Agora � real
Est� no ar o Google Checkout, servi�o de pagamentos do Google.
Sites de empresas como Jockey, Starbucks Store, Levi's, Dockers, Buy.com, Timberland e Zales j� aceitam pagamento em modeda Google.
Quer ver como funciona? Clique aqui.
Est� no ar o Google Checkout, servi�o de pagamentos do Google.
Integrantes da Comiss�o de Ci�ncia e Tecnologia, Comunica��o e Inform�tica estudam meios de contestar o decreto presidencial na Justi�a ou de submeter alguns de seus pontos � delibera��o do Congresso Nacional. A Consultoria da C�mara estuda a possibilidade de que a ado��o do decreto presidencial venha a ser referendado pelo Congresso.
O release j� come�a politicamente correto: "Entre um treino e outro...."
A Vivo, maior operadora de telefonia celular do Brasil, anunciou nesta sexta-feira que ir� adotar a plataforma tecnol�gica GSM antes do Natal deste ano, mas vai manter tamb�m suas atuais opera��es na tecnologia CDMA. Segundo o presidente-executivo da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro, a inten��o � migrar ambas as tecnologias para a terceira gera��o.
O membro do Coletivo Intervozes, Gustavo Gindre descreveu a assinatura do decreto que cria o SBTVD-T como um "lament�vel passo atr�s". A organiza��o vai ao Minist�rio P�blico, � Justi�a e ao Tribunal de Contas da Uni�o para anular o decreto.
O Sindicato dos M�sicos do Estado do Rio de Janeiro (SindMusi), juntamente com a Academia Brasileira de M�sica e a Rede Social de M�sica, promove, na pr�xima segunda-feira, dia 3 de julho, a palestra "A Revolu��o do R�dio e TV Digital", com a participa��o de um especialista no assunto: o jornalista e mestre em Comunica��o pela UFRJ, Gustavo Gindre. A entrada � franca.
A a Associa��o Brasileira de Radiodifusores (Abra) divulga nota para apoiar a escolah do padr�o japon�s. A Abra diz que acredita que o governo acertou na escolha do modelo japon�s e que outras inova��es est�o a caminho para o setor de tecnologia da informa��o, a partir dessa iniciativa.
Abra aprova padr�o japon�s
Governo oficializa tv digital brasileira
O presidente Lula acaba de assinar decreto de transi��o que institui a TV Digital no Brasil, com apoio dos radiodifusores. Em solenidade realizada nessa quinta (29/6), no Pal�cio do Planalto, a escolha do padr�o japon�s, o ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting - Terrestrial) foi oficialmente anunciada � sociedade.
Para o presidente da Associa��o Brasileira de Radiodifusores (Abra), Amilcare Dallevo, a escolha foi acertada. "Todos os setores foram envolvidos nessa decis�o. E a partir desse an�ncio vir�o muitas outras inova��es na �rea", aposta Dallevo.
De acordo com o presidente da Abra, com o in�cio das transmiss�es digitais, a TV aberta vai concentrar esfor�os na alta defini��o. Quanto ao receio de que o texto original do decreto de transi��o para o modelo digital trouxesse surpresas para o setor, Amilcare informou que n�o h� motivos para preocupa��o. "Est� dentro do esperado", afirmou.
O ministro das Comunica��es, H�lio Costa, rebateu as cr�ticas sobre a forma como as negocia��es foram conduzidas pelo governo. Costa fez uma retrospectiva do caminho percorrido at� a concretiza��o do acordo com o governo japon�s e contestou os oponentes."N�o se trata de um projeto elitista. Haver� transmiss�o simult�nea anal�gica e digital", adiantou e, tamb�m, deixou claro que o acordo com o governo japon�s prev� incentivos � ind�stria brasileira de tecnologia da informa��o.
O presidente Lula tamb�m rememorou o longo processo de negocia��es, que segundo ele, parecia invi�vel no in�cio de seu governo. Segundo Lula, o projeto contar� com a participa��o da m�o-de-obra brasileira. "O SBTVD � a afirma��o do talento nacional", assegurou.
O ministro das Comunica��es do Jap�o, Heizo Takenaka, garantiu que existe um acordo de coopera��o entre os dois pa�ses em torno da tv digital. No Brasil, o setor tem dez anos para se adequar �s exig�ncias do novo sistema.
Uma barra passou a aparecer hoje em cima da caixa de leitura do Gmail convidando personalizar clipes.
...do beta 2 do Microsoft Office 2007 System foram feitos em todo o mundo, segundo a Microsoft. E o Brasil segue como quinto pa�s com maior volume, registrando aproximadamente 100 mil downloads do sistema, at� o momento.
Na caixa postal, carta da Frente Nacional por um Sistema Democr�tico de R�dio e TV Digital.
Carta aberta � sociedade brasileira
DECIS�O SOBRE A TV DIGITAL:
GOVERNO PR�XIMO DE ERRO HIST�RICO
Em virtude das not�cias veiculadas pela imprensa, que afirmam estar o governo federal pronto para anunciar o padr�o tecnol�gico a ser adotado pelo Brasil, a Frente Nacional por um Sistema Democr�tico de R�dio e TV Digital vem a p�blico expor � sociedade brasileira as seguintes quest�es:
1. Se concretizado, o an�ncio da decis�o a favor da ado��o do padr�o de modula��o japon�s (ISDB), no apagar das luzes do primeiro mandato do presidente Lula e em plena Copa do Mundo, significa a morte do SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital), cuja proposta inicial baseava-se em princ�pios como a democratiza��o das comunica��es, a promo��o da diversidade cultural, a inclus�o social, o desenvolvimento da ci�ncia e ind�stria nacionais (conforme o Decreto Presidencial 4.901) e implicou no investimento de R$ 50 milh�es na forma��o de 22 cons�rcios de universidades brasileiras, envolvendo 1.500 pesquisadores. Ao optar pelo ISDB, o governo despreza o ac�mulo social que sustentou sua elei��o e submete-se de maneira subserviente aos interesses dos principais radiodifusores do pa�s, especialmente aos das Organiza��es Globo. Se levar adiante o an�ncio pelo ISDB, o governo brasileiro, infelizmente ? e � semelhan�a dos anteriores ?, seguir� tratando a comunica��o exclusivamente como uma moeda de troca pol�tica.
2. Apesar dos insistentes apelos para que a decis�o fosse tomada a partir do di�logo com os diversos segmentos da sociedade, o governo mant�m uma postura pouco democr�tica, privilegiando a interlocu��o com os representantes das emissoras comerciais de televis�o e negando-se a abrir espa�o semelhante �s organiza��es sociais. � tal postura soma-se a completa falta de transpar�ncia na condu��o do processo decis�rio que ainda hoje deixa a sociedade brasileira � merc� de boatos de corredor. Chegamos ao c�mulo de nem mesmo ter acesso aos relat�rios produzidos no interior do SBTVD, que ainda n�o foram tornados p�blicos. Reafirmamos a certeza de que s� um processo amplo, transparente e participativo, com consultas e audi�ncias p�blicas, � capaz de garantir que a TV digital seja um instrumento de desenvolvimento democr�tico e inclus�o social.
3. O Executivo ainda n�o apresentou qualquer justificativa plaus�vel que aponte o ISDB, de fato, como a melhor op��o para o Brasil. Este sil�ncio do governo, que abandonou as frustradas tentativas de emplac�-lo por supostas vantagens t�cnicas ou industriais, induz a uma �nica conclus�o: a de que essas justificativas n�o s�o defens�veis publicamente, por atenderem exclusivamente a interesses privados. O pa�s segue sem saber se existem par�metros ? sob o prisma do interesse p�blico ? baseando as decis�es governamentais.
4. N�o � poss�vel que as pesquisas desenvolvidas no SBTVD, realizadas por 79 institui��es de pesquisa, envolvendo mais de mil pesquisadores, seja tratado com tal descaso. A ado��o do ISDB-T descarta logo de in�cio as tr�s alternativas de modula��o aqui desenvolvidas. A anunciada inten��o de que "as pesquisas brasileiras ser�o incorporadas em um segundo momento" oculta o fato de que existe incompatibilidade t�cnica no protocolo de comunica��o da camada de transporte, inviabilizando, de fato, qualquer incorpora��o das inova��es brasileiras em algum ponto do futuro.
5. Ao anunciar a decis�o, o governo perde a oportunidade de promover a necess�ria atualiza��o do marco regulat�rio do campo das comunica��es, para modernizar a legisla��o cuja base data de 1962 e garantir o cumprimento dos princ�pios constitucionais n�oregulamentados, como a veda��o ao monop�lio e a institui��o de um sistema p�blico de comunica��es. Mesmo que centrada na tecnologia, uma decis�o governamental que n�o seja acompanhada de mudan�as m�nimas no marco regulat�rio vai contrariar a legisla��o vigente e certamente ser� questionada na Justi�a. Os fatos consumados gerados a partir do an�ncio da decis�o n�o podem ser tolerados pela sociedade brasileira.
6. A sociedade brasileira perde tamb�m a oportunidade de se tornar um grande produtor mundial de conte�do audiovisual multim�dia, a mercadoria por excel�ncia da Era da Informa��o. Para que pud�ssemos abrir milhares de oportunidades de trabalho nessa �rea, seria necess�rio democratizar o espectro, adotar tecnologias dominadas por nossos t�cnicos, baseadas em software livre, adotar padr�es e mecanismos que possibilitem a cria��o e a reprodu��o desses conte�dos. Nada disso est� sendo considerado.
Diante ao exposto, as organiza��es que assinam esta carta reafirmam a certeza de que a TV digital � uma oportunidade �nica para promover a diversidade cultural, fortalecer a democracia, desenvolver a ci�ncia e tecnologia nacionais e incluir socialmente a imensa maioria da popula��o, ainda desprovida de direitos humanos fundamentais.
Temos a convic��o de que, ao anunciar uma decis�o por uma tecnologia estrangeira, o governo estar� cometendo um erro hist�rico, que n�o poder� ser revertido nas pr�ximas d�cadas.
Bras�lia, 28 de julho de 2006
Frente Nacional por um Sistema Democr�tico de R�dio e TV Digital
Discurso do presidente da Rep�blica, Luiz In�cio Lula da Silva, na cerim�nia de assinatura de decreto sobre implanta��o do Sistema Brasileiro de Televis�o Digital
Meu caro Renan Calheiros, senador e presidente do Senado,
Meu caro Aldo Rebelo, presidente da C�mara dos Deputados,
Minha querida ministra Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil,
Senhor Heizo Takenaka, ministro do Interior e das Comunica��es do Jap�o,
Meus caros ministros Samuel Pinheiro Guimar�es, interino das Rela��es Exteriores; H�lio Costa, das Comunica��es; S�rgio Machado Rezende, de Ci�ncia e Tecnologia; Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior,
Embaixador Takahiko, embaixador do Jap�o no Brasil,
Senador Romero Juc�,
Deputados federais,
Senhor Roberto Franco, presidente da SET, Sociedade Brasileira de Engenharia de Televis�o,
Senhora Elizabeth Carmona, presidente da TVE Brasil,
Senhor Eug�nio Staub,
Professor Marcelo Zuffo,
Professor Luiz Fernando Gomes Soares,
Senhoras e senhores representantes dos radiodifusores privados, das emissoras p�blicas de televis�o, da ind�stria de eletroeletr�nicos e das universidades p�blicas e privadas,
Jornalistas presentes aqui,
Meus amigos e minhas amigas,
Primeiro, um agradecimento �s universidades brasileiras. O que n�s presenciamos hoje, aqui, com o resultado desse trabalho, H�lio, Dilma, S�rgio Rezende, Furlan, � que habitualmente a gente fica dizendo que o que falta para as pessoas s�o oportunidades.
As universidades brasileiras, quando chamadas, a p�blica e a privada, mostraram do que s�o capazes. Portanto, meu reconhecimento, meus parab�ns �s universidades brasileiras. Meus parab�ns aos empres�rios da microeletr�nica, sobretudo aqui na presen�a do Staub, que tem sido um parceiro, pelo discurso de hoje, com a esperan�a renovada, acreditando que agora vai acontecer, definitivamente, e teve uma dedica��o extraordin�ria nesse processo. E todos os empres�rios, sem nenhuma distin��o ? s� n�o vieram aqueles que n�o quiseram ? que quando foram convidados, participaram ativamente.
Quero cumprimentar tamb�m os empres�rios da radiodifus�o no Brasil, porque n�o foram poucas as reuni�es. Voc�s viram que o H�lio terminou dizendo que n�s marcamos um gol. Voc�s est�o lembrados que faz quatro meses que ele colocou a bola na marca do p�nalti, e n�s demoramos para bater o p�nalti porque era preciso construir mais fortemente essa rela��o democr�tica com a sociedade brasileira, para concluir esse projeto que estamos concluindo agora.
Quero agradecer aos diretores da nossa Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es, e quero agradecer, sobretudo, ao companheiro Miro Teixeira, que teve um papel crucial, na verdade foi, no in�cio, o maior entusiasta para que n�s pud�ssemos chegar at� aqui. Depois o ministro Eun�cio Oliveira continuou o trabalho e, realmente, o H�lio Costa p�de concluir.
Queria enaltecer aqui o trabalho da ministra Dilma Rousseff. Eu n�o sei se por ser mulher e ter uma ascend�ncia muito grande sobre os homens, a Dilma, ao trazer para a Presid�ncia da Rep�blica a coordena��o desse processo, eu penso que a Dilma est� virando especialista em TV Digital, porque em todas as reuni�es... eu me lembro que um dia eu estava numa manifesta��o n�o sei onde e vi um cidad�o com uma placa: ?queremos discutir TV Digital.? Eu falei para a Dilma: temos que procur�-lo. N�s temos que encontrar aqueles que n�o est�o no meio de n�s, que querem discutir, porque isso n�o � uma coisa de um governo, isso n�o � uma coisa de um presidente, isso � uma pol�tica de Estado, e se � de Estado, n�s temos que procurar quem na sociedade brasileira queira discutir, porque n�s somos passageiros, mas o sistema ficar� para todo o sempre, at� que apare�a um outro melhor.
Quero agradecer aos ministros que foram para o Jap�o, o H�lio, o Furlan e o Celso Amorim, porque foi uma decis�o pensada, repensada, porque tinha muito trabalho para que n�s n�o f�ssemos ao Jap�o, e n�s resolvemos ir porque entend�amos que o Brasil precisava ter uma ind�stria de semicondutores e precisar�amos procurar parceiros.
Eu acho que a viagem foi exitosa, o resultado disso est� aqui e eu quero cumprimentar o governo japon�s. Recebi uma carta, hoje, do ministro Koizumi e quero cumprimentar o ministro Takenaka por estar aqui neste dia memor�vel para as rela��es Brasil e Jap�o, que n�o � nova mas se fortalece extremamente. Quem sabe, j� com TV Digital instalada na casa de todo mundo, n�s vamos assistir um dia o Jap�o ser campe�o do mundo ou disputar uma final com o Brasil numa Copa do Mundo.
Portanto, eu quero reconhecer, com muito carinho, a dedica��o de todo mundo, foi muita gente envolvida no processo, e se a gente pudesse fazer uma tomografia de todo o processo, a palavra que iria aparecer seria ?democracia tecnol�gica?, porque n�s n�o tivemos preocupa��o de ouvir apenas parceiros, n�s tivemos o compromisso de ouvir todos, sem distin��o, que tinham um palpite ou um conhecimento a dar. Eu acho que n�s produzimos um material e um resultado extraordin�rio, portanto, estamos realizando hoje um ato de grande transcend�ncia, o in�cio da implanta��o do Sistema Brasileiro de Televis�o Digital que nos pr�ximos 10 anos vai revolucionar, n�o apenas a TV brasileira, mas a rela��o da sociedade com a informa��o no seu sentido mais amplo.
A TV Digital n�o � apenas um sistema que melhora a transmiss�o e a capta��o do sinal de TV. Ela �, ao mesmo tempo, uma fabulosa s�ntese tecnol�gica, um poderoso fen�meno econ�mico e um forte avan�o democr�tico. Da maneira que decidimos implant�-la no Brasil, ser� tamb�m um grande vetor de desenvolvimento, gera��o de empregos e amplia��o de renda, com benef�cios para todos os setores da sociedade.
Transformamos a TV Digital em prioridade porque ela est� plenamente afinada com a meta do nosso governo, de conciliar avan�o social com avan�o tecnol�gico. Foi por isso que nos �ltimos tr�s anos come�amos a torn�-la realidade, buscando o padr�o tecnol�gico mais avan�ado e a equa��o pol�tica e financeira que melhor atendesse aos interesses nacionais e melhor protegesse os direitos da popula��o. A decis�o final pelo padr�o japon�s foi tomada de acordo com esses princ�pios, da maneira mais transparente poss�vel, e com a participa��o de amplos setores da sociedade brasileira.
Meus amigos e minhas amigas,
Quando assumimos o governo, encontramos a discuss�o sobre a TV Digital em um beco sem sa�da. Apenas se discutia, de maneira vaga e superficial, qual dos tr�s padr�es existentes no mundo o Brasil deveria adotar. N�o se cogitava a hip�tese de aproveitar essa oportunidade �nica para se fortalecer uma pol�tica industrial e tecnol�gica voltada para a amplia��o de conhecimento, a produ��o de bens inovadores e a transforma��o de novos investimentos.
Mudamos essa realidade porque uma das principais metas do governo sempre foi a
implanta��o de uma nova pol�tica industrial e tecnol�gica, e n�o abrimos m�o de encaminhar o processo de implanta��o da TV Digital de forma participativa, com envolvimento da sociedade, como � normal neste nosso mandato.
Houve, em todo esse per�odo, um di�logo intenso com as emissoras de televis�o, com a ind�stria eletroeletr�nica, com as empresas de telecomunica��es, com a universidade brasileira, com produtores culturais e com o Congresso Nacional. E os pesquisadores brasileiros foram mobilizados de uma forma in�dita, para levar a bom termo a estrutura��o desse projeto de interesse estrat�gico do pa�s.
Era fundamental que isso ocorresse, afinal, a TV Digital vai moldar em boa medida o futuro das comunica��es, da produ��o, difus�o e absor��o de cultura em nosso pa�s. Vai permitir um amplo acesso a servi�os e bens culturais, especialmente para a popula��o mais pobre, que muitas vezes tem na televis�o seu �nico meio de informa��o e divers�o gratuita. Far�, entre outras coisas, com que o televisor deixe de ser um mero receptor de programas para se transformar em uma fonte de acesso a um mundo cheio de possibilidades. N�o est� longe o dia em que as fam�lias poder�o marcar uma consulta m�dica pelo SUS usando a TV; n�o est� t�o longe o dia em que as pessoas tamb�m poder�o ter acesso �s suas contas de Previd�ncia Social pela Internet, via digital; n�o est� longe o dia em que a sala de aula poder� ter uma extens�o dentro da sala de visita de todos os lares brasileiros, de todas as classes de renda.
O contribuinte poder� ter melhor acesso e controle das informa��es e dos servi�os prestados pelo Poder P�blico, bem como de seus impostos e taxas. Com mais informa��o dispon�vel de forma digital e organizada com custos menores, o Estado tamb�m tender� a ser mais eficiente na oferta de servi�os. Mais oportunidades v�o surgir para a juventude em termos de produ��o de cinema, de programas esportivos, educacionais, de novela e outros bens culturais e de lazer.
Trata-se, na verdade, de uma poderosa ferramenta de intera��o do usu�rio com o mundo, do indiv�duo com a sua comunidade e com os centros de forma��o do saber, e do cidad�o com as institui��es que o representam e o protegem. Em suma, � um fato de grande magnitude pol�tica, social e cultural. E tinha que ser tratado com a import�ncia e a responsabilidade necess�rias.
Minhas senhoras e meus senhores,
O Sistema Brasileiro de Televis�o Digital � mais uma prova da capacidade criativa dos brasileiros, da afirma��o da nossa capacidade de escolher e da nossa soberania de decidir, do nosso talento de firmar parcerias e trocas intelectuais saud�veis e vantajosas.
A implanta��o da TV Digital enseja uma oportunidade de desenvolvimento de tecnologias brasileiras que ser�o adotadas no Sistema Brasileiro de Televis�o Digital, em parceria com os nossos irm�os japoneses. Possibilita uma efetiva pol�tica industrial que contemple a associa��o de empresas brasileiras e japonesas. Ela � uma vit�ria de toda a sociedade, mas n�o ocorreria sem o esfor�o individual e a vis�o de algumas pessoas.
Meu primeiro ministro das Comunica��es, Miro Teixeira, teve o m�rito de colocar o problema para a sociedade, de convocar o debate e mostrar que havia, sim, como vencer o ceticismo sobre a capacidade brasileira de trazer avan�o nessa �rea. Prop�s um sistema brasileiro para TV Digital que n�o significasse a compra de um pacote fechado, mas estimulasse a constitui��o de uma rede nacional de pesquisas capaz de produzir o conhecimento necess�rio � op��o estrat�gica do pa�s.
O ministro das Comunica��es, Eun�cio Oliveira, intensificou o debate, formou os cons�rcios e organizou o encaminhamento das a��es. Meu atual ministro, H�lio Costa, deu celeridade aos trabalhos de pesquisa, organizou a aloca��o de 60 milh�es do Fundo Nacional de Telecomunica��es e batalhou incansavelmente pela realiza��o deste projeto grandioso.
Desde o come�o deste ano, tivemos um trabalho not�vel do ministro Furlan e do ministro S�rgio Rezende, bem como dos ministros Gilberto Gil, da Cultura, e Fernando Haddad, da Educa��o.
A ministra Dilma e o chanceler Celso Amorim exerceram a coordena��o dos esfor�os do governo, inclusive nos contatos e reuni�es com autoridades de outros pa�ses, interessados no Sistema Brasileiro de TV Digital.
No final, n�o apenas chegamos a um excelente resultado, como aperfei�oamos um estilo de formular pol�ticas p�blicas para setores altamente estrat�gicos. N�o cedemos a solu��es f�ceis e prontas, mas buscamos caminhos corretos e inovadores que nos fa�am recuperar perdas do passado e nos projetem, com mais dinamismo, para o futuro.
Al�m dos benef�cios que nos trar� no futuro imediato, a pol�tica de implanta��o da TV Digital vai nos permitir tamb�m recuperar uma grave lacuna do passado. No in�cio da d�cada de 90, mais de duas dezenas de f�bricas de componentes semicondutores fecharam as suas portas no Brasil e foram para a �sia. Aqui, ficamos com a montagem de kits importados j� prontos, apenas agregando o custo da m�o-de-obra barata. Nos colocamos fora do mercado global. Isso aconteceu quando a ind�stria de semicondutores tornava-se uma das ind�strias mais decisivas do nosso tempo, pois o chip come�ava a disseminar-se pelo mundo e ia ser um componente imprescind�vel em centenas de produtos de ponta.
O acordo que hoje assinamos com o Jap�o, e que me leva a exaltar a grande vis�o do governo japon�s, representado pelo ministro Heizo Takenaka, aqui presente, nos ajudar� a recuperar esse tempo perdido na ind�stria de semicondutores, e de avan�ar ainda mais na �rea de software em geral.
Isso, atrav�s da elabora��o de um plano estrat�gico para a implanta��o no Brasil da ind�stria de semicondutores e a reestrutura��o da ind�stria de microeletr�nica nacional. De uma coisa tenha certeza, ministro Takenaka: o Brasil ser� um grande e valioso parceiro na constru��o do Sistema Nipo-Brasileiro de TV Digital. Registro aqui, ali�s, que foi seu o m�rito de chamar assim ? Nipo-Brasileiro ?, o sistema de TV Digital que nossos pa�ses decidiram desenvolver juntos.
Na verdade, inauguramos hoje um cap�tulo novo e extremamente promissor no relacionamento bilateral entre Brasil e Jap�o. Estou certo de que inicia-se uma etapa que vai se caracterizar pelo compartilhamento crescente de conhecimentos, sobretudo nas �reas de ponta da ci�ncia e da tecnologia, voltadas para a produ��o de inova��es.
O Sistema Nipo-Brasileiro de TV Digital, bem como a parceria que estamos inaugurando na �rea de microeletr�nica s�o mais uma ponte para a plena inser��o do Brasil na sociedade do conhecimento. N�o vamos apenas absorver o conhecimento e tecnologia japoneses, mas contribuir criativamente para o aperfei�oamento tecnol�gico do Sistema, fazendo com que essa parceria se afirme aqui e al�m das nossas fronteiras.
Estamos, portanto, dando in�cio a um empreendimento conjunto, de longo alcance. Vamos produzir um sistema flex�vel, que dialogue com os demais padr�es de TV Digital existentes no mundo hoje. Nossa inten��o � abri-lo � participa��o de nossos vizinhos do Mercosul e do Continente. Para isso, temos mantido contatos freq�entes com nossos s�cios na regi�o e vamos, de agora em diante, aprofund�-los. Estas � uma �rea onde tal coopera��o � mais que bem-vinda.
V�rias inova��es no Sistema de TV Digital j� foram produzidas por 22 cons�rcios brasileiros, entre 106 universidades e centros de pesquisa, entre elas o Midleware, Ginga, os sistemas corretores de erros e o sistema de compress�o de v�deo H-264. Alguns dos autores dessas inova��es est�o aqui presentes e j� falaram, inclusive. Aproveito para mais uma vez parabeniz�-los pelos resultados j� conseguidos que, tenho certeza, s� v�o fazer com que voc�s se aperfei�oem daqui para a frente.
O Brasil, ali�s, revela hoje uma extraordin�ria capacidade de pesquisa e inova��o tecnol�gica. Est�o a� para comprov�-la, nossas conquistas de vanguarda na produ��o do etanol, na explora��o de �guas profundas, nas ousadas e originais solu��es t�cnicas da Embrapa e, principalmente, na descoberta do H-Bio pela Petrobras, que vai revolucionar a produ��o de combust�vel nas pr�ximas d�cadas.
Queria, por fim, fazer um agradecimento especial � equipe t�cnica que trabalhou intensamente nos �ltimos meses, especialmente Roberto Pinto Martins, secret�rio do Minist�rio das Comunica��es; Augusto C�sar Gadelha, secret�rio do Minist�rio de Ci�ncia e Tecnologia; Jairo Klepacz, secret�rio do Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior; Andr� Barbosa Filho, assessor da ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff; embaixador Antonino Marques Porto, diretor do Departamento de Temas Cient�ficos e Tecnol�gicos do Itamaraty, e Edmundo Machado de Oliveira, da Ag�ncia Brasileira de Desenvolvimento Industrial, assim como outros t�cnicos da Casa Civil e do BNDES.
Meu agradecimento � ainda maior porque voc�s est�o ajudando n�o apenas a implantar um novo sistema mas, tamb�m, a consolidar uma pol�tica de Estado fundamental para o novo modelo de desenvolvimento que estamos construindo no nosso pa�s.
Um modelo que est� possibilitando abrir novos caminhos de futuro que ajudar�o a conciliar, de forma ainda mais vigorosa, uma pol�tica de alto desenvolvimento tecnol�gico com eficiente a��o social. � assim que avan�amos a cada dia, passo a passo, na constru��o do Brasil moderno e justo que tanto n�s precisamos.
Meus parab�ns a todos voc�s, empres�rios, cientistas, pol�ticos aqui presentes. Quero dizer para voc�s que hoje est� consagrado, definitivamente, e que o dia em que n�s acreditarmos na sociedade brasileira, na nossa intelig�ncia, nos nossos empres�rios, nos pol�ticos brasileiros, juntos, a gente poder� construir coisas que at� ent�o pareciam imposs�veis. Eu quero dizer para voc�s que na semana passada eu j� tive um dia de alegria imensa porque levantei um pote de H-Bio, que ser� uma revolu��o na �rea de combust�vel. Hoje n�o me deram nada para levantar, nem eu ganhei nada at� agora, mas eu quero dizer que � um dia memor�vel para mim, para a minha gera��o, para voc�s e, sobretudo, para quem vier depois de n�s.
Meus parab�ns a todos voc�s, muito obrigado e s� poderia dizer: viva o Brasil e viva o Jap�o.
O Decreto de implanta��o do SBTVD assinado hoje por Lula chama a aten��o em alguns detalhes:
Confira a �ntegra do decreto que implanta o Sistema Brasileiro de TV Digital
"Disp�e sobre a implanta��o do SBTVD-T, estabelece diretrizes para a transi��o do sistema de transmiss�o anal�gica para o sistema de transmiss�o digital do servi�o de radiodifus�o de sons e imagens e do servi�o de retransmiss�o de televis�o, e d� outras provid�ncias.
O PRESIDENTE DA REP�BLICA, no uso das atribui��es que lhe confere o art. 84, inciso IV, c/c art. 223 da Constitui��o Federal, e tendo em vista o disposto na Lei n� 4.117, de 27 de agosto de 1962 e na Lei n� 9.472, de 16 de julho de 1997,
DECRETA:
Art. 1� - O presente decreto disp�e sobre a implanta��o do Sistema Brasileiro de Televis�o Digital Terrestre na plataforma de transmiss�o e retransmiss�o de sinais de radiodifus�o de sons e imagens.
Art. 2� - Para os fins deste decreto, entende-se por:
I-SBTVD-T - Sistema Brasileiro de Televis�o Digital Terrestre-conjunto de padr�es tecnol�gicos a serem adotados para transmiss�o e recep��o de sinais digitais terrestres de radiodifus�o de sons e imagens.
II-ISDB-T-Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial-servi�o de radiodifus�o digital terrestre, integrado por padr�es tecnol�gicos internacionais definidos na Uni�o Internacional de Telecomunica��es - UIT.
Art. 3� - As concession�rias e autorizadas do servi�o de radiodifus�o de sons e imagens e as autorizadas e permission�rias do servi�o de retransmiss�o de sons e imagens adotar�o o Sistema Brasileiro de Televis�o Digital Terrestre-SBTVD-T, nos termos deste decreto.
Art. 4� - O acesso ao SBTVD-T ser� assegurado, ao p�blico em geral, de forma livre e gratuita, a fim de garantir o adequado cumprimento das condi��es de explora��o objeto das outorgas.
Art. 5� - O SBTVD-T adotar�, como base, o padr�o de sinais do ISDB-T, incorporando as inova��es tecnol�gicas aprovadas pelo Comit� de Desenvolvimento de que trata o Decreto n� 4.901, de 2003.
� 1� - O Comit� de Desenvolvimento fixar� as diretrizes para elabora��o das especifica��es t�cnicas a serem adotadas no SBTVD-T, inclusive para reconhecimento dos organismos internacionais competentes.
� 2�-O Comit� de Desenvolvimento promover� a cria��o de um F�rum do SBTVD-T para assessor�-lo acerca de pol�ticas e assuntos t�cnicos referentes � aprova��o de inova��es tecnol�gicas, especifica��es, desenvolvimento e implanta��o do SBTVD-T.
� 3�-O F�rum do SBTVD-T dever� ser composto, entre outros, por representantes do setor de radiodifus�o, do setor industrial e da comunidade cient�fica e tecnol�gica.
Art. 6� - O SBTVD-T possibilitar�:
I-transmiss�o digital em alta defini��o (HDTV) e em defini��o padr�o (SDTV);
II-transmiss�o digital simult�nea para recep��o fixa, m�vel e port�til, e;
III-interatividade.
Art. 7� - Ser� consignado, �s concession�rias e autorizadas de servi�o de radiodifus�o de sons e imagens, para cada canal outorgado, canal de radiofreq��ncia com largura de banda de seis megahertz, a fim de permitir a transi��o para a tecnologia digital sem interrup��o da transmiss�o de sinais anal�gicos.
� 1� - O canal referido no caput somente ser� consignado �s concession�rias e autorizadas cuja explora��o do servi�o esteja em regularidade com a outorga, observado o estabelecido no Plano B�sico de Distribui��o de Canais de Televis�o Digital-PBTVD.
� 2� - A consigna��o de canais para as autorizadas e permission�rias do servi�o de retransmiss�o de televis�o obedecer� aos mesmos crit�rios referidos no � 1� e, ainda, �s condi��es estabelecidas em norma e cronograma espec�ficos.
Art. 8� - O Minist�rio das Comunica��es estabelecer�, no prazo m�ximo de sessenta dias a partir da publica��o deste Decreto, cronograma para a consigna��o dos canais de transmiss�o digital.
Par�grafo �nico-O cronograma a que se refere o caput observar� o limite de at� sete anos e respeitar� a seguinte ordem:
I-Esta��es geradoras de televis�o nas Capitais dos Estados e no Distrito Federal;
II-Esta��es geradoras nos demais Munic�pios;
III - Servi�os de retransmiss�o de televis�o nas Capitais dos Estados e no Distrito Federal, e;
IV - Servi�os de retransmiss�o de televis�o nos demais Munic�pios.
Art. 9� - A consigna��o de canais de que trata o art. 7� ser� disciplinada por instrumento contratual celebrado entre o Minist�rio das Comunica��es e as outorgadas, com cl�usulas que estabele�am ao menos:
I-prazo para utiliza��o plena do canal previsto no caput, sob pena da revoga��o da consigna��o prevista;
II-condi��es t�cnicas m�nimas para a utiliza��o do canal consignado.
� 1� - O Minist�rio das Comunica��es firmar�, nos prazos fixados no cronograma referido no art. 8�, os respectivos instrumentos contratuais.
� 2� - Celebrado o instrumento contratual a que se refere o caput, a outorgada dever� apresentar ao Minist�rio das Comunica��es, em prazo n�o superior a seis meses, projeto de instala��o da esta��o transmissora.
� 3� - A outorgada dever� iniciar a transmiss�o digital em prazo n�o superior a dezoito meses, contados a partir da aprova��o do projeto, sob pena de revoga��o da consigna��o prevista no art. 7�.
Art. 10-O per�odo de transi��o do sistema de transmiss�o anal�gica para o SBTVD-T ser� de dez anos, contados a partir da publica��o deste Decreto.
� 1� - A transmiss�o digital de sons e imagens incluir�, durante o per�odo de transi��o, a veicula��o simult�nea da programa��o em tecnologia anal�gica.
� 2� - Os canais utilizados para transmiss�o anal�gica ser�o devolvidos � Uni�o ap�s o prazo de transi��o previsto no caput.
Art. 11 - A partir de 1� de julho de 2013, o Minist�rio das Comunica��es somente outorgar� a explora��o do servi�o de radiodifus�o de sons e imagens para a transmiss�o em tecnologia digital.
Art. 12 - O Minist�rio das Comunica��es dever� consignar, nos munic�pios contemplados no PBTVD e nos limites nele estabelecidos, pelo menos quatro canais digitais de radiofreq��ncia com largura de banda de seis megahertz cada para a explora��o direta pela Uni�o Federal.
Art. 13-A Uni�o poder� explorar o servi�o de radiodifus�o de sons e imagens em tecnologia digital, observadas as normas de opera��o compartilhada a serem fixadas pelo Minist�rio das Comunica��es, dentre outros, para transmiss�o de:
I-Canal do Poder Executivo: para transmiss�o de atos, trabalhos, projetos, sess�es e eventos do Poder Executivo;
II - Canal de Educa��o: para transmiss�o destinada ao desenvolvimento e aprimoramento, entre outros, do ensino � dist�ncia de alunos e capacita��o de professores;
III-Canal de Cultura: para transmiss�o destinada a produ��es culturais e programas regionais;
IV-Canal de Cidadania: para transmiss�o de programa��es das comunidades locais, bem como para divulga��o de atos, trabalhos, projetos, sess�es e eventos dos poderes p�blicos federal, estadual e municipal.
� 1�. O Minist�rio das Comunica��es estimular� a celebra��o de conv�nios necess�rios � viabiliza��o das programa��es do canal de cidadania previsto no inciso IV.
� 2�. O Canal de Cidadania poder� oferecer aplica��es de servi�os p�blicos de governo eletr�nico no �mbito federal, estadual e municipal.
Art. 14 - O Minist�rio das Comunica��es expedir� normas complementares necess�rias � execu��o e operacionaliza��o do SBTVD-T previsto neste Decreto e no Decreto n� 4.901, 26 de novembro de 2003.
Art. 15 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publica��o.
Bras�lia, de de 2006; 185� da Independ�ncia e 118� da Rep�blica.
"N�o se trata de um an�ncio publicit�rio e n�o estamos comercializando propaganda no Orkut", afirma um comunicado divulgado hoje pelo Google sobre o banner de divulga��o do Joga.com no Orkut.
Na Ag�ncia C�mara:
Bras�lia ? A decis�o do governo federal de escolher o padr�o japon�s de televis�o digital prejudicar� o desenvolvimento tecnol�gico e cient�fico do Brasil, avalia o coordenador geral do Instituto de Estudos e Projetos em Comunica��o e Cultura (Indecs), Gustavo Gindre. "S�o empregos qualificados que a gente perde", diz. "Na verdade, vamos gerar emprego em T�quio e n�o no Brasil, porque vamos ser apenas consumidores de tecnologia importada e n�o produtores de tecnologia".
O decreto presidencial que estabelece as regras para a implanta��o do Sistema Brasileiro de Televis�o Digital (SBTVD), cuja cerim�nia de assinatura ocorre neste momento no Pal�cio do Planalto, prev� o uso das inova��es tecnol�gicas nacionais. A pesquisadora da Faculdade de Engenharia El�trica da Pontif�cia Universidade Cat�lica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) Cristina de Castro avalia que as pesquisas financiadas pelo governo no ano passado sobre TV digital estimularam a produ��o cient�fica nacional nessa �rea.
Agora, para a pesquisadora, com a escolha do sistema japon�s, ser� preciso um trabalho para garantir a incorpora��o das inova��es tecnol�gicas brasileiras. "Conhecemos a complexidade do sistema e sabemos o que � propor alguma sugest�o para um sistema j� reconhecido. N�o vai ser um trabalho f�cil, mas estamos prontos para trabalhar nesse contexto".
Cristina de Castro defende que, do ponto de vista t�cnico, o governo deveria ter optado por desenvolver um modelo nacional de TV digital. "O nosso sistema foi desenvolvido para atender aqueles requisitos que o pr�prio governo solicitou", disse. O decreto de cria��o do SBTVD estabelece que o sistema escolhido precisa, por exemplo, promover a inclus�o digital, o desenvolvimento da tecnologia e ci�ncia nacionais e a democratiza��o da comunica��o atrav�s da possibilidade da exist�ncia de novos canais.
A pesquisadora reconhece, no entanto, que a decis�o do governo n�o pode ser apenas t�cnica e que quest�es como a pol�tica industrial e comercial tamb�m precisam ser levadas em considera��o. "Parece que o governo achou uma solu��o de meio-termo. Segundo a �tica do governo, [o sistema japon�s] � melhor para o desenvolvimento do pa�s no contexto industrial, talvez por agregar mais r�pido as ind�strias em torno de um sistema j� existente, ao mesmo tempo em que garante a incorpora��o da tecnologia nacional".
J� Gustavo Gindre, que tamb�m � integrante do Intervozes (Coletivo Brasil de Comunica��o Social), diz que o est�mulo � ind�stria nacional seria maior com um padr�o brasileiro. "Adotando tecnologia brasileira ir�amos ter condi��es de nos inserirmos melhor na globaliza��o, porque quem se insere melhor � quem tem algo pra vender - e ter�amos tecnologia para vender", argumenta.
Durante seu discurso na cerim�nia de assinatura do decreto de cria��o do SBTVD, o presidente Lula fez quest�o de ressaltar que o governo ouviu todas as opini�es, "todos os palpites" a respeito do tema. "Houve em todo este per�odo um di�logo intenso", disse Lula. "Demoramos porque era preciso refor�ar a quest�o democr�tica neste assunto", diz o presidente. "S� n�o vieram os que n�o quiseram", diz Lula ao afirmar que todos os empres�rios foram convidados para participar da discuss�o da televis�o digital.
A cerim�nia de assinatura do decreto sobre o SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital), em Bras�lia, deixou claro que a escolha do modelo japon�s atendeu n�o s� os interesses dos radiodifusores privados (leia-se as grandes cadeias de TV), mas tamb�m os interesses de um pequeno grupo de empres�rios e acad�micos paulistas, representados pelo dono da Gradiente, Eug�nio Staub, e os interesses do pr�prio governo, atrav�s do fortalecimento das TVs estatais, ao reservar quatro canais para TVs p�blicas.
Do ponto de vista puramente tecnol�gico, o padr�o japon�s e o padr�o europeu de TV Digital s�o equivalentes. Como o japon�s � mais recente, leva alguma vantagem no quesito mobilidade (transmiss�o em alta resolu��o para dispositivos m�veis). Uma delas, que agrada muito �s emissoras de TV, � o fato de poder usar a mesma antena de transmiss�o de radiodifus�o para chegar a aparelhos como PDAs e celulares de �ltima gera��o.
An�ncio publicado pela coliz�o DVB Brasil, nos principais jornais do pa�s, afirma que a decis�o pelo padr�o japon�s de TV Digital "� um cheque em branco para a pr�tica de pre�os altos".
Segundo o bravo Luiz Queiroz, l� no Converg�ncia Digital, a Comiss�o de Ci�ncia e Tecnologia dever� analisar o conte�do do decreto da TV Digital � luz do artigo 49 da Constitui��o, que em seu inciso primeiro assegura ao Congresso Nacional,"resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrim�nio nacional".
A �ntegra de todos os pronunciamentos feitos pelos senadores em Plen�rio passar� a estar dispon�vel na p�gina do Senado na Internet a partir de amanh�, dia 30 de junho. Os taqu�grafos que acompanham as sess�es plen�rias liberar�o os discursos, � medida que eles forem acontecendo. Palavra do presidente da casa, Renan Calheiros, para quem o objetivo do novo sistema � disponibilizar � sociedade uma maneira ainda mais �gil de acompanhar tudo o que acontece no Senado.
"A legisla��o brasileira na �rea de comunica��o � um emaranhado t�o grande que � como se n�o houvesse lei alguma", disse hoje o coordenador-geral do Instituto de Estudos e Projetos em Comunica��o e Cultura (Indecs) e integrante da coordena��o do Coletivo Intervozes, Gustavo Gindre, durante o painel "M�dia democr�tica, informa��o p�blica e participa��o do cidad�o na formula��o de pol�ticas" do Semin�rio Nacional Cidadania, M�dia e Pol�tica, promovido nesta quarta-feira pela Comiss�o de Legisla��o Participativa da C�mara dos Deputados.
...um ind�cio de que os japoneses venceram a batalha da TV digital, mas n�o conveceram.
O SBTVD: O BRASIL MERECE O MELHOR!
"Os brasileiros merecem o melhor sistema de televis�o, baseado no melhor e no mais moderno sistema existente, arquitetado por brasileiros."
A chegada da TV digital trar� benef�cios imediatos aos telespectadores, que poder�o usufruir da imagem e do som com qualidade de DVD, sem fantasmas e chiados a partir da primeira transmiss�o digital. Al�m disso, a experi�ncia in�dita da ?alta defini��o? nos trar� uma nova percep��o audiovisual em casa e nos ve�culos, bem como a possibilidade de portar os televisores em nossos bolsos para, literalmente, assistirmos televis�o a qualquer momento em qualquer lugar. Ser� uma nova Era da Televis�o.
A ind�stria, o com�rcio e os servi�os desta nova radiodifus�o n�o s� preservar�o, mas possibilitar�o o surgimento de novos postos de trabalho na produ��o de transmissores e receptores, de hardware e software, sem mencionar o que dever� impactar em �reas como a produ��o de conte�do.
Os empres�rios focam na oferta do melhor para o consumidor, e a cada evolu��o tecnol�gica surgem produtos de melhor qualidade. O SBTVD baseado no ISDB-T ser� o aprimoramento do mais recente sistema de televis�o dispon�vel comercialmente no mercado mundial. Os consumidores brasileiros merecem o melhor sistema de televis�o e a proposta do SBTVD baseado no ISDB-T � unir o mais moderno sistema existente com as inova��es e adapta��es arquitetadas por especialistas brasileiros. Os japoneses tomaram conhecimento e reconheceram os excelentes trabalhos dos pesquisadores brasileiros, e assumiram a integra��o e harmoniza��o das inova��es brasileiras, formalizando o compromisso de constru��o do sistema nipo-brasileiro atrav�s do ?memorando de entendimento? firmado em 13 de Abril �ltimo entre os governos. A seguir abordamos alguns aspectos que consideramos relevantes.
Trata-se de uma decis�o de longo prazo
A defini��o tecnol�gica de um sistema de televis�o dever� ter plenas condi��es de atender as necessidades das sociedades ao longo de d�cadas. A sua avalia��o dever� ser severa e criteriosa, assim como foram os testes brasileiros realizados no pa�s desde 1999. A decis�o dever� atender � realidade atual e as poss�veis necessidades futuras, sob pena de ocasionarem incalcul�veis preju�zos com corre��es e adapta��es posteriores para a adequa��o do sistema. Cientes disso, o Jap�o desenvolveu um sistema robusto e flex�vel que n�o s� atende as demandas atuais, mas est� capacitado para suportar a evolu��o da sociedade. E � esta plataforma tecnol�gica flex�vel e robusta, com a garantia e seguran�a das evolu��es futuras, que o ISDB-T oferece para a sociedade brasileira.
A economia da robustez
A robustez da modula��o BST-COFDM do ISDB-T permite plena recep��o de televis�o apenas com a antena interna - a realidade de mais de 60% dos brasileiros - e traz uma economia real para o telespectador. De que adiantaria o receptor de televis�o ser R$10 mais barato, se o consumidor tiver de despender de R$150 a R$ 200 para a compra e instala��o de uma antena externa que garantir� a recep��o do sinal? E se a imagem e o som do televisor desaparecerem quando ligarmos o liquidificador? Teremos de escolher entre bater um suco ou assistirmos � televis�o? Isto seria sim, o barato que sai caro!
O mito do pre�o alto
O Jap�o comercializa tanto produtos de alto valor agregado quanto equipamentos com valores reduzidos e consequentemente mais simples. O SBTVD ser� baseado no ISDB-T, mas n�o significa a transfer�ncia de produtos japoneses de prateleira. O Brasil ter� sua linha de televisores e terminais de acesso que atenda �s necessidades, �s exig�ncias e ao poder aquisitivo dos consumidores brasileiros. O sistema ISDB-T permitir� que o consumidor tenha � sua disposi��o os receptores simples, mas tamb�m os de �ltima gera��o, para atender a diversidade dos consumidores brasileiros. O receptor do SBTVD, baseado no sistema ISDB-T, de custo acess�vel n�o � um mito, mas uma realidade. J� existem receptores de baixo custo desenvolvidos e constru�dos pelo cons�rcio USP-LSI, UFPB e Universidade Mackenzie em conjunto com uma ind�stria nacional de receptores de sat�lite. Este receptor compartilha 90% dos componentes com o receptor de sat�lite digital do padr�o europeu DVB-S.
As oportunidades de exporta��o para o Brasil
Se 90% dos componentes do receptor s�o compat�veis entre os sistemas, n�o h� que se falar em restri��o �s exporta��es, pois bastar� substituir o componente espec�fico do sistema de modula��o. A partir do receptor SBTVD � poss�vel a produ��o de receptores ISDB-T, ISDB-S, DVB-T, DVB-S, DVB-C, ATSC com a substitui��o do componente espec�fico de cada um dos sistemas (o ?chip? de demodula��o), ou seja, literalmente qualquer sistema. Assim, a exporta��o dos produtos seria uma quest�o de aquisi��o de competitividade frente � fabrica��o na China e no Leste Europeu, que hoje suprem os grandes mercados. Mas a grande oportunidade dever� estar na Am�rica do Sul, onde o Brasil poder� liderar a escolha do sistema de televis�o e tamb�m fabricar e suprir estes pa�ses.
A oportunidade real de proje��o internacional
No SBTVD, as inova��es brasileiras dever�o estar harmonizadas no sistema ISDB-T, e estas, encaminhadas ao ITU, garantindo o alinhamento do SBTVD com as resolu��es internacionais, bem como a inser��o e proje��o internacional das pesquisas e inova��es brasileiras.
Existem outros aspectos, que n�o s�o poucos, que conferem ao SBTVD, baseado no ISDB-T, absoluta e insuper�vel superioridade t�cnica e comercial. Os brasileiros merecem o melhor e estamos confiantes que a melhor escolha ser� feita.
Yasutoshi Miyoshi, representante do sistema ISDB-T no Brasil
Acaba de pintar na caixa postal a seguinte mensagem:
Cristina, bom dia.
Como gerente de conteudo digital, sobre a materia que menciona o uso de
Linux na Copa do Mundo, publicada na seguinte URL:
http://odia.terra.com.br/tecnologia/htm/geral_42472.asp
Gostaria de propor uma errata. De fato a tecnologia usada na
infra-estrutura da copa do mundo da FIFA roda toda em FreeBSD e nao em
Linux. Ambos sao Software Livre, mas sao sistemas distintos. O Linux
adota alguma tecnologia de sistemas BSD mas em essencia sao sistemas
totalmente diferentes.
Veja essa materia publicada pelo Grupo Brasileiro de Usuarios FreeBSD:
http://www.fug.com.br/content/view/64/54/
Este artigo aborda com profundidade tecnica os detalhes do uso de
FreeBSD (e nao Linux) na Copa do mundo, especialmente porque o Yahoo! o
principal parceiro da TI da FIFA, e o principal formentador tambem do
FreeBSD.
Sendo assim a materia comete este equivoco de generalizar e chamar
FreeBSD de Linux.
Certo de sua atencao, agradeco.
Patrick
Publiquei hoje a not�cia do programa feito pelo hacker franc�s para remover a Windows Genuine Advantage porque vi a ferramenta da Microsoft teimar em notificar (1) uma c�pia leg�tima de software Microsoft licenciado para uma rede de uma pequena empresa; (2) e um freware da minha m�quina como piratas. O Freeware foi f�cil descobrir. Como havia acabado de instalar, foi desinstalar e ver a notifica��o de c�pia pirata sumir.
A Intel lan�ou hoje, sem muito alarde, dois modelos do 'Yonah': o Core Duo T2700, de 2.33GHz e o Core Duo U2500, de baix�ssim voltagem, 1.2 GHz,2 MB de cache e front-side bus de 533 MHz.
A Intel fechou acordo para vender � rival Marvell, por US$ 600 milh�es, sua divis�o de chips para celulares.
J� viram? Come�ou ainda agorinha. Voc� entra no seu Orkut e d� de cara com uma propaganda do Joga.com Companion, plugin do Joga.com para o Firefox, embaixo do seu perfi. pergunta que n�o quer calar: ser� uma espa�o ocupado para promo��o de parceiros, como � o caso da comunidade da Nike? Ou o Orkut come�ar� a carregar publicidade ali?
A RealNetworks anunciou ontem que come�ar� a inserir v�deo de an�ncios dentro dos jogos ocasionais, um mercado onde as consumidoras mulheres, entre 30 e 55 anos, predominam. Integram a categoria de jogs ocasionais os passa-tempos, as palavras cruzadas, o Solitaire, o Mah-jongg-jongg, entre outros.
A vers�o 9 do Flash Player para Windows e Macintosh est� dispon�vel para download gratuito.
Ter como � fundamental
A reportagem de leitura labial do Fant�stico, criticada por Parreira, foi parar no tubo virtual. Clique aqui para ver.
� o nome do novo "portal colaborativo" da Microsoft, para uso dos inscritos no Microsoft Shared Source e outros projeto de c�digo aberto. � isso mesmo. O lan�amento do portal foi feito hoje, em Londres, durante a Open Source Business Conference.
...que a Intel lan�a Woodcrest, chip para servidores que segundo a empresa � duas vezes mais r�pido e consome 40% menos energia que seus antecessores.
J� h� at� quem diga que o atual sonho da empresa � ver seus softwares rotando em todo e qualquer telefone (celular ou n�o), incluindo recursos para videoconfere�ncia.
Segundo pesquisas feitas no hospital Fatebenefratelli, de Mil�o, e publicada nos Anais da neurologia, a emiss�o das baterias excitam o cortex, mas ainda n�o � poss�vel afirmar que prejudicam a sa�de.
O �ltimo dia do iCommons iSummit 2006, realizado este fim de semana, no Rio, terminou com a vota��o de a��es a serem realizadas nos pr�ximos meses. N�mero um: trabalhar para a substitui��o gradativa do DRM pelo CC (Creative Commons). N�mero dois: defender o acesso aberto para conte�dos educativos.
Guarde o nome. Descreve um kit de softwares livres para produ��o de �udio e v�deo, criado pela Tactical Tech, em colabora��o com a EngageMedia.