counter statistics Circuito: 06/25/2006

Sexta-feira, Junho 30, 2006

Agora é real

Está no ar o Google Checkout, serviço de pagamentos do Google.

Sites de empresas como Jockey, Starbucks Store, Levi's, Dockers, Buy.com, Timberland e Zales já aceitam pagamento em modeda Google.

Quer ver como funciona? Clique aqui.

Na mão...

... a versão 2.0.3 do OpenOffice.org.

TV Digital - Guerra judicial II

Integrantes da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática estudam meios de contestar o decreto presidencial na Justiça ou de submeter alguns de seus pontos à deliberação do Congresso Nacional. A Consultoria da Câmara estuda a possibilidade de que a adoção do decreto presidencial venha a ser referendado pelo Congresso.

Como trata-se do padrão da TV digital do Brasil para os próximos anos, que vai mexer profundamente com o setor de comunicação, a Câmara questiona se é só o Executivo que tem competência para tratar desse tema.

Há a possibilidade de que o decreto presidencial seja contestado por meio de um decreto legislativo caso fique comprovado que o presidente da República "extrapolou sua competência legislativa".

Jogadores brasileiros testam jogo da Atari

O release já começa politicamente correto: "Entre um treino e outro...."

O fato é que, para uma seleção que treina pouco, e não joga bem na Copa da Alemanha, chega até a pegar mal dizer que os jogadores tiveram tempo para serem os primeiros a testar um game da Atari.

É isso aí. Nossos jogadores se divertem jogando ping-pong, participando de torneios de videogame e, de quebra, jogando Test Drive Unlimited. A Atari e o Hotel Kempinski Falkenstein, onde a seleção ficou hospedada em Konigstein, fizeram um lounge de games para os jogadores relaxarem em as suas horas de descanso.

Os jogadores testarem a versão MOOR (Massively Open Online Racing Game) de Test Drive Unlimited. A Microsoft cedeu 5 Xbox 360 para a Atari fazer essa ação com a seleção brasileira.

O game só deverá chegar ao Brasil em setembro, apenas para PC. É ambientado em uma ilha paradisíaca de Oahu, no Havaí, que foi modelada inteiramente por meio de fotos de satélite e rastreamento por GPS, para garantir que cada pista e cada montanha esteja em seu devido lugar no jogo, como na vida real. É possível andar pela cidade virtual de Oahu, e procurar jogadores para tirar uma corrida. São mais de 125 opções de veículos, entre carros e motos, licenciados dos fabricantes reais, como Lamborghini, Aston Martin, Ducati, Mercedes, Saleen, Shelby, Jaguar, Ford e outras.

Vivo decide adotar tecnologia GSM. Será o fim do CDMA, a médio prazo?

A Vivo, maior operadora de telefonia celular do Brasil, anunciou nesta sexta-feira que irá adotar a plataforma tecnológica GSM antes do Natal deste ano, mas vai manter também suas atuais operações na tecnologia CDMA. Segundo o presidente-executivo da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro, a intenção é migrar ambas as tecnologias para a terceira geração.

TV Digital - Guerra judicial

O membro do Coletivo Intervozes, Gustavo Gindre descreveu a assinatura do decreto que cria o SBTVD-T como um "lamentável passo atrás". A organização vai ao Ministério Público, à Justiça e ao Tribunal de Contas da União para anular o decreto.

"O governo fere o decreto de 2003, ao não tornar oficiais os relatórios, mascara a concessão de canais digitais e fecha essa oportunidade nos próximos 10 anos. Isso sem submeter a concessão ao Congresso", diz, enumerando o que classifica como série de erros.

Para o especialista, como o Congresso, a sociedade civil ficou de fora da escolha. Outro fator é falta de especificação, em lei, da interatividade. ?Ninguém sabe o que é. O decreto nada define. Ainda fala em fomento à pesquisa, mas não detalha política industrial?, critica.

Rádio e TV digitais - Como músicos podem se beneficiar - Entrada é franca

O Sindicato dos Músicos do Estado do Rio de Janeiro (SindMusi), juntamente com a Academia Brasileira de Música e a Rede Social de Música, promove, na próxima segunda-feira, dia 3 de julho, a palestra "A Revolução do Rádio e TV Digital", com a participação de um especialista no assunto: o jornalista e mestre em Comunicação pela UFRJ, Gustavo Gindre. A entrada é franca.

O objetivo da palestra é conscientizar os músicos sobre a importância da entrada da nova tecnologia, que vai ampliar significativamente o número de canais disponíveis. A partir daí, aumenta também o número de concessões de emissoras, o que possibilita a entrada na grande mídia de classes e entidades até então discriminadas, dando início à democratização efetiva dos meios de comunicação no Brasil.

Outras classes de artistas como cineastas, teatrólogos e documentaristas já promoveram debates visando sua inclusão nesse processo, enquanto os músicos parecem ainda não terem aderido efetivamente ao movimento.

A palestra acontece na sede da Academia Brasileira de Música (ABM), às 18 horas, na Rua da Lapa, 120/12º andar - Lapa - Rio de Janeiro.

Na caixa postal...

A a Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra) divulga nota para apoiar a escolah do padrão japonês. A Abra diz que acredita que o governo acertou na escolha do modelo japonês e que outras inovações estão a caminho para o setor de tecnologia da informação, a partir dessa iniciativa.

Abra aprova padrão japonês
Governo oficializa tv digital brasileira
O presidente Lula acaba de assinar decreto de transição que institui a TV Digital no Brasil, com apoio dos radiodifusores. Em solenidade realizada nessa quinta (29/6), no Palácio do Planalto, a escolha do padrão japonês, o ISDB-T (Integrated Services Digital Broadcasting - Terrestrial) foi oficialmente anunciada à sociedade.
Para o presidente da Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra), Amilcare Dallevo, a escolha foi acertada. "Todos os setores foram envolvidos nessa decisão. E a partir desse anúncio virão muitas outras inovações na área", aposta Dallevo.

De acordo com o presidente da Abra, com o início das transmissões digitais, a TV aberta vai concentrar esforços na alta definição. Quanto ao receio de que o texto original do decreto de transição para o modelo digital trouxesse surpresas para o setor, Amilcare informou que não há motivos para preocupação. "Está dentro do esperado", afirmou.

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, rebateu as críticas sobre a forma como as negociações foram conduzidas pelo governo. Costa fez uma retrospectiva do caminho percorrido até a concretização do acordo com o governo japonês e contestou os oponentes."Não se trata de um projeto elitista. Haverá transmissão simultânea analógica e digital", adiantou e, também, deixou claro que o acordo com o governo japonês prevê incentivos à indústria brasileira de tecnologia da informação.

O presidente Lula também rememorou o longo processo de negociações, que segundo ele, parecia inviável no início de seu governo. Segundo Lula, o projeto contará com a participação da mão-de-obra brasileira. "O SBTVD é a afirmação do talento nacional", assegurou.

O ministro das Comunicações do Japão, Heizo Takenaka, garantiu que existe um acordo de cooperação entre os dois países em torno da tv digital. No Brasil, o setor tem dez anos para se adequar às exigências do novo sistema.

Quinta-feira, Junho 29, 2006

Outra novidade Google: 'Clipe da Web' no Gmail

Uma barra passou a aparecer hoje em cima da caixa de leitura do Gmail convidando personalizar clipes.

"Leia itens de qualquer feed Atom ou RSS aqui. Personalize clipes", diz uma das opções.

"INFO Online - Plantão INFO - Curso INFO explora recursos do Illustrator CS2", diz outra. No canto da direita, setas fazem o conteúdo mudar. E o botão personalizar permite agregar novos feeds Atom ou RSS. Inclusive de links patrocinados.





2,5 milhões de downloads...

...do beta 2 do Microsoft Office 2007 System foram feitos em todo o mundo, segundo a Microsoft. E o Brasil segue como quinto país com maior volume, registrando aproximadamente 100 mil downloads do sistema, até o momento.

Esses números fazem desta a versão beta mais popular do Office, de acordo com informações da própria Microsoft. Em apenas um mês, foram três vezes mais participantes do que o Beta 2 do Office 2003.

Por isso, a Microsoft decidiu mudar o cronograma de lançamento do Office 2007 System para o mercado corporativo para o final deste ano. E o mercado em geral para o início de 2007. As datas exatas serão anunciadas futuramente.

TV Digital - "Erro histórico", diz Frente Nacional por um Sistema Democrático de Rádio e TV Digital

Na caixa postal, carta da Frente Nacional por um Sistema Democrático de Rádio e TV Digital.

Carta aberta à sociedade brasileira

DECISÃO SOBRE A TV DIGITAL:

GOVERNO PRÓXIMO DE ERRO HISTÓRICO

Em virtude das notícias veiculadas pela imprensa, que afirmam estar o governo federal pronto para anunciar o padrão tecnológico a ser adotado pelo Brasil, a Frente Nacional por um Sistema Democrático de Rádio e TV Digital vem a público expor à sociedade brasileira as seguintes questões:

1. Se concretizado, o anúncio da decisão a favor da adoção do padrão de modulação japonês (ISDB), no apagar das luzes do primeiro mandato do presidente Lula e em plena Copa do Mundo, significa a morte do SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital), cuja proposta inicial baseava-se em princípios como a democratização das comunicações, a promoção da diversidade cultural, a inclusão social, o desenvolvimento da ciência e indústria nacionais (conforme o Decreto Presidencial 4.901) e implicou no investimento de R$ 50 milhões na formação de 22 consórcios de universidades brasileiras, envolvendo 1.500 pesquisadores. Ao optar pelo ISDB, o governo despreza o acúmulo social que sustentou sua eleição e submete-se de maneira subserviente aos interesses dos principais radiodifusores do país, especialmente aos das Organizações Globo. Se levar adiante o anúncio pelo ISDB, o governo brasileiro, infelizmente ? e à semelhança dos anteriores ?, seguirá tratando a comunicação exclusivamente como uma moeda de troca política.

2. Apesar dos insistentes apelos para que a decisão fosse tomada a partir do diálogo com os diversos segmentos da sociedade, o governo mantém uma postura pouco democrática, privilegiando a interlocução com os representantes das emissoras comerciais de televisão e negando-se a abrir espaço semelhante às organizações sociais. À tal postura soma-se a completa falta de transparência na condução do processo decisório que ainda hoje deixa a sociedade brasileira à mercê de boatos de corredor. Chegamos ao cúmulo de nem mesmo ter acesso aos relatórios produzidos no interior do SBTVD, que ainda não foram tornados públicos. Reafirmamos a certeza de que só um processo amplo, transparente e participativo, com consultas e audiências públicas, é capaz de garantir que a TV digital seja um instrumento de desenvolvimento democrático e inclusão social.

3. O Executivo ainda não apresentou qualquer justificativa plausível que aponte o ISDB, de fato, como a melhor opção para o Brasil. Este silêncio do governo, que abandonou as frustradas tentativas de emplacá-lo por supostas vantagens técnicas ou industriais, induz a uma única conclusão: a de que essas justificativas não são defensáveis publicamente, por atenderem exclusivamente a interesses privados. O país segue sem saber se existem parâmetros ? sob o prisma do interesse público ? baseando as decisões governamentais.

4. Não é possível que as pesquisas desenvolvidas no SBTVD, realizadas por 79 instituições de pesquisa, envolvendo mais de mil pesquisadores, seja tratado com tal descaso. A adoção do ISDB-T descarta logo de início as três alternativas de modulação aqui desenvolvidas. A anunciada intenção de que "as pesquisas brasileiras serão incorporadas em um segundo momento" oculta o fato de que existe incompatibilidade técnica no protocolo de comunicação da camada de transporte, inviabilizando, de fato, qualquer incorporação das inovações brasileiras em algum ponto do futuro.

5. Ao anunciar a decisão, o governo perde a oportunidade de promover a necessária atualização do marco regulatório do campo das comunicações, para modernizar a legislação cuja base data de 1962 e garantir o cumprimento dos princípios constitucionais nãoregulamentados, como a vedação ao monopólio e a instituição de um sistema público de comunicações. Mesmo que centrada na tecnologia, uma decisão governamental que não seja acompanhada de mudanças mínimas no marco regulatório vai contrariar a legislação vigente e certamente será questionada na Justiça. Os fatos consumados gerados a partir do anúncio da decisão não podem ser tolerados pela sociedade brasileira.

6. A sociedade brasileira perde também a oportunidade de se tornar um grande produtor mundial de conteúdo audiovisual multimídia, a mercadoria por excelência da Era da Informação. Para que pudéssemos abrir milhares de oportunidades de trabalho nessa área, seria necessário democratizar o espectro, adotar tecnologias dominadas por nossos técnicos, baseadas em software livre, adotar padrões e mecanismos que possibilitem a criação e a reprodução desses conteúdos. Nada disso está sendo considerado.

Diante ao exposto, as organizações que assinam esta carta reafirmam a certeza de que a TV digital é uma oportunidade única para promover a diversidade cultural, fortalecer a democracia, desenvolver a ciência e tecnologia nacionais e incluir socialmente a imensa maioria da população, ainda desprovida de direitos humanos fundamentais.

Temos a convicção de que, ao anunciar uma decisão por uma tecnologia estrangeira, o governo estará cometendo um erro histórico, que não poderá ser revertido nas próximas décadas.

Brasília, 28 de julho de 2006

Frente Nacional por um Sistema Democrático de Rádio e TV Digital

TV Digital - Íntegra do discurso de Lula

Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de assinatura de decreto sobre implantação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital
Palácio do Planalto, 29 de junho de 2006.

Meu caro Renan Calheiros, senador e presidente do Senado,
Meu caro Aldo Rebelo, presidente da Câmara dos Deputados,
Minha querida ministra Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil,
Senhor Heizo Takenaka, ministro do Interior e das Comunicações do Japão,
Meus caros ministros Samuel Pinheiro Guimarães, interino das Relações Exteriores; Hélio Costa, das Comunicações; Sérgio Machado Rezende, de Ciência e Tecnologia; Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Embaixador Takahiko, embaixador do Japão no Brasil,
Senador Romero Jucá,
Deputados federais,
Senhor Roberto Franco, presidente da SET, Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão,
Senhora Elizabeth Carmona, presidente da TVE Brasil,
Senhor Eugênio Staub,
Professor Marcelo Zuffo,
Professor Luiz Fernando Gomes Soares,
Senhoras e senhores representantes dos radiodifusores privados, das emissoras públicas de televisão, da indústria de eletroeletrônicos e das universidades públicas e privadas,
Jornalistas presentes aqui,
Meus amigos e minhas amigas,

Primeiro, um agradecimento às universidades brasileiras. O que nós presenciamos hoje, aqui, com o resultado desse trabalho, Hélio, Dilma, Sérgio Rezende, Furlan, é que habitualmente a gente fica dizendo que o que falta para as pessoas são oportunidades.

As universidades brasileiras, quando chamadas, a pública e a privada, mostraram do que são capazes. Portanto, meu reconhecimento, meus parabéns às universidades brasileiras. Meus parabéns aos empresários da microeletrônica, sobretudo aqui na presença do Staub, que tem sido um parceiro, pelo discurso de hoje, com a esperança renovada, acreditando que agora vai acontecer, definitivamente, e teve uma dedicação extraordinária nesse processo. E todos os empresários, sem nenhuma distinção ? só não vieram aqueles que não quiseram ? que quando foram convidados, participaram ativamente.

Quero cumprimentar também os empresários da radiodifusão no Brasil, porque não foram poucas as reuniões. Vocês viram que o Hélio terminou dizendo que nós marcamos um gol. Vocês estão lembrados que faz quatro meses que ele colocou a bola na marca do pênalti, e nós demoramos para bater o pênalti porque era preciso construir mais fortemente essa relação democrática com a sociedade brasileira, para concluir esse projeto que estamos concluindo agora.

Quero agradecer aos diretores da nossa Agência Nacional de Telecomunicações, e quero agradecer, sobretudo, ao companheiro Miro Teixeira, que teve um papel crucial, na verdade foi, no início, o maior entusiasta para que nós pudéssemos chegar até aqui. Depois o ministro Eunício Oliveira continuou o trabalho e, realmente, o Hélio Costa pôde concluir.

Queria enaltecer aqui o trabalho da ministra Dilma Rousseff. Eu não sei se por ser mulher e ter uma ascendência muito grande sobre os homens, a Dilma, ao trazer para a Presidência da República a coordenação desse processo, eu penso que a Dilma está virando especialista em TV Digital, porque em todas as reuniões... eu me lembro que um dia eu estava numa manifestação não sei onde e vi um cidadão com uma placa: ?queremos discutir TV Digital.? Eu falei para a Dilma: temos que procurá-lo. Nós temos que encontrar aqueles que não estão no meio de nós, que querem discutir, porque isso não é uma coisa de um governo, isso não é uma coisa de um presidente, isso é uma política de Estado, e se é de Estado, nós temos que procurar quem na sociedade brasileira queira discutir, porque nós somos passageiros, mas o sistema ficará para todo o sempre, até que apareça um outro melhor.

Quero agradecer aos ministros que foram para o Japão, o Hélio, o Furlan e o Celso Amorim, porque foi uma decisão pensada, repensada, porque tinha muito trabalho para que nós não fôssemos ao Japão, e nós resolvemos ir porque entendíamos que o Brasil precisava ter uma indústria de semicondutores e precisaríamos procurar parceiros.

Eu acho que a viagem foi exitosa, o resultado disso está aqui e eu quero cumprimentar o governo japonês. Recebi uma carta, hoje, do ministro Koizumi e quero cumprimentar o ministro Takenaka por estar aqui neste dia memorável para as relações Brasil e Japão, que não é nova mas se fortalece extremamente. Quem sabe, já com TV Digital instalada na casa de todo mundo, nós vamos assistir um dia o Japão ser campeão do mundo ou disputar uma final com o Brasil numa Copa do Mundo.

Portanto, eu quero reconhecer, com muito carinho, a dedicação de todo mundo, foi muita gente envolvida no processo, e se a gente pudesse fazer uma tomografia de todo o processo, a palavra que iria aparecer seria ?democracia tecnológica?, porque nós não tivemos preocupação de ouvir apenas parceiros, nós tivemos o compromisso de ouvir todos, sem distinção, que tinham um palpite ou um conhecimento a dar. Eu acho que nós produzimos um material e um resultado extraordinário, portanto, estamos realizando hoje um ato de grande transcendência, o início da implantação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital que nos próximos 10 anos vai revolucionar, não apenas a TV brasileira, mas a relação da sociedade com a informação no seu sentido mais amplo.

A TV Digital não é apenas um sistema que melhora a transmissão e a captação do sinal de TV. Ela é, ao mesmo tempo, uma fabulosa síntese tecnológica, um poderoso fenômeno econômico e um forte avanço democrático. Da maneira que decidimos implantá-la no Brasil, será também um grande vetor de desenvolvimento, geração de empregos e ampliação de renda, com benefícios para todos os setores da sociedade.

Transformamos a TV Digital em prioridade porque ela está plenamente afinada com a meta do nosso governo, de conciliar avanço social com avanço tecnológico. Foi por isso que nos últimos três anos começamos a torná-la realidade, buscando o padrão tecnológico mais avançado e a equação política e financeira que melhor atendesse aos interesses nacionais e melhor protegesse os direitos da população. A decisão final pelo padrão japonês foi tomada de acordo com esses princípios, da maneira mais transparente possível, e com a participação de amplos setores da sociedade brasileira.

Meus amigos e minhas amigas,
Quando assumimos o governo, encontramos a discussão sobre a TV Digital em um beco sem saída. Apenas se discutia, de maneira vaga e superficial, qual dos três padrões existentes no mundo o Brasil deveria adotar. Não se cogitava a hipótese de aproveitar essa oportunidade única para se fortalecer uma política industrial e tecnológica voltada para a ampliação de conhecimento, a produção de bens inovadores e a transformação de novos investimentos.

Mudamos essa realidade porque uma das principais metas do governo sempre foi a
implantação de uma nova política industrial e tecnológica, e não abrimos mão de encaminhar o processo de implantação da TV Digital de forma participativa, com envolvimento da sociedade, como é normal neste nosso mandato.

Houve, em todo esse período, um diálogo intenso com as emissoras de televisão, com a indústria eletroeletrônica, com as empresas de telecomunicações, com a universidade brasileira, com produtores culturais e com o Congresso Nacional. E os pesquisadores brasileiros foram mobilizados de uma forma inédita, para levar a bom termo a estruturação desse projeto de interesse estratégico do país.

Era fundamental que isso ocorresse, afinal, a TV Digital vai moldar em boa medida o futuro das comunicações, da produção, difusão e absorção de cultura em nosso país. Vai permitir um amplo acesso a serviços e bens culturais, especialmente para a população mais pobre, que muitas vezes tem na televisão seu único meio de informação e diversão gratuita. Fará, entre outras coisas, com que o televisor deixe de ser um mero receptor de programas para se transformar em uma fonte de acesso a um mundo cheio de possibilidades. Não está longe o dia em que as famílias poderão marcar uma consulta médica pelo SUS usando a TV; não está tão longe o dia em que as pessoas também poderão ter acesso às suas contas de Previdência Social pela Internet, via digital; não está longe o dia em que a sala de aula poderá ter uma extensão dentro da sala de visita de todos os lares brasileiros, de todas as classes de renda.

O contribuinte poderá ter melhor acesso e controle das informações e dos serviços prestados pelo Poder Público, bem como de seus impostos e taxas. Com mais informação disponível de forma digital e organizada com custos menores, o Estado também tenderá a ser mais eficiente na oferta de serviços. Mais oportunidades vão surgir para a juventude em termos de produção de cinema, de programas esportivos, educacionais, de novela e outros bens culturais e de lazer.

Trata-se, na verdade, de uma poderosa ferramenta de interação do usuário com o mundo, do indivíduo com a sua comunidade e com os centros de formação do saber, e do cidadão com as instituições que o representam e o protegem. Em suma, é um fato de grande magnitude política, social e cultural. E tinha que ser tratado com a importância e a responsabilidade necessárias.

Minhas senhoras e meus senhores,
O Sistema Brasileiro de Televisão Digital é mais uma prova da capacidade criativa dos brasileiros, da afirmação da nossa capacidade de escolher e da nossa soberania de decidir, do nosso talento de firmar parcerias e trocas intelectuais saudáveis e vantajosas.

A implantação da TV Digital enseja uma oportunidade de desenvolvimento de tecnologias brasileiras que serão adotadas no Sistema Brasileiro de Televisão Digital, em parceria com os nossos irmãos japoneses. Possibilita uma efetiva política industrial que contemple a associação de empresas brasileiras e japonesas. Ela é uma vitória de toda a sociedade, mas não ocorreria sem o esforço individual e a visão de algumas pessoas.

Meu primeiro ministro das Comunicações, Miro Teixeira, teve o mérito de colocar o problema para a sociedade, de convocar o debate e mostrar que havia, sim, como vencer o ceticismo sobre a capacidade brasileira de trazer avanço nessa área. Propôs um sistema brasileiro para TV Digital que não significasse a compra de um pacote fechado, mas estimulasse a constituição de uma rede nacional de pesquisas capaz de produzir o conhecimento necessário à opção estratégica do país.

O ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, intensificou o debate, formou os consórcios e organizou o encaminhamento das ações. Meu atual ministro, Hélio Costa, deu celeridade aos trabalhos de pesquisa, organizou a alocação de 60 milhões do Fundo Nacional de Telecomunicações e batalhou incansavelmente pela realização deste projeto grandioso.

Desde o começo deste ano, tivemos um trabalho notável do ministro Furlan e do ministro Sérgio Rezende, bem como dos ministros Gilberto Gil, da Cultura, e Fernando Haddad, da Educação.

A ministra Dilma e o chanceler Celso Amorim exerceram a coordenação dos esforços do governo, inclusive nos contatos e reuniões com autoridades de outros países, interessados no Sistema Brasileiro de TV Digital.

No final, não apenas chegamos a um excelente resultado, como aperfeiçoamos um estilo de formular políticas públicas para setores altamente estratégicos. Não cedemos a soluções fáceis e prontas, mas buscamos caminhos corretos e inovadores que nos façam recuperar perdas do passado e nos projetem, com mais dinamismo, para o futuro.

Além dos benefícios que nos trará no futuro imediato, a política de implantação da TV Digital vai nos permitir também recuperar uma grave lacuna do passado. No início da década de 90, mais de duas dezenas de fábricas de componentes semicondutores fecharam as suas portas no Brasil e foram para a Ásia. Aqui, ficamos com a montagem de kits importados já prontos, apenas agregando o custo da mão-de-obra barata. Nos colocamos fora do mercado global. Isso aconteceu quando a indústria de semicondutores tornava-se uma das indústrias mais decisivas do nosso tempo, pois o chip começava a disseminar-se pelo mundo e ia ser um componente imprescindível em centenas de produtos de ponta.

O acordo que hoje assinamos com o Japão, e que me leva a exaltar a grande visão do governo japonês, representado pelo ministro Heizo Takenaka, aqui presente, nos ajudará a recuperar esse tempo perdido na indústria de semicondutores, e de avançar ainda mais na área de software em geral.

Isso, através da elaboração de um plano estratégico para a implantação no Brasil da indústria de semicondutores e a reestruturação da indústria de microeletrônica nacional. De uma coisa tenha certeza, ministro Takenaka: o Brasil será um grande e valioso parceiro na construção do Sistema Nipo-Brasileiro de TV Digital. Registro aqui, aliás, que foi seu o mérito de chamar assim ? Nipo-Brasileiro ?, o sistema de TV Digital que nossos países decidiram desenvolver juntos.

Na verdade, inauguramos hoje um capítulo novo e extremamente promissor no relacionamento bilateral entre Brasil e Japão. Estou certo de que inicia-se uma etapa que vai se caracterizar pelo compartilhamento crescente de conhecimentos, sobretudo nas áreas de ponta da ciência e da tecnologia, voltadas para a produção de inovações.

O Sistema Nipo-Brasileiro de TV Digital, bem como a parceria que estamos inaugurando na área de microeletrônica são mais uma ponte para a plena inserção do Brasil na sociedade do conhecimento. Não vamos apenas absorver o conhecimento e tecnologia japoneses, mas contribuir criativamente para o aperfeiçoamento tecnológico do Sistema, fazendo com que essa parceria se afirme aqui e além das nossas fronteiras.

Estamos, portanto, dando início a um empreendimento conjunto, de longo alcance. Vamos produzir um sistema flexível, que dialogue com os demais padrões de TV Digital existentes no mundo hoje. Nossa intenção é abri-lo à participação de nossos vizinhos do Mercosul e do Continente. Para isso, temos mantido contatos freqüentes com nossos sócios na região e vamos, de agora em diante, aprofundá-los. Estas é uma área onde tal cooperação é mais que bem-vinda.

Várias inovações no Sistema de TV Digital já foram produzidas por 22 consórcios brasileiros, entre 106 universidades e centros de pesquisa, entre elas o Midleware, Ginga, os sistemas corretores de erros e o sistema de compressão de vídeo H-264. Alguns dos autores dessas inovações estão aqui presentes e já falaram, inclusive. Aproveito para mais uma vez parabenizá-los pelos resultados já conseguidos que, tenho certeza, só vão fazer com que vocês se aperfeiçoem daqui para a frente.
O Brasil, aliás, revela hoje uma extraordinária capacidade de pesquisa e inovação tecnológica. Estão aí para comprová-la, nossas conquistas de vanguarda na produção do etanol, na exploração de águas profundas, nas ousadas e originais soluções técnicas da Embrapa e, principalmente, na descoberta do H-Bio pela Petrobras, que vai revolucionar a produção de combustível nas próximas décadas.

Queria, por fim, fazer um agradecimento especial à equipe técnica que trabalhou intensamente nos últimos meses, especialmente Roberto Pinto Martins, secretário do Ministério das Comunicações; Augusto César Gadelha, secretário do Ministério de Ciência e Tecnologia; Jairo Klepacz, secretário do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; André Barbosa Filho, assessor da ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff; embaixador Antonino Marques Porto, diretor do Departamento de Temas Científicos e Tecnológicos do Itamaraty, e Edmundo Machado de Oliveira, da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, assim como outros técnicos da Casa Civil e do BNDES.

Meu agradecimento é ainda maior porque vocês estão ajudando não apenas a implantar um novo sistema mas, também, a consolidar uma política de Estado fundamental para o novo modelo de desenvolvimento que estamos construindo no nosso país.
Um modelo que está possibilitando abrir novos caminhos de futuro que ajudarão a conciliar, de forma ainda mais vigorosa, uma política de alto desenvolvimento tecnológico com eficiente ação social. É assim que avançamos a cada dia, passo a passo, na construção do Brasil moderno e justo que tanto nós precisamos.

Meus parabéns a todos vocês, empresários, cientistas, políticos aqui presentes. Quero dizer para vocês que hoje está consagrado, definitivamente, e que o dia em que nós acreditarmos na sociedade brasileira, na nossa inteligência, nos nossos empresários, nos políticos brasileiros, juntos, a gente poderá construir coisas que até então pareciam impossíveis. Eu quero dizer para vocês que na semana passada eu já tive um dia de alegria imensa porque levantei um pote de H-Bio, que será uma revolução na área de combustível. Hoje não me deram nada para levantar, nem eu ganhei nada até agora, mas eu quero dizer que é um dia memorável para mim, para a minha geração, para vocês e, sobretudo, para quem vier depois de nós.

Meus parabéns a todos vocês, muito obrigado e só poderia dizer: viva o Brasil e viva o Japão.

TV Digital - Pontos altos e baixos

O Decreto de implantação do SBTVD assinado hoje por Lula chama a atenção em alguns detalhes:

1 - Ao criar o Fórum do SBTVD-T para assessorar o Comitê de Desenvolvimento do SBTVD acerca de políticas e assuntos técnicos, o decreto exclui da sua composição representação da sociedade civil. Só terão assento no Fórum representantes do setor de radiodifusão, setor industrial e da comunidade científica e tecnológica. Também não estabelece quantos de cada setor.

2 - Mantém a interatividade como característica possível, mas não diz que é obrigatória.

3 - Não estabelece como será usada largura de banda de seis megahertz. Se em um canal HDTV e um SDTV, ou um HDTV e até três SDTV.

4 - Dá ao Ministério das Comunicaçoes prazo MÁXIMO de 60 dias a partir da publicação do decreto para criar um cronograma de consignação de até sete anos, para os canais de transmissão digital para concessionárias e autorizadas do serviço de radiodifusão de son e imagens.

Portanto, não amplia ou democrariza as concessões. Não dá direito a nenhum grupo ou empresa que já não tenha uma concessão de radiodifusão a pleitear a concessão de um canal digital. Mas deixa de os grupos já tenham autorgas de radiodifusão ampliem a área de atuação.

5 - Começa com a instalação de estações geradoras nas capitais e só depois passa a atendender demais municípios.

6 - Dá prazo MÁXIMO de 18 meses para que a concessionário do canal digital inicie as transmissões.

7 - Determina que a partir de julho de 2013 o Ministério das Comunicações só dê concessões para TV Digital. Portanto, data o fim das transmissões analógicas.

8 - Todo o resto fica a cargo do Ministérios das Comunicações, através da expedição de normas complementares.

TV Digital - Íntegra do Decreto

Confira a íntegra do decreto que implanta o Sistema Brasileiro de TV Digital

"Dispõe sobre a implantação do SBTVD-T, estabelece diretrizes para a transição do sistema de transmissão analógica para o sistema de transmissão digital do serviço de radiodifusão de sons e imagens e do serviço de retransmissão de televisão, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, inciso IV, c/c art. 223 da Constituição Federal, e tendo em vista o disposto na Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962 e na Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997,

DECRETA:

Art. 1º - O presente decreto dispõe sobre a implantação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre na plataforma de transmissão e retransmissão de sinais de radiodifusão de sons e imagens.

Art. 2º - Para os fins deste decreto, entende-se por:

I-SBTVD-T - Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre-conjunto de padrões tecnológicos a serem adotados para transmissão e recepção de sinais digitais terrestres de radiodifusão de sons e imagens.

II-ISDB-T-Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial-serviço de radiodifusão digital terrestre, integrado por padrões tecnológicos internacionais definidos na União Internacional de Telecomunicações - UIT.

Art. 3º - As concessionárias e autorizadas do serviço de radiodifusão de sons e imagens e as autorizadas e permissionárias do serviço de retransmissão de sons e imagens adotarão o Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre-SBTVD-T, nos termos deste decreto.

Art. 4º - O acesso ao SBTVD-T será assegurado, ao público em geral, de forma livre e gratuita, a fim de garantir o adequado cumprimento das condições de exploração objeto das outorgas.

Art. 5º - O SBTVD-T adotará, como base, o padrão de sinais do ISDB-T, incorporando as inovações tecnológicas aprovadas pelo Comitê de Desenvolvimento de que trata o Decreto nº 4.901, de 2003.

§ 1º - O Comitê de Desenvolvimento fixará as diretrizes para elaboração das especificações técnicas a serem adotadas no SBTVD-T, inclusive para reconhecimento dos organismos internacionais competentes.

§ 2º-O Comitê de Desenvolvimento promoverá a criação de um Fórum do SBTVD-T para assessorá-lo acerca de políticas e assuntos técnicos referentes à aprovação de inovações tecnológicas, especificações, desenvolvimento e implantação do SBTVD-T.

§ 3º-O Fórum do SBTVD-T deverá ser composto, entre outros, por representantes do setor de radiodifusão, do setor industrial e da comunidade científica e tecnológica.

Art. 6º - O SBTVD-T possibilitará:

I-transmissão digital em alta definição (HDTV) e em definição padrão (SDTV);

II-transmissão digital simultânea para recepção fixa, móvel e portátil, e;

III-interatividade.

Art. 7º - Será consignado, às concessionárias e autorizadas de serviço de radiodifusão de sons e imagens, para cada canal outorgado, canal de radiofreqüência com largura de banda de seis megahertz, a fim de permitir a transição para a tecnologia digital sem interrupção da transmissão de sinais analógicos.

§ 1º - O canal referido no caput somente será consignado às concessionárias e autorizadas cuja exploração do serviço esteja em regularidade com a outorga, observado o estabelecido no Plano Básico de Distribuição de Canais de Televisão Digital-PBTVD.

§ 2º - A consignação de canais para as autorizadas e permissionárias do serviço de retransmissão de televisão obedecerá aos mesmos critérios referidos no § 1º e, ainda, às condições estabelecidas em norma e cronograma específicos.

Art. 8º - O Ministério das Comunicações estabelecerá, no prazo máximo de sessenta dias a partir da publicação deste Decreto, cronograma para a consignação dos canais de transmissão digital.

Parágrafo único-O cronograma a que se refere o caput observará o limite de até sete anos e respeitará a seguinte ordem:

I-Estações geradoras de televisão nas Capitais dos Estados e no Distrito Federal;

II-Estações geradoras nos demais Municípios;

III - Serviços de retransmissão de televisão nas Capitais dos Estados e no Distrito Federal, e;

IV - Serviços de retransmissão de televisão nos demais Municípios.

Art. 9º - A consignação de canais de que trata o art. 7º será disciplinada por instrumento contratual celebrado entre o Ministério das Comunicações e as outorgadas, com cláusulas que estabeleçam ao menos:

I-prazo para utilização plena do canal previsto no caput, sob pena da revogação da consignação prevista;

II-condições técnicas mínimas para a utilização do canal consignado.

§ 1º - O Ministério das Comunicações firmará, nos prazos fixados no cronograma referido no art. 8º, os respectivos instrumentos contratuais.

§ 2º - Celebrado o instrumento contratual a que se refere o caput, a outorgada deverá apresentar ao Ministério das Comunicações, em prazo não superior a seis meses, projeto de instalação da estação transmissora.

§ 3º - A outorgada deverá iniciar a transmissão digital em prazo não superior a dezoito meses, contados a partir da aprovação do projeto, sob pena de revogação da consignação prevista no art. 7º.

Art. 10-O período de transição do sistema de transmissão analógica para o SBTVD-T será de dez anos, contados a partir da publicação deste Decreto.

§ 1º - A transmissão digital de sons e imagens incluirá, durante o período de transição, a veiculação simultânea da programação em tecnologia analógica.

§ 2º - Os canais utilizados para transmissão analógica serão devolvidos à União após o prazo de transição previsto no caput.

Art. 11 - A partir de 1º de julho de 2013, o Ministério das Comunicações somente outorgará a exploração do serviço de radiodifusão de sons e imagens para a transmissão em tecnologia digital.

Art. 12 - O Ministério das Comunicações deverá consignar, nos municípios contemplados no PBTVD e nos limites nele estabelecidos, pelo menos quatro canais digitais de radiofreqüência com largura de banda de seis megahertz cada para a exploração direta pela União Federal.

Art. 13-A União poderá explorar o serviço de radiodifusão de sons e imagens em tecnologia digital, observadas as normas de operação compartilhada a serem fixadas pelo Ministério das Comunicações, dentre outros, para transmissão de:

I-Canal do Poder Executivo: para transmissão de atos, trabalhos, projetos, sessões e eventos do Poder Executivo;

II - Canal de Educação: para transmissão destinada ao desenvolvimento e aprimoramento, entre outros, do ensino à distância de alunos e capacitação de professores;

III-Canal de Cultura: para transmissão destinada a produções culturais e programas regionais;

IV-Canal de Cidadania: para transmissão de programações das comunidades locais, bem como para divulgação de atos, trabalhos, projetos, sessões e eventos dos poderes públicos federal, estadual e municipal.

§ 1º. O Ministério das Comunicações estimulará a celebração de convênios necessários à viabilização das programações do canal de cidadania previsto no inciso IV.

§ 2º. O Canal de Cidadania poderá oferecer aplicações de serviços públicos de governo eletrônico no âmbito federal, estadual e municipal.

Art. 14 - O Ministério das Comunicações expedirá normas complementares necessárias à execução e operacionalização do SBTVD-T previsto neste Decreto e no Decreto nº 4.901, 26 de novembro de 2003.

Art. 15 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, de de 2006; 185º da Independência e 118º da República.

Google emite comunicado negando espaço publicitário no Orkut

"Não se trata de um anúncio publicitário e não estamos comercializando propaganda no Orkut", afirma um comunicado divulgado hoje pelo Google sobre o banner de divulgação do Joga.com no Orkut.

Na prática, isso significa que o espaço não poderá ser comprado por outras empresas para propaganda de seus produtos e serviço. É exclusivo para divulgação e promoção de produtos do própria Google/Orkut.

No ar...

...o beta 3 do Internet Explorer 7.0.

TV Digital - IDECS critica decreto

Na Agência Câmara:

Brasília ? A decisão do governo federal de escolher o padrão japonês de televisão digital prejudicará o desenvolvimento tecnológico e científico do Brasil, avalia o coordenador geral do Instituto de Estudos e Projetos em Comunicação e Cultura (Indecs), Gustavo Gindre. "São empregos qualificados que a gente perde", diz. "Na verdade, vamos gerar emprego em Tóquio e não no Brasil, porque vamos ser apenas consumidores de tecnologia importada e não produtores de tecnologia".

O decreto presidencial que estabelece as regras para a implantação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD), cuja cerimônia de assinatura ocorre neste momento no Palácio do Planalto, prevê o uso das inovações tecnológicas nacionais. A pesquisadora da Faculdade de Engenharia Elétrica da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) Cristina de Castro avalia que as pesquisas financiadas pelo governo no ano passado sobre TV digital estimularam a produção científica nacional nessa área.

Agora, para a pesquisadora, com a escolha do sistema japonês, será preciso um trabalho para garantir a incorporação das inovações tecnológicas brasileiras. "Conhecemos a complexidade do sistema e sabemos o que é propor alguma sugestão para um sistema já reconhecido. Não vai ser um trabalho fácil, mas estamos prontos para trabalhar nesse contexto".

Cristina de Castro defende que, do ponto de vista técnico, o governo deveria ter optado por desenvolver um modelo nacional de TV digital. "O nosso sistema foi desenvolvido para atender aqueles requisitos que o próprio governo solicitou", disse. O decreto de criação do SBTVD estabelece que o sistema escolhido precisa, por exemplo, promover a inclusão digital, o desenvolvimento da tecnologia e ciência nacionais e a democratização da comunicação através da possibilidade da existência de novos canais.

A pesquisadora reconhece, no entanto, que a decisão do governo não pode ser apenas técnica e que questões como a política industrial e comercial também precisam ser levadas em consideração. "Parece que o governo achou uma solução de meio-termo. Segundo a ótica do governo, [o sistema japonês] é melhor para o desenvolvimento do país no contexto industrial, talvez por agregar mais rápido as indústrias em torno de um sistema já existente, ao mesmo tempo em que garante a incorporação da tecnologia nacional".

Já Gustavo Gindre, que também é integrante do Intervozes (Coletivo Brasil de Comunicação Social), diz que o estímulo à indústria nacional seria maior com um padrão brasileiro. "Adotando tecnologia brasileira iríamos ter condições de nos inserirmos melhor na globalização, porque quem se insere melhor é quem tem algo pra vender - e teríamos tecnologia para vender", argumenta.

TV Digital - "Realizamos hoje um ato transcedental", disse Lula

Durante seu discurso na cerimônia de assinatura do decreto de criação do SBTVD, o presidente Lula fez questão de ressaltar que o governo ouviu todas as opiniões, "todos os palpites" a respeito do tema. "Houve em todo este período um diálogo intenso", disse Lula. "Demoramos porque era preciso reforçar a questão democrática neste assunto", diz o presidente. "Só não vieram os que não quiseram", diz Lula ao afirmar que todos os empresários foram convidados para participar da discussão da televisão digital.

Segundo Lula, a assinatura do decreto é um ato transcedental, que não pudará apenas a tecnologia da TV, mas também democratizar os meios de comunicação. "A maneira como decidimos instalar a televisão digital será também um grande vetor de desenvolvimento", disse Lula. "Este é um fato de magnitude política e cultural. O SBTVD é mais uma prova da capacidade criativa dos brasileiros e da nossa autonomia de decisão", completou.

"Trata-se na verdade de uma poderosa ferramenta de interação do usuário com o mundo. A implantação da TV Digital enseja o desenvolvimento de tecnologias brasileiras. Possibilita uma efetiva política industrial. É uma vitória de toda sociedade e não ocorreria sem o esforço individual de muitas pessoas", disse o presidente.

TV Digital - Governo adota postura defensiva na cerimônia de assinatura do decreto

A cerimônia de assinatura do decreto sobre o SBTVD (Sistema Brasileiro de TV Digital), em Brasília, deixou claro que a escolha do modelo japonês atendeu não só os interesses dos radiodifusores privados (leia-se as grandes cadeias de TV), mas também os interesses de um pequeno grupo de empresários e acadêmicos paulistas, representados pelo dono da Gradiente, Eugênio Staub, e os interesses do próprio governo, através do fortalecimento das TVs estatais, ao reservar quatro canais para TVs públicas.

A cerimônia foi pródiga em discursos de retórica politicamente correta em defesa das escolhas feitas. O ponto alto foi a fala de Eugênio Staub, "Para os incrédulos, nós vamos fazer o sistema de TV Digital mais avançado do mundo, com a articulação do governo e a parceria com os japoneses. E me adiantando às perguntas dos repórteres, Quanto vai custar? Quando vai ser? Posso afirmar que, como o modelo japonês terá que ser adaptado com os avanços brasileiros, faremos um sistema econômico e teremos os primeiros aparelhos disponíveis em 12 a 15 meses".

De acodo com o decreto, as emissoras de TV abertas receberão automaticamente um canal digital e terão prazo de 18 meses para iniciar as transmisssões. Em sete anos, essas emissoras terão que garantir o serviço em todo o território brasileiro e, em dez anos, o sinal analógico deixará de ser transmitido.

Ao iniciar o seu discurso, o Ministro Hélio Costa, maior defensor do modelo japonês, quebrou o protocolo oficial e saudou o ministro japonês na língua do convidado. "Bem-vindo ao Brasil e desculpe o 4 a 1 na semana passada", disse ele traduzindo a frase em japonês. Logo depois, acrescentou "a escolha do padrão japonês, com características brasileiras, foi um trabalho laborioso, que levou horas e horas de negociação", disse o ministro.

"Lamentavelmente, não entenderam o trabalho que foi feito de uma forma tão extraordinária nas univesridades brasileiras", disse Hélio Costa. "Tenho certeza de que nós vamos ter muitos anos pela frente para colocar esta tecnologia ao alcance de todos os brasileiros. A decisão do padrão japonês não foi uma escolha exclusiva do governo, mas uma decisão qualificadíssima da academia brasileira", disse Hélio Costa em alusão às 106 entidades públicas e privadas que, segundo ele, participaram exaustivamente da discussão, sempre pensando no interesse público.

"Incorporamos o modelo britânico de Margaret Thatcher na ministra Dilma Roussef", brinca Hélio Costa. Ele conta que foram feitas 83 reuniões durante o processo de escolha do padrão da televisão digital.

Aliás, chamou atenção o cuidado de Hélio Costa e do presidente Lula, em seus discursos, em enaltecer o trabalho da ministra Dilma Roussef, de posição reconhecidamente contrária à adoção do padrão japonês.

Em seus discursos, Hélio Costa e Lula também fizeram questão de citar cada um módulos que irão compor o modelo nipo-brasileiro de TV digital, desenvolvidos nas universidades brasileiras: o sistema Modulação e Demodulação do de Instituto Mackenzie; o middleware Ginga, desenvolvido em conjunto pelo Professor Guido Lemos, Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Luiz Fernando Gomes Soares; e o terminal de acesso da USP.

"Não vamos apenas absorver a tecnologia e conhecimento japonês, mas vamos interferir criativamente trazendo sugestões para aperfeiçoamento do modelo deles", disse Lula. "Hoje está consagrado definitivamente que o dia em que acreditarmos na sociedade brasileira, nos nossos empresários, poderemos construir coisas que julgávamos impossíveis".

Resta saber agora como será viabilizada a evolução desses módulos brasileiros (hardware e software) em associação do padrão de transmissão japonês e o desenvolvimento de aplicativos para a TV digital.

Há pontos importantes que o decreto deixa em aberto, como atribuições Fórum de assessoramento do Comitê de Desenvolvimento do SBTVD, como o de qualificação da mão-de-obra, não só para o trabalho com a TV digital, que será muito diferente do que é feito atualmente, mas também para a implantação de softwares; a geração de novos conteúdos proporcionados pela implantação dessa tecnologia no país; e a obtenção do compromisso das Redes TV com sede no Estado em implantar seus laboratórios de produção de TV digital no Rio de Janeiro. Preocupações de empresários e acadêmicos cariocas.

"Faço votos para que o Brasil lidere o desenvolvimento de tecnologia de comunicação no mundo", disse Heizo Takenaka, Ministro das Comunicações do Japão, ao encerrar o seu discurso.

Ministro Takenaka, nós só fazemos questão de liderar de tecnologia de comunicação no Brasil.

Quarta-feira, Junho 28, 2006

TV Digital - Pontos polêmicos

Do ponto de vista puramente tecnológico, o padrão japonês e o padrão europeu de TV Digital são equivalentes. Como o japonês é mais recente, leva alguma vantagem no quesito mobilidade (transmissão em alta resolução para dispositivos móveis). Uma delas, que agrada muito às emissoras de TV, é o fato de poder usar a mesma antena de transmissão de radiodifusão para chegar a aparelhos como PDAs e celulares de última geração.

Então, por que motivos o decreto que o presidente Lula deve assinar hoje, escolhendo o modelo japonês, tem provocado tanta discussão? Simples: pelos indicativos políticos da decisão. Vence a TV Globo. Vence o modelo de radiodifusão apartado de todo o escopo de telecomunicações apesar de toda a convergência digital. Vence a centralização de toda a transmissão de TV na mão de poucos.

Alguns pontos devem ser vistos com cuidado amanhã, assim que o texto do decreto for divulgado. Anote:

1 - Se o texto contém imprecisões terminológicas graves, que poderiam abrir espaço para contestações;

2 - Se deixa em aberto questões relevantes como a criação da figura do operador de rede;

3 - Se cita explicitamente a obrigatoriedade do uso compartilhado dos canais de 6 MHz e/ou a multiprogramação e interatividade;

4 - Se permite o financiamento público para as pesquisas do Sistema Brasileiro de TV Digital;

5 - Se estabelece a composição e as linhas de atuação do Comitê de Desenvolvimento do SBTVD.

TV Digital - O outro lado

Anúncio publicado pela colizão DVB Brasil, nos principais jornais do país, afirma que a decisão pelo padrão japonês de TV Digital "é um cheque em branco para a prática de preços altos".

TV Digital - Fique de olho

Segundo o bravo Luiz Queiroz, lá no Convergência Digital, a Comissão de Ciência e Tecnologia deverá analisar o conteúdo do decreto da TV Digital à luz do artigo 49 da Constituição, que em seu inciso primeiro assegura ao Congresso Nacional,"resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional".

Se no decreto, o governo colocar algum dispositivo que envolva pagamento de contrapartidas financeiras, destinação de linhas de financiamento pelo BNDES ou qualquer tipo de gasto, a Comissão imediatamente irá invalidá-lo, sob o argumento de que o decreto não passou pela avaliação do Congresso Nacional e, portanto, ele é inconstitucional.

Tudo na Internet

A íntegra de todos os pronunciamentos feitos pelos senadores em Plenário passará a estar disponível na página do Senado na Internet a partir de amanhã, dia 30 de junho. Os taquígrafos que acompanham as sessões plenárias liberarão os discursos, à medida que eles forem acontecendo. Palavra do presidente da casa, Renan Calheiros, para quem o objetivo do novo sistema é disponibilizar à sociedade uma maneira ainda mais ágil de acompanhar tudo o que acontece no Senado.

Anote aí...

"A legislação brasileira na área de comunicação é um emaranhado tão grande que é como se não houvesse lei alguma", disse hoje o coordenador-geral do Instituto de Estudos e Projetos em Comunicação e Cultura (Indecs) e integrante da coordenação do Coletivo Intervozes, Gustavo Gindre, durante o painel "Mídia democrática, informação pública e participação do cidadão na formulação de políticas" do Seminário Nacional Cidadania, Mídia e Política, promovido nesta quarta-feira pela Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados.

Na opinião de Gindre, a mídia continua sendo um dos setores mais desregulados da economia nacional. Para ele, somente uma nova legislação, que corrija a separação da atividade de radiodifusão da área de telecomunicações, permitirá à sociedade recuperar seu poder sobre os meios de comunicação e deixará claro o estatuto público das emissoras.

O moderador do painel, deputado Carlos Abicalil (PT-MT), foi além. Para ele, o decreto que deve ser apresentado amanhã pelo presidente Lula para regulação do sistema de rádio de TV digital será a finalização de uma etapa do debate sobre o tema. Mas "as contradições latentes se tornarão explícitas e isso pode facilitar a colaboração da Câmara e da sociedade civil na discussão".

Já o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), jornalista Sérgio Murillo de Andrade, criticou a escolha do padrão japonês de TV Digital. Ele reclamou que o modelo tecnológico se sobrepôs aos objetivos sociais de inclusão e interatividade. Na opinião do jornalista, a TV e rádio digitais deveriam ser mecanismos de inclusão de novos atores no processo de comunicação.

TV Digital - Na caixa postal...

...um indício de que os japoneses venceram a batalha da TV digital, mas não conveceram.

O SBTVD: O BRASIL MERECE O MELHOR!
"Os brasileiros merecem o melhor sistema de televisão, baseado no melhor e no mais moderno sistema existente, arquitetado por brasileiros."

A chegada da TV digital trará benefícios imediatos aos telespectadores, que poderão usufruir da imagem e do som com qualidade de DVD, sem fantasmas e chiados a partir da primeira transmissão digital. Além disso, a experiência inédita da ?alta definição? nos trará uma nova percepção audiovisual em casa e nos veículos, bem como a possibilidade de portar os televisores em nossos bolsos para, literalmente, assistirmos televisão a qualquer momento em qualquer lugar. Será uma nova Era da Televisão.

A indústria, o comércio e os serviços desta nova radiodifusão não só preservarão, mas possibilitarão o surgimento de novos postos de trabalho na produção de transmissores e receptores, de hardware e software, sem mencionar o que deverá impactar em áreas como a produção de conteúdo.

Os empresários focam na oferta do melhor para o consumidor, e a cada evolução tecnológica surgem produtos de melhor qualidade. O SBTVD baseado no ISDB-T será o aprimoramento do mais recente sistema de televisão disponível comercialmente no mercado mundial. Os consumidores brasileiros merecem o melhor sistema de televisão e a proposta do SBTVD baseado no ISDB-T é unir o mais moderno sistema existente com as inovações e adaptações arquitetadas por especialistas brasileiros. Os japoneses tomaram conhecimento e reconheceram os excelentes trabalhos dos pesquisadores brasileiros, e assumiram a integração e harmonização das inovações brasileiras, formalizando o compromisso de construção do sistema nipo-brasileiro através do ?memorando de entendimento? firmado em 13 de Abril último entre os governos. A seguir abordamos alguns aspectos que consideramos relevantes.

Trata-se de uma decisão de longo prazo
A definição tecnológica de um sistema de televisão deverá ter plenas condições de atender as necessidades das sociedades ao longo de décadas. A sua avaliação deverá ser severa e criteriosa, assim como foram os testes brasileiros realizados no país desde 1999. A decisão deverá atender à realidade atual e as possíveis necessidades futuras, sob pena de ocasionarem incalculáveis prejuízos com correções e adaptações posteriores para a adequação do sistema. Cientes disso, o Japão desenvolveu um sistema robusto e flexível que não só atende as demandas atuais, mas está capacitado para suportar a evolução da sociedade. E é esta plataforma tecnológica flexível e robusta, com a garantia e segurança das evoluções futuras, que o ISDB-T oferece para a sociedade brasileira.

A economia da robustez
A robustez da modulação BST-COFDM do ISDB-T permite plena recepção de televisão apenas com a antena interna - a realidade de mais de 60% dos brasileiros - e traz uma economia real para o telespectador. De que adiantaria o receptor de televisão ser R$10 mais barato, se o consumidor tiver de despender de R$150 a R$ 200 para a compra e instalação de uma antena externa que garantirá a recepção do sinal? E se a imagem e o som do televisor desaparecerem quando ligarmos o liquidificador? Teremos de escolher entre bater um suco ou assistirmos à televisão? Isto seria sim, o barato que sai caro!

O mito do preço alto
O Japão comercializa tanto produtos de alto valor agregado quanto equipamentos com valores reduzidos e consequentemente mais simples. O SBTVD será baseado no ISDB-T, mas não significa a transferência de produtos japoneses de prateleira. O Brasil terá sua linha de televisores e terminais de acesso que atenda às necessidades, às exigências e ao poder aquisitivo dos consumidores brasileiros. O sistema ISDB-T permitirá que o consumidor tenha à sua disposição os receptores simples, mas também os de última geração, para atender a diversidade dos consumidores brasileiros. O receptor do SBTVD, baseado no sistema ISDB-T, de custo acessível não é um mito, mas uma realidade. Já existem receptores de baixo custo desenvolvidos e construídos pelo consórcio USP-LSI, UFPB e Universidade Mackenzie em conjunto com uma indústria nacional de receptores de satélite. Este receptor compartilha 90% dos componentes com o receptor de satélite digital do padrão europeu DVB-S.

As oportunidades de exportação para o Brasil
Se 90% dos componentes do receptor são compatíveis entre os sistemas, não há que se falar em restrição às exportações, pois bastará substituir o componente específico do sistema de modulação. A partir do receptor SBTVD é possível a produção de receptores ISDB-T, ISDB-S, DVB-T, DVB-S, DVB-C, ATSC com a substituição do componente específico de cada um dos sistemas (o ?chip? de demodulação), ou seja, literalmente qualquer sistema. Assim, a exportação dos produtos seria uma questão de aquisição de competitividade frente à fabricação na China e no Leste Europeu, que hoje suprem os grandes mercados. Mas a grande oportunidade deverá estar na América do Sul, onde o Brasil poderá liderar a escolha do sistema de televisão e também fabricar e suprir estes países.

A oportunidade real de projeção internacional
No SBTVD, as inovações brasileiras deverão estar harmonizadas no sistema ISDB-T, e estas, encaminhadas ao ITU, garantindo o alinhamento do SBTVD com as resoluções internacionais, bem como a inserção e projeção internacional das pesquisas e inovações brasileiras.

Existem outros aspectos, que não são poucos, que conferem ao SBTVD, baseado no ISDB-T, absoluta e insuperável superioridade técnica e comercial. Os brasileiros merecem o melhor e estamos confiantes que a melhor escolha será feita.

Yasutoshi Miyoshi, representante do sistema ISDB-T no Brasil

Errata

Acaba de pintar na caixa postal a seguinte mensagem:

Cristina, bom dia.

Como gerente de conteudo digital, sobre a materia que menciona o uso de
Linux na Copa do Mundo, publicada na seguinte URL:

http://odia.terra.com.br/tecnologia/htm/geral_42472.asp

Gostaria de propor uma errata. De fato a tecnologia usada na
infra-estrutura da copa do mundo da FIFA roda toda em FreeBSD e nao em
Linux. Ambos sao Software Livre, mas sao sistemas distintos. O Linux
adota alguma tecnologia de sistemas BSD mas em essencia sao sistemas
totalmente diferentes.

Veja essa materia publicada pelo Grupo Brasileiro de Usuarios FreeBSD:

http://www.fug.com.br/content/view/64/54/

Este artigo aborda com profundidade tecnica os detalhes do uso de
FreeBSD (e nao Linux) na Copa do mundo, especialmente porque o Yahoo! o
principal parceiro da TI da FIFA, e o principal formentador tambem do
FreeBSD.

Sendo assim a materia comete este equivoco de generalizar e chamar
FreeBSD de Linux.

Certo de sua atencao, agradeco.

Patrick

Antes que me condenem...

Publiquei hoje a notícia do programa feito pelo hacker francês para remover a Windows Genuine Advantage porque vi a ferramenta da Microsoft teimar em notificar (1) uma cópia legítima de software Microsoft licenciado para uma rede de uma pequena empresa; (2) e um freware da minha máquina como piratas. O Freeware foi fácil descobrir. Como havia acabado de instalar, foi desinstalar e ver a notificação de cópia pirata sumir.

Pois bem: hoje a Microsoft publicou uma atualização do programa Windows Genuine Advantage (WGA). Ele agora já não se comunica automaticamente com a Central da Microsoft em Seattle Central a cada reboot da máquina. Só quando voc~e quiser fazer o update da um produto Microsoft.

Eu disse!

A Intel lançou hoje, sem muito alarde, dois modelos do 'Yonah': o Core Duo T2700, de 2.33GHz e o Core Duo U2500, de baixíssim voltagem, 1.2 GHz,2 MB de cache e front-side bus de 533 MHz.

O primeiro vai custar US$ 637 em lotes de mil e já fez o preço do T2600 de 2.16GHz cair para US$423. Já o U2500 vai custar US$289 tamebém em lotes de mil.

Surpresa

A Intel fechou acordo para vender à rival Marvell, por US$ 600 milhões, sua divisão de chips para celulares.

Propaganda também no Orkut

Já viram? Começou ainda agorinha. Você entra no seu Orkut e dá de cara com uma propaganda do Joga.com Companion, plugin do Joga.com para o Firefox, embaixo do seu perfi. pergunta que não quer calar: será uma espaço ocupado para promoção de parceiros, como é o caso da comunidade da Nike? Ou o Orkut começará a carregar publicidade ali?





Tome nota

A RealNetworks anunciou ontem que começará a inserir vídeo de anúncios dentro dos jogos ocasionais, um mercado onde as consumidoras mulheres, entre 30 e 55 anos, predominam. Integram a categoria de jogs ocasionais os passa-tempos, as palavras cruzadas, o Solitaire, o Mah-jongg-jongg, entre outros.

Adobe atualiza o Flash Player

A versão 9 do Flash Player para Windows e Macintosh está disponível para download gratuito.

O kit de desenvolvimento para Flex 2, também.

No papel...

Ter como é fundamental
O que chama mais atenção em toda esta onda de conhecimento e cultura livres, vídeo viral, economia periférica e maior ?moderação, equilíbrio e compromisso ao sistema de copyright, levando em conta a inovação, a liberdade de criação e a proteção do autor?, é que todas as iniciativas bem sucedidas têm em comum o acesso aos meios de produção. Você tem amplos direitos sobre o fruto do teu trabalho. Mas, para chegar lá, precisa ter meios. Pensando nisto, a comunidade iCommons decidiu montar um kit de softwares livres para produção de áudio e vídeo, disponível em audiovideo.ngoinabox.org. E, no Brasil, o Estúdio Livre faz o mesmo em www.estudiolivre.org (clique em teste).

Efeito Ozzie
A Microsoft liberou uma versão Web do Office 7.0 para teste. Está em www.microoft.com/office/preview/beta/testdrive.mspx. Mas não se anime muito, só roda no Internet Explorer 5.5 para cima e demora um bocado.

Concorrência
- Enquanto espera o acesso ao Office 2007 online, experimente o Powerpoint e Word da Zoho (www.zohowriter.com
e www.zohoshow.com).
- Tem ainda o Thumbstacks (www.thumbstacks.com).

Alerta chato
Quer se livrar daquela mensagem enjoativa de cópia pirata que o Windows Genuine Advantage teima em mostrar na tela? Um hacker francês criou uma ferramenta para removê-la. Chama-se RemoveWGA e está em www.firewallleaktester.com/removewga.htm.

Vem aí o CC 3.0
As licenças Creative Commons em uso hoje são a 2.5. Mas a 3.0 está em gestação e tentará resolver dois problemas: a interoperabilidade entre os diversos tipos e a rápida identificação dos direitos reservados e liberados.

Terça-feira, Junho 27, 2006

Leitura labial da Globo no You Tube

A reportagem de leitura labial do Fantástico, criticada por Parreira, foi parar no tubo virtual. Clique aqui para ver.

CodePlex

É o nome do novo "portal colaborativo" da Microsoft, para uso dos inscritos no Microsoft Shared Source e outros projeto de código aberto. É isso mesmo. O lançamento do portal foi feito hoje, em Londres, durante a Open Source Business Conference.

Segunda-feira, Junho 26, 2006

É hoje...

...que a Intel lança Woodcrest, chip para servidores que segundo a empresa é duas vezes mais rápido e consome 40% menos energia que seus antecessores.

Anote aí! Microsoft investe na área de telefonia

Já há até quem diga que o atual sonho da empresa é ver seus softwares rotando em todo e qualquer telefone (celular ou não), incluindo recursos para videoconfereência.

A empresa deve fazer hoje o anúncio de uma série de produtos nesta linha. Diz o New York Times que em mudanças nos programas da Microsoft que tornam possíveis funções de voz, tais como fazer uma chamada telefônica e receber mensagens de voz.

Até agora, a maioria dos telefones de empresa eram operados por sistemas de comutação exclusivos ? os PABXs. As novas tecnologias baseadas na internet tornam mais fácil a utilização de softwares e servidores para combinar email, caixa postal, chamada telefônica, teleconferências e mensagens instantâneas em um único sistema. O plano da Microsoft é fazer frente à Cisco nessa seara.

Celular não faz mal à saúde, dizem cientistas italianos

Segundo pesquisas feitas no hospital Fatebenefratelli, de Milão, e publicada nos Anais da neurologia, a emissão das baterias excitam o cortex, mas ainda não é possível afirmar que prejudicam a saúde.

A pesquisa acompanhou 15 rapazes, usuários de celulares (45 minutos por dia) e constatou que 12 deles apresentaram leve excitação em parte do cortex durante o uso. O efeito do estímula passava totalmente, uma hora depois.

Os pesquisadores utilizaram uma técnica chamada estimulação magnética transcraniana por pulsos pareados para investigar a excitabilidade cortical.

"Mas nós ainda não sabemos se esse efeito é neutro ou potencialmente perigoso ou até mesmo benéfico para o funcionamento cerebral", afirma o professor Paolo Maria Rossini, chefe da equipe de pesquisadores.

Domingo, Junho 25, 2006

Contra o Digital Rights Management ou DRM

O último dia do iCommons iSummit 2006, realizado este fim de semana, no Rio, terminou com a votação de ações a serem realizadas nos próximos meses. Número um: trabalhar para a substituição gradativa do DRM pelo CC (Creative Commons). Número dois: defender o acesso aberto para conteúdos educativos.

O DRM restringe a quantidade de cópias de conteúdos digitais, enquanto assegura e administra os direitos autorais e suas marcas registradas. O CC permite a livre circulação das cópias, restringindo o uso comercial e a reutilização. A diferença é grande. Parte da liberdade total com restrição de uso, em vez da restrição quase total, com exceção do uso individual.

No ar...

...a versão 7.2.3.2b do Nero.

NGO-in-a-box

Guarde o nome. Descreve um kit de softwares livres para produção de áudio e vídeo, criado pela Tactical Tech, em colaboração com a EngageMedia.

Downloads em audiovideo.ngoinabox.org e mais informações em ngoinabox.org.