counter statistics Circuito: 04/09/2006

Quinta-feira, Abril 13, 2006

TV Digital - Eis a nota oficial do Minist�rio das Rela��es Exteriores

O Ministro das Rela��es Exteriores, Embaixador Celso Amorim, e o Ministro dos Neg�cios Estrangeiros do Jap�o, Taro Aso, assinaram hoje, dia 13 de abril, em T�quio, ?Memorando entre os governos da Rep�blica Federativa do Brasil e do Jap�o, referente � implementa��o do sistema brasileiro de TV digital, baseado no padr�o ISDB-T, e � coopera��o para o desenvolvimento da respectiva ind�stria eletroeletr�nica brasileira?, cujo texto segue abaixo:



"O Brasil vem estudando favoravelmente a implementa��o do Sistema Brasileiro de Televis�o Digital com base no padr�o ISDB-T. Caso esta op��o venha a ser adotada, este Memorando ter� como objetivo essa implementa��o e a constru��o das bases para a viabiliza��o e o desenvolvimento conjunto da respectiva plataforma industrial eletroeletr�nica brasileira, pelo Governo da Rep�blica Federativa do Brasil, representado neste ato por Celso Amorim, Ministro das Rela��es Exteriores, e pelo Governo do Jap�o, representado neste ato por Taro Aso, Ministro dos Neg�cios Estrangeiros, doravante denominados ?as duas Partes?.

Considerando o interesse do Governo brasileiro no desenvolvimento da transmiss�o de TV Digital e no desenvolvimento e na transfer�ncia de tecnologia na �rea de componentes semicondutores, componentes eletroeletr�nicos, solu��es inovadoras para a televis�o digital e outros campos correlatos da ind�stria eletroeletr�nica; bem como o interesse dos setores industriais brasileiros na parceria entre empresas brasileiras e empresas japonesas no processo de introdu��o da televis�o digital;

Considerando o interesse do Governo japon�s, da ARIB (Association of Radio Industries and Businesses) e do setor industrial japon�s no desenvolvimento da ind�stria eletroeletr�nica brasileira a partir da difus�o dos televisores digitais, mediante ado��o do padr�o de televis�o digital com base no ISDB-T no Brasil; e considerando que os investimentos de empresas japonesas no Brasil, inclu�da a produ��o de semicondutores, televisores de plasma e de cristal l�quido, podem contribuir para o desenvolvimento da economia brasileira e a revitaliza��o das rela��es econ�micas entre os dois pa�ses; e que o Governo japon�s deseja este progresso;

Considerando o potencial aumento da demanda, nos mercados nacional e internacional, de semicondutores empregados pelo avan�o da digitaliza��o dos produtos industriais advindo da difus�o dos televisores digitais; bem como a necessidade de suporte adequado para a elabora��o de estrat�gia para a cria��o, pelo Governo brasileiro, de um ambiente favor�vel que comporte o investimento direto na ind�stria eletroeletr�nica, especialmente a dos produtos mais avan�ados;

Considerando que as empresas japonesas atuantes no Brasil j� v�m dedicando esfor�os para a expans�o dos neg�cios no Pa�s, como o in�cio da produ��o dos televisores de tela plana; que demonstram grande interesse em contribuir para o desenvolvimento econ�mico do Pa�s hoje e no futuro; e que est�o prontas para contribuir no projeto do Governo brasileiro com todos os recursos ao seu alcance para fortalecer a competitividade da ind�stria eletroeletr�nica brasileira;

As duas partes compartilham os seguintes pontos no caso de o Governo brasileiro decidir implementar o SBTVD baseado no padr�o ISDB-T:

O Brasil e o Jap�o cooperar�o para criar um sistema nipo-brasileiro de televis�o digital que expresse o desejo de ambos os pa�ses de estabelecer uma parceria s�lida e duradoura. Para este fim, o Governo brasileiro manifesta seu forte desejo de implementar o SBTVD, com base no ISDB-T.

Com vistas � implementa��o do SBTVD, baseado no padr�o ISDB-T, o Governo brasileiro organizar� um comit� com seus setores industriais para elaborar propostas com o intuito de favorecer o investimento internacional visando a criar ind�strias de ponta, como a de semicondutores.

O Governo japon�s cooperar� ao m�ximo com o comit�, por meio da recep��o de miss�es de pesquisa, fornecimento de informa��es necess�rias, se houver pedido do Governo brasileiro.

O Governo japon�s colaborar� com o Governo brasileiro na elabora��o, pelo Governo brasileiro, de um plano estrat�gico com o objetivo de desenvolver a ind�stria de semicondutores no Brasil.

Al�m disso, o Governo japon�s valoriza as empresas japonesas que cooperem nos v�rios estudos para a moderniza��o das ind�strias relacionadas a serem feitos pelo Brasil e estudem a possibilidade de investimentos futuros na ind�stria eletroeletr�nica, incluindo a ind�stria de semicondutores e correlatos e a coopera��o na capacita��o de recursos humanos.

O Governo japon�s colaborar�, se necess�rio, com as empresas japonesas que investem no Brasil e contribuem para a capacita��o de recursos humanos.

O Governo japon�s apoiar�, ao m�ximo poss�vel, os seguintes pontos expressos pela ARIB e pelo setor industrial japon�s:

(1) a participa��o de institui��es brasileiras correlatas no trabalho de padroniza��o relativa � diversifica��o de conte�do do padr�o ISDB-T, inclusive com a participa��o de representante brasileiro como membro do Comit� de Padroniza��o do Cons�rcio ARIB,
(2) a coopera��o para a introdu��o de tecnologia inovadora desenvolvida pelo Brasil no padr�o ISDB-T,
(3) a organiza��o de f�runs de especialistas dos dois pa�ses e o estabelecimento de interlocutor de servi�os de coopera��o na transfer�ncia de tecnologia do padr�o ISDB-T,
(4) al�m disso, o Governo japon�s recebe de bom grado a dispensa de pagamento, pelo Brasil, de royalties relativos a patentes das pr�prias tecnologias ISDB-T.

O Governo japon�s, a fim de promover a transfer�ncia de tecnologia relacionada ao padr�o ISDB-T, apoiar� a atividade de um centro de desenvolvimento a ser formado no Brasil pela Parte brasileira. Com este objetivo, o Governo japon�s receber� engenheiros brasileiros para treinamento com a colabora��o de emissoras japonesas e fabricantes no Jap�o, bem como apoiar� os esfor�os na capacita��o de engenheiros brasileiros no Brasil, enviando peritos e t�cnicos japoneses ao Brasil para fornecer orienta��o e treinamento.

No que tange � experi�ncia e � pol�tica para implementa��o de transmiss�o digital, apoiar� a pol�tica de digitaliza��o do Governo brasileiro, organizando-se para oferecer informa��es oportunas e responder a consultas na medida do poss�vel.

O Governo Japon�s recebe de bom grado a posi��o do JBIC de estudar positivamente a concess�o de cr�ditos neste contexto.

Os dois pa�ses constituir�o grupo de trabalho conjunto para detalhar os procedimentos indicados neste memorando em 4 semanas ap�s a decis�o do Governo brasileiro sobre a implementa��o do SBTVD, com base no padr�o ISDB-T.

Certas de que existe uma parceria estrat�gica entre o Governo brasileiro e o Governo japon�s, como tem sido a tradi��o de colabora��o ao longo das �ltimas quatro d�cadas, as duas Partes subscrevem, no dia 13 de abril de 2006, o presente memorando, que foi feito nas l�nguas portuguesa e japonesa, tendo ambos os textos o mesmo valor."

Celso Amorim
Ministro das Rela��es Exteriores da Rep�blica Federativa do Brasil

Taro Aso
Ministro dos Neg�cios Estrangeiros
do Jap�o

TV Digital - Japoneses se dizem frustados com memorando assinado hoje

O Bom Dia Brasil, da TV Globo, maior interessada na ado��o do padr�o japon�s para a TV Digital, acaba de anunciar, com imagem e tudo, a assinatura de um "memorando de inten��es" entre o governo japon�s e o brasileiro para trabalho conjunto no sistema brasieiro de TV Digital (SBTVD). Estavam presentes os ministros da Rela��es Exteriores, Celso Amorim, Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Luis Fernando Fulan, e das Comunica��es, H�lio Costa.

O memorando foi assinado pelo Ministro das Rela��es Exteriores que, perguntado pela rep�rter se o padr�o japon�s era finalmente o escolhido, limitou-se a dizer que o memorando era uma pe�a que faltava para comprometer o governo japon�s com as negocia��es em curso. E que o an�ncio oficial do sistema de transmiss�o/modula��o escolhido pelo governo seria feito no momento apropriado.

"O que era importante, era ter um memorando que demonstrasse o engajamento do governo do Jap�o com o desenvolvimento tecnol�gico, com o desenvolvimento industrial, com a a abertura para as inova��es t�cnicas feitas pelo Brasil. Tudo isso est� no memorando", afirmou o ministro.

Quer dizer... Os japon�ses avan�aram uma casa para que venham a ter seu sistema de transmiss�o, de fato, como parte integrante do SBTVD.

Mas, segundo a Ag�ncia EFE, o governo japon�s n�o ficou muito satisfeito n�o. A imprensa japonesa publicou reportagens mencionando a frusta��o do governo do pa�s com o teor do memorando, no qual o Brasil expressa apenas o seu "forte desejo" de adotar o formato de TV digital japon�s, sem se comprometer de fato com a ado��o. O Jap�o tinha a esperan�a de que o Governo brasileiro comunicasse a escolha do padr�o de TV digital japon�s durante a visita.

Pelo memorando os japoneses abrem m�o dos pagamentos de royalties e se comprometem a incorporar nos conversores (ou set-top-boxes) os avan�os propostos pelos cientistas brasieliros. A instala��o de uma f�brica de semicondutores no pa�s fica para ser discutida mais tarde. Mas os japoneses j� garantem que ap�iam a iniciativa.

O an�ncio da assinatura do protocolo de inten��es como o governo japon�s pegou de surpresa at� o pessoal do plant�o da assessoria de imprensa do Minist�rio das Rela��es Exteriores, que me pediu para retornar a liga��o depois das 9h, quando j� teriam condi��es de dar mais informa��es. (PS. Faltam quinze minutos para o meio-dia. J� liguei diversas vezes para a assessoria do Minist�rio. primeiro alegaram que nehum dos diplomatas aptos a falar sobre o assunto havia chegado. Depois, que ainda estavam levantando informa��es. por �ltimo, informaram que uma nota oficial ser� publicada no site. � aguardar!)

Talvez esta tenha sido a �ltima cartada do Ministro H�lio Costa no cargo. O PMDB anda descontente com a atua��o do ministro e j� defende a sua substitui��o. Sua viagem para o Jap�o chegou a ser atrasada por determina��o do presidente Lula que fez quest�o de conversar com o Ministro antes da viagem.

Conv�m lembrar ainda que, no finzinho de mar�o, um delega��o oficial da Comunidade Europ�ia visitou o Brasil e encaminhou aos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), H�lio Costa (Comunica��es), Ant�nio Palocci (Fazenda) Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) uma carta-proposta assinada pelo embaixador Jo�o Pacheco, com dois anexos: um relativo ao projeto de implementa��o e desenvolvimento da f�brica de chips e outro sobre contrapartidas financeiras de cada empresa envolvida no desenvolvimento do neg�cio TV Digital.

Um memorando de trabalho conjunto no campo das Comunica��es e Informa��es tamb�m j� havia sido assinado com a Cor�ia e integra o Relat�rio
de Atividades do Minist�rio das Comunica��es em 2004.

A comitiva de ministros que est� no Jap�o recebeu convites para visitar a Cor�ia e tamb�m a Europa, para discutir com os europeus as contrapartidas para a poss�vel ado��o do modelo europeu de TV Digital. Sabe-se que, do mesmo modo que o ministro H�lio Costa defendeu a ida ao Jap�o, Furlan defende a visita � Europa.

Quarta-feira, Abril 12, 2006

Para n�o explodir mais...

A Anatel vai tornar obrigat�ria a certifica��o de baterias de l�tio utilizadas em telefones celulares e seus carregadores. A informa��o � do superintendente de Radiofreq��ncia e Fiscaliza��o da ag�ncia reguladora, Ed�lson Ribeiro dos Santos. A certifica��o ser� uma etapa obrigat�ria para a homologa��o dos celulares pela Ag�ncia. Sem a homologa��o, os produtos de certifica��o obrigat�ria n�o podem ser vendidos no pa�s.

Segundo o superintendente, a certifica��o levar� em conta o desempenho el�trico, a seguran�a e a facilita��o da identifica��o, pelo usu�rio, al�m do descarte ap�s o fim da vida �til das baterias. E dever� reduzir o com�rcio de produtos de origem duvidosa, que estariam associados a casos recentes de explos�es de celulares.

Na opini�o do gerente-geral de Certifica��o e Engenharia do Espectro da Anatel, Francisco Carlos Giacomini Soares, at� a edi��o da nova regulamenta��o que tornar� a certifica��o obrigat�ria, a melhor forma do consumidor se proteger de explos�es e defeitos � usar baterias originais, evitando as que se dizem compat�veis com determinadas marcas. Tem mais. Donos de celulares devem evitar quedas do aparelho, exposi��o a altas temperaturas e guard�-lo no bolso junto com moedas, pois, segundo Giacomini, h� risco de curto-circuito.

A Anatel discutiu a proposta de certifica��o das baterias com representantes da Associa��o Brasileira da Ind�stria El�trica e Eletr�nica (Abinee) e da Funda��o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunica��es (CPqD). Na reuni�o, os representantes da Abinee, organiza��o que envolve os fabricantes de baterias, se posicionaram a favor de novos requisitos para certifica��o desde que envolvam o terminal m�vel, a bateria e o carregador.

Em rela��o ao descarte, a Anatel est� em contato com o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que editou uma resolu��o ( a de n� 257/1999) estabelecendo que pilhas e baterias tenham os procedimentos de reutiliza��o, reciclagem, tratamento ou disposi��o final ambientalmente adequados.

A obrigatoriedade da certifica��o de baterias e carregadores dever� entrar em vigor at� o segundo semestre deste ano.

Ter�a-feira, Abril 11, 2006

No papel...

Ode � cultura livre
Contagem regressiva para o 7� F�rum Internacional Software Livre ? fisl7.0, que acontece de 19 a 22 de abril, no Centro de Eventos FIERGS, em Porto Alegre. Caravanas partir�o de todo o Pa�s. Para informa��es sobre a do Rio de Janeiro envie e-mail para caravana_rj_fisl@gruposSEMSPAM.com.br. Este ano, entre as atra��es extra-oficiais est�o a participa��o da Google, recrutando engenheiros e cientistas da computa��o, e a realiza��o do 1� Festival Multim�dia Criei Tive Como de Cultura Livre, com a galera alternativa que trabalha com obras (m�sica, filmes, pinturas etc) liberadas para uso por seus autores. � o caso da produ��o do VJ pixel (http://vjpixel.net/b2/index.php/videos) e de e outros nomes de web art, como o rapper BNeg�o e o grupo Totonho e os Cabra. Mais informa��es em http://fisl.softwarelivre.org.

Contra falhas
A Microsoft liberou ontem corre��es para 10 falhas no Internet Explorer e v�rias outras no Windows, Outlook Express e FrontPage. Em www.microsoft.com/technet/security/bulletin/ms06-apr.mspx. N�o deixe de baixar!

De gra�a
Walt Disney, dona da ABC, decidiu fazer um teste: colocar na Internet as s�ries do canal de TV americano (?Lost? � uma delas), na manh� seguinte � exibi��o, para acesso grauito. A experi�ncia vai durar dois meses.

Por celular
Para clientes Bradesco Prime, a chave de seguran�a eletr�nica (que funciona como uma senha rand�mica) poder� ser gerada no celular, atrav�s do download e instala��o de um software.

Mais pessoal
A �ltima vers�o do Google Talk para Windows possibilita o uso de fotos ao lado dos contatos, como no MSN Messenger, e de temas para personalizar o programa. Em www.google.com/talk.