre o Computador para Todos (ex-PC Conectado). Depois de ouvir o detalhamento do projeto do governo, tecer loas a ele e manifestar total apoio, a Comissão de Ciência e Tecnologia pegou no pé da Agência reguladora para saber quando e como a máquina terá acesso Internet a preço acessível para o público alvo (brasileiros de baixa renda).

O representante da Agência bem que tentou enrolar a audiência com o velho plano de um novo serviço no âmbito do STFC com 15 horas de conexão discada a R$ 7,50 incluindo os impostos. Mas apesar do Minicom ter se apressado ontem em espalhar na imprensa especializada que já tem pronto um decreto criando a tarifa especial, pouca gente acredita na resolução deste imbróglio.

No ar...

... a versão final do Skype 1.4 para Windows, com siga-me e outras perfumarias interessantes.

Quarta-feira, Setembro 28, 2005

Agora em português...



...a Google Toolbar. Perdão. Barra de ferramentas da Google. Entre as opções, a busca de amigos no Orkut, selando de vez o maior relacionamento entre os dois produtos.

Na caixa postal...

Mensagem da Agência Nacional de Telecomunicações.

A Anatel esclarece

Em relação às últimas notícias amplamente veiculadas pela imprensa de que ocorre ilegalidade na condução de sua reorganização, a Agência Nacional de Telecomunicações esclarece:
- a reorganização orgânico-funcional da Agência Nacional de Telecomunicações, iniciada em 2001, foi planejada para adequar o perfil da Anatel, como ente regulador, à dinâmica evolutiva do setor de telecomunicações e às expectativas e necessidades de sua cadeia de valores;
- para posicionar a instituição em sintonia com o tempo presente e prepará-la para o tempo futuro das telecomunicações;
- para dotar a instituição de estruturas orgânica e funcional modernas, capazes de propiciar respostas mais rápidas em todas as atribuições da Agência;
- para avançar a Anatel da prática convencional na elaboração de regulamentos para uma ação reguladora resultante da interação com a sociedade por intermédio das universidades brasileiras, parcela da reorganização já em andamento desde maio de 2003 pela parceria Anatel/Universidade de Brasília e prevista para ser estendida a outras universidades brasileiras, conforme a visão estratégica que vem norteando o projeto de novo perfil institucional para a Agência;

O projeto de reorganização está embasado nos seguintes dispositivos legais e regulamentares:

1. segundo a Lei 9.472 - Lei Geral de Telecomunicações (LGT), de 16 de julho de 1997 -, em seu artigo 8º, parágrafo 1º, "A agência terá como órgão máximo o Conselho Diretor, devendo contar, também, com um Conselho Consultivo, uma Procuradoria, uma Corregedoria, uma Biblioteca e uma Ouvidoria, além das unidades especializadas incumbidas de diferentes funções";

2. conforme o Regulamento da Agência, aprovado pelo Decreto 2.338, de 7 de outubro de 1997, em seu artigo segundo, "A Agência organizar-se-á nos termos da Lei 9.472, de 1997, e deste Regulamento, bem como das normas que editar, inclusive de seu Regimento Interno";

3. em seu artigo 48, diz mais o Regulamento: "A presidência disporá de um Gabinete, a ela vinculando-se também a Procuradoria, a Corregedoria, a Assessoria Internacional, a Assessoria de Relações com os Usuários e a Assessoria Parlamentar e de Comunicação Social";

4. ademais, no artigo 61 diz o Regulamento que: "A estrutura da Agência compreenderá, ainda, como órgãos executivos, superintendências, organizadas na forma do regimento interno" (redação dada pelo Decreto 3.873, de 18 de julho de 2001);

5. de se notar, portanto, que nenhum dos dispositivos jurídicos em vigor que trata da estrutura da Anatel foi ferido ou desrespeitado pelo projeto de reorganização em curso na Agência:
- o novo regimento interno da Anatel mantém todos os órgãos vinculados à Presidência da Anatel - conforme disposto no artigo 48 do Regulamento da Agência;
- como concede o artigo 8o, parágrafo 1o da Lei Geral de Telecomunicações, foram criadas, como órgãos ligados ao Conselho Diretor, uma assessoria responsável pela Gestão de Talentos, outra para cuidar de assuntos afetos às Comissões Brasileiras de Comunicações e uma secretaria;
- as atuais seis superintendências foram ampliadas para dez órgãos executivos, em consonância com o artigo 61 do Regulamento da Agência, que atribui essa competência ao órgão máximo administrativo da instituição.

Por fim, cabe-nos esclarecer que o projeto de Reorganização da Anatel, assim como o regimento interno da Agência, estão totalmente adequados aos preceitos da Lei 9.472/97 e do Decreto 2.338/97, não havendo, portanto, qualquer ilegalidade no esforço que, desde 2001, vem sendo desenvolvido de modo transparente e com a participação de todos os servidores para dotar a Agência de um perfil institucional moderno e eficaz.

Brasília, 28 de setembro de 2005

Elifas Chaves Gurgel do Amaral
Presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)

Assim não brinco mais

Meu Orkut anda meio abandonado, confesso. Quase não tenho entrado lá. Mas no último fim de semana a indignação me fez logar e deletar, um por um, cada SPAM postado no meu scrapbook. Eram nove. Do meu ponto de vista, uma quantidade absurda que, pouco depois, descobri ser baixa, perto do volume de posts diários nos scrapbooks de amigos mais ativos por lá.

Minha vontade foi mandar todos os emissores para a cadeia da comunidade. Medida extrema, reconheço. Mas, na minha opinão, a única ao nosso alcance para dar um corretivo na galera. Não é esse o comportamento esperado dos integrantes de um site comunitário. Descobri também que a prisão dos spammers vem sendo a defesa de todos os meus orkutamigos.

Espero, sinceramente, que entre as melhorias do serviço o Orkut crie alguma ferramenta que iniba definitivamente o funcionamento de softwares como o FloodTudo, usado por nove entre 10 spammers no Orkut.

Já viram o laptop de US$ 100 do MIT?

O pesquisador do MIT Nicholas Negroponte apresentou hoje ao mundo o protótipo do PC de US$$100 em desenvolvimento no instituto e que ele sugeriu ao governo brasileiro para acelerar o processo de inclusão digital nas escolas. O micro integra o projeto "Um Lap Top por Criança", do MIT.

A máquina tem a aparência de uma maleta, processador de 500 MHz, 1GB de memória, quatro portas USB, dois tipos de display (um full-color e outro preto-e-branco) e acesso WiFi.



O MIT confirmou o interesse de empresas do porte da Google, AMD, News Corp, Red Hat e BrightStar na empreitada. A intenção é produzir e vender entre 5 to 15 milhões de unidades para testes já em 2006 em países como Brasil (que ainda não definiu como usará às máquinas), China, Tailândia, Egito and África do Sul.

Vai sair a conexão a R$ 7,50

O site Convergência Digital publica hoje que o Ministério das Comunicações já tem um esboço de decreto regulamentando o serviço de acesso para as máquinas do programa Computador para Todos.

Criando uma categoria especial de serviço a ser oferecido pelas teles no âmbito do STFC (telefonia fixa), o decreto será encaminhado ao presidente Lula nos próximos dias, segundo explicou ao bravo Luiz Queiroz o Secretário de Serviços de Telecomunicações, Roberto Pinto Martins.

Já atualizou o seu Office?

Então anote aí. O SP2 do Office 2003 liberado ontem via Microsoft Update, inclui novos recursos anti phishing no Outlook.



Pergunta que não quer calar

A quem interessa o questionamento deputados Vanderlei Assis (PP-SP) e Romel Anizio (PP-MG) sobre o Computador popular, motivo da audiência pública amanhã no Congresso?

Dizem eles que o computador popular "poderia ser importante para promover a inclusão digital, mas poderá acarretar uma significativa perda de arrecadação e a desorganização do setor de informática''.

Ué? Mas não foi justo a isenção fiscal o motivo do aumento da venda de máquinas este ano, alardeada pela Abinee e empresas de pesquisa de mercado?

Deu no Wall Street Journal

Levados pelo medo de perder anunciantes e público para a internet, grandes conglomerados de mídia e entretenimento estão gastando bilhões de dólares numa febre de aquisições e iniciativas agressivas de internet. Vale a pena ler com atenção.

No papel...

Erro na loja virtual pode causar prejuízo à Dell

Erros acontecem. Até mesmo entre aqueles que já acumulam larga experiência. E servem de alerta para todos. Não é diferente com as lojas virtuais. Qualquer errinho pode ser motivo de muita dor-de-cabeça. Que o diga a Dell, pioneira e líder na venda de
computadores pela Internet.

Neste fim de semana, internautas de todo o Brasil fizeram a festa no site da empresa. Motivo? Um computador topo de linha, da família OptiPlex, estava sendo vendido por menos de R$ 2 mil. Preço bem abaixo do menor modelo da família, cotado hoje acima dos R$ 3 mil.

Teve amigo de amigos meus comprando o limite de cinco máquinas permitido pela loja virtual. Teve gente pagando com cartão de crédito e recebendo recibo de compra. Agora estão todos curiosos para saber o que acontecerá, à luz do Código de Defesa do Consumidor.

A Dell confirma o erro no site de vendas. E diz que o departamento jurídico está analisando a questão.

WebTV e Digital
- Correm bem os testes com a TV IP da Telemar, prevista para breve. Os da Brasil Telecom e Telefonica estão igualmente avançados.
- Também vão de vento em popa os testes da TV Digital (SBTVD), realizados em São Paulo com set top box (receptor) nacional e sistema de transmissão estrangeiro.

Doze já no ar
Desde o dia 26, emissoras de rádio de seis capitais, incluindo o Rio, transmitem digitalmente, com maior qualidade de áudio. As AMs como se fossem FM e as FM com qualidade de CD. É um teste. Mas, estranhamente, todas usam o mesmo padrão: o IBOC, americano.

Controle P2P
Vários provedores Internet estão usando programas para limitar a banda consumida por redes P2P. O mais usado é o IPP2P (www.ipp2p.org). Mas o http://l7-filter.sourceforge.net também faz escola.

Fique ligado!
- Micros com o Vista e o selo ViiV, da Intel, usarão como padrão o HD DVD.
- Já Apple, HP e Dell manifestam preferência pelo padrão DVD concorrente, o Blu-ray, da Sony.
- Dizem que o Halo 3 será lançado semana que vem, na feira X05, em Amsterdam. Será hoax?!
- Quer conhecer as novas formas de venda boladas pelo turma do tio Bill, em Redmond? Aponte para www.windowsmarketplacelabs.com. Em inglês!
- Lançados ontem os F-Secure Anti-Virus 2006 e Internet 2006. O último é um filtro bloqueador para sites impróprios. Em www.f-secure.com.
- Quer instalar automaticamente o Internet Explorer no Linux? Leia a dica do site www.tatanka.com.br/ies4linux/index.pt-BR.php.

Ainda melhor

O Google Video agora tem um media player que possibilita ao usuario ver o vídeo direto no browser, sem ter que baixá-lo para o HD.

No ar...

... o Service Pack 2 para o Office 2003. As diferenças estão, proncipalmente, na área de segurança.

7 anos...

E a Google comemora anunciando que triplicou a abragência do seu motor de busca.

Terça-feira, Setembro 27, 2005

Confirmado

Em audiência pública no Senado sobre a implantação da TV Digital o Ministro das Comunicações Hélio Costa confirmou que o Brasil não desenvolverá um padrão de TV Digital. Adaptará um dos sistemas importados (europeu, americano e japonês) para implementar a tecnologia no país. Isto será feito através da set top box e do midware. Trocando em miúdos, o hardware de recepção do sinal e o software que roda nele.

"Quero esclarecer que estamos trabalhando para implantar um sistema brasileiro de TV digital, e não um padrão brasileiro. A diferença é grande".

O padrão digital inclui definições de modulação e freqüência. Atualmente, existem os padrões americano, europeu e japonês - um híbrido dos dois primeiros padrões. O desenvolvimento desses padrões apresentaria um custo altíssimo - algo em torno de U$ 1 bilhão, o que traria um ônus desnecessário para o país, já que os parâmetros internacionais podem ser adequados à realidade brasileira.

Já o sistema brasileiro é um modelo que irá determinar os aplicativos e produtos que irão compor a TV digital. ?A transição não pode ser impositiva. Nós precisamos discutir qual será a participação brasileira na construção de um modelo de negócios para o setor?, explicou o ministro, destacando a participação ativa da sociedade acadêmica e científica na escolha dos componentes do sistema brasileiro.

Para o ministro, o desenvolvimento de um padrão nacional exigiria vários anos de pesquisa e gastos elevados.

Tem mais...

O ministro propõe que o governo baixe a zero a taxa de importação dos equipamentos necessários para as emissoras de TV realizarem a transição do sistema analógico para o digital. Segundo o ministro, as empresas terão gastos elevados com o processo de digitalização. "O investimento global será muito alto. Cada emissora de TV terá que investir não só na operadora, como em todas as suas retransmissoras terrestres".

A TV Digital, segundo ele, terá como características: imagem com alta definição, som digital, interatividade e a possibilidade de conectar a internet pela televisão.

Copa na TV Digital

O ministro das Comuncações, Hélio Costa, garantiu hoje que, se depender dele, o desejo de Lula de ver a copa´de 2006 já na TV Digital será realizado.

O ministro disse hoje no Senado que o sistema digital já estará funcionando nas principais capitais brasileiras, como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, até julho do ano que vem.

O ministro lembrou aoinda que já existe TV digital emitida por satélite por meio dos canais de televisão fechados. O desafio, segundo ele, é a implantação da tv digital terrestre.

Ainda segundo Hélio Costa, atualmente são necessárias concessões de quatro canais para que um seja transmitido. Com a TV digital, haverá a utilização de apenas um canal, que multiplicará por quatro o número de empresas de televisão, aumentando o número de emprego em todos os setores, especialmente para os profissionais de comunicação. (???? Eu não sei o que ele quis dizer com isso, juro!)

De pulso para minuto

Entra no ar amanhã a consulta pública para debate da proposta de alteração da tarifação de Pulso, atualmente em vigor na telefonia fixa, pela medição por tempo de utilização (minuto), como no celular. Essa nova forma de tarifação entra em vigor junto com os novos contratos de concessão, dia 1 de janeiro de 2006.

O texto integral da proposta de "Norma para Alteração da Tarifação do Plano Básico do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC) na modalidade Local" estará disponível para análise dos interessados e envio de contribuições do público no site da Anatel.

Segunda-feira, Setembro 26, 2005

Vem aí...

...o StarOffice 8. A Sun lança a versão final amanhã.

Para agenda...

Se você é um jovem empreendedor interessado em criar conteúdo digitais ou serviços para telefonia celular, ou quer ser um próspero produtor de software, anot aí...

Quinta-feira, dia 29, às 18hs, na sede do SEPRORJ, localizado na Rua Buenos Aires 68, 14º andar, o Secretário de Fazenda do Município do Rio de Janeiro, Dr. Francisco de Almeida e Silva, parlamentares e do Dr. Luiz Cláudio Botelho, tributarista especializado em empresas de informática, debatem sobre as normas reguladoras do ISS aqui na Cidade Maravilhosa. Inscrições gratuitas pelo e-mail comunicacao@seprorj.org.br.

Já na sexta, dia 30, às 14h30, no Hotel Le Meridien, acontece um painel sobre conteúdo para telefonia celular. Estarão na mesa: Gabriel Mendes, gerente da TIM, Fiamma Zarife, responsável pelo desenvolvimento de serviços móveis e fixos para o mercado de varejo da Oi e Diego Felistre, diretor da Claro. O debate, parte da programação do Festival do Rio, promete ser quente. Os produtores nacionais estão preocupados com quem vai ficar a chancela sobre a produção dos conteúdos para celular. A legislação sobre o assunto é incipiente e a demanda crescente. Todos os representantes das empresas de telefonia trarão dados sobre faturamento em downloads de conteúdo audiovisual.

Não disse?

Olha aí o Treo Windows Mobile 5.0! A Verizon espera iniciar os serviços com ele em Janeiro.

Domingo, Setembro 25, 2005

Agora é oficial

A Microsoft e a Palm confirmam o lançamento do Treo 700 (ou Treo Windows). O anúncio oficial deve ser feito amanhã, dia 26 de setembro, com transmissão web a partir das 9h das manhã da Califórnia, 15h no Brasil.

Leitor PDF no PSP

Um programador anônimo criou um leitor PDF para o Sony PSP e publicou o código fonte. PSPPDF não tem lá uma interface muito agardável, mas funciona bem. Agora a comunidade d desenvolvedores domésticos para o PlayStation tarbalha em um visor melhor. Mais detalhes e download no site PSPUpdates.